Vozes no inferno: "O herói caiu... traído pela própria luz. Agora, você é nosso."
Ele se pronunciou lentamente, a cada movimento provocando uma dor lancinante. Ele sabia que estava no inferno, mas seu espírito ainda queimava de determinação. Mesmo com seu corpo destruído e dividido, ele se decidiu a desistir.
Natsu, cerrando os punhos: "Se é isso que resta de mim... então vou lutar com isso."
A lembrança de seus amigos — Lucy, Erza, Gray e Happy — persistia em seu coração, uma chama de esperança em meio à escuridão ao seu redor. Ele se lembrava dos risos, das batalhas juntos, das promessas que haviam feito. Mas agora, tudo parecia distante e frio. Havia dúvidas e dor, mas também havia uma fúria crescente. Ele não permitiria que seu fim fosse nas mãos daqueles que o haviam abandonado.
De repente, uma figura encapuzada se mudou, seu rosto oculto, mas sua presença imponente. Havia algo estranho, um poder antigo e um assalador emanando dela.
Figura encapuzada: "Natsu Dragneel, o demônio renegado. Vejo que a vingança consome sua alma."
Natsu: "E quem é você para julgar? Já não sofri o suficiente?"
Figura encapuzada: "O bastante? Não, sua dor está apenas começando. Mas... talvez haja uma saída."
Natsu, desconfiou: "Uma saída? Eu não confio em truques de demônios."
Figura encapuzada: "Não sou um demônio qualquer. Posso te ajudar a se reunir com seus pedaços, a sair daqui e a recuperar o que é seu. Mas terá um preço."
Natsu hesitou, mas algo dentro dele gritou para agarrar qualquer chance que lhe fosse oferecida. Ele estava lutando pelo que restava de sua vida, mesmo que essa batalha significasse enfrentar o próprio inferno.
Natsu: "Qualquer preço. Eu aceito."
A figura encapuzada estendeu a mão, e uma chama sombria começou a envolver Natsu, restaurando fragmentos de sua força e fazendo com que ele sentisse algo que não experimentava desde que foi dividido: unidade. Seu corpo se reerguia, sua essência renascia, e ele sentia seu poder crescendo, como se as chamas de sua própria alma o reacendessem.
Figura encapuzada: "Então prove que é digno. Recupere o que foi perdido e mostre ao mundo o verdadeiro poder de um demônio traído."
Com um grito feroz, Natsu reuniu suas forças, enfrentando os horrores do inferno. Ele sabia que isso era apenas o começo de sua luta, mas agora, nada o impediria de recuperar sua vida.
Natsu sentiu cada fibra do seu ser pulsar com uma força renovada, uma chama que ia além da dor e da fúria. Ele sabia que havia algo muito maior no jogo. Ainda assim, a sombra da traição pesava como uma âncora em seu coração. As imagens dos amigos de Fairy Tail — aqueles que ele acreditava estar ao seu lado até o fim — retornavam à sua mente, e a cada lembrança, uma mistura de tristeza e raiva aumentava dentro dele.
Caminhando pelo inferno, ele cruzou cenários ambiciosos: campos de fogo eterno, rios de lava, e almas atormentadas que gritavam por redenção. O inferno em si parecia se curvar a ele, confirmando sua força, mas também testando sua determinação. Ele sabia que, para escapar, precisaria enfrentar não apenas o próprio sofrimento, mas as partes mais escuras de si mesmo.
De repente, apareceu uma figura familiar. Era como um espelho distorcido, uma versão sombria de Natsu, com chamas de cor esverdeadas que queimavam intensamente ao redor.
Versão Sombria de Natsu: "Você realmente acha que merece uma segunda chance? Depois de tudo o que passou? Eles te abandonaram, Natsu. Por que você luta contra eles?"
Natsu abriu os punhos, sentindo sua fúria borbulhar.
Natsu: "Eu sei o que eles fizeram. Eu sei que me traíram. Mas isso não apaga o que eu sou. Não desligue o que eu sinto por aqueles que ainda significam algo para mim."
A versão sombria riu, um som cheio de escarnio e amargura.
Versão Sombria: "Você é patético! Preso à esperança. Preso a amigos que se voltaram contra você! Aceite, Natsu, a escuridão é tudo o que resta."
Mas Natsu, ao ouvir essas palavras, sentiu algo inesperado. Sua dor, sua angústia e até mesmo a raiva… tudo se transformava. A chama que ardia dentro dele não era mais alimentada por ódio, mas por determinação.
Natsu: "Talvez a escuridão seja tudo o que resta… mas eu não serei moldado por ela. Eu sou Natsu Dragneel, e nada vai me fazer desistir de quem eu sou."
Com um rugido poderoso, Natsu avançou contra sua própria sombra. A luta foi brutal, um combate de fogo e fúria, chamas que se chocavam e consumiam o ambiente ao redor. Ele sentiu cada golpe, cada ferida, mas a cada instante, ficou mais claro: essa era uma batalha de vontade, não de força. E no final, com um último soco envolto em chamas azuis, Natsu dissipou a versão sombria, que desapareceu com um último grito.
Ao cair de joelhos, ele vê algo: a vitória sobre sua própria escuridão não era apenas uma saída do inferno; era uma promessa. Ele era mais forte, mais completo. E agora, ele sabia o que precisava fazer.
Natsu, sussurrando para si mesmo: "Eu vou voltar. E vou mostrar a eles quem eu realmente sou."
Com uma chama renovada brilhando em seu olhar, Natsu continua seu caminho, pronto para enfrentar o que necessário fosse, com o objetivo claro de retornar ao mundo dos vivos e, um dia, encarar seus antigos amigos frente a frente.
Natsu respirou fundo, sentindo o peso da decisão que estava prestes a tomar. Retornar ao passado foi uma magia arriscada, uma técnica antiga e proibida. No entanto, ele sabia que eu precisava reviver aquele momento — o dia em que Lucy Heartfilia entrou na Fairy Tail. Aquilo não era apenas um encontro; era o início de uma amizade que moldou sua vida.
Fechando os olhos, Natsu se concentrou, invocando uma antiga magia que ele havia aprendido, embora nunca tivesse usado para utilizá-la até agora. As palavras do feitiço ecoaram pelo inferno enquanto uma luz intensa começava a envolvê-lo. Em um instante, ele sentiu seu corpo sendo puxado através do tempo, como se estivesse sendo arremessado por uma corrente invisível.
Quando abriu os olhos, estava de volta ao dia em que conheceu Lucy. Ele se localizou na cidade de Hargeon, e o som familiar da feira, as risadas das pessoas e a energia vibrante do lugar inundaram seus sentidos. O calor e a luz do sol eram tão diferentes da escuridão infernal que ele acabara de deixar. Ele respirou fundo, absorvendo a familiaridade daquele momento.
Olhou ao redor, e ali estava ela: Lucy Heartfilia, andando pela praça da cidade, de olhos estendidos, com um mapa na mão e o coração cheio de sonhos. Ela ainda não o conhecia. Ainda não sabia das aventuras que os aguardavam, das batalhas que enfrentariam lado a lado e das risadas compartilhadas na Fairy Tail.
Natsu, sorrindo para si mesmo: "Lucy…"
Ao vê-la, uma mistura de emoções ou invasão. Ele queria correr até ela, contar tudo o que estava sentindo, mas sabia que precisava agir como se fosse a primeira vez. Ele provavelmente reviveu aquele encontro como era, sem alterar a história.
Em vez de ir diretamente a ela, ele agitou seu instinto e esperou o momento certo. Ele se lembrava de como ela se encantara com o falso "Salamandra", um mago charlatão que usava seu nome. Agora, sabendo do que aconteceria, Natsu transmitiu com um misto de tristeza e nostalgia.
Assim que o impostor tentou fazer Lucy, Natsu entrou em cena. Com um empurrão e seu típico grito de "Ei, quem você pensa que é?", ele desmascarou o falso Salamandra. Lucy o olhou, surpresa e, por um instante, ele viu no olhar aquela faísca de reconhecimento, uma conexão que ia além das palavras.
Lucy, confusa, mas curiosa: "Você... quem é você?"
Natsu, com um sorriso brincalhão: "Sou Natsu Dragneel! E este é meu amigo, Happy!"
Happy apareceu ao lado dele, soltando um sonoro "Sim, senhor!" enquanto voava ao redor de Lucy. Ele queria abraçá-la, dizer tudo o que ela queria para ele, mas conte-se, sabendo que eu precisava deixar o tempo seguir seu curso. Em vez disso, ele se limitou a guiá-la até a guilda, como havia feito naquela primeira vez, com a mesma animação e energia de sempre.
Enquanto caminhávamos juntos, Natsu não conseguia evitar sentir uma profunda gratidão. Ele teve uma chance de reviver o dia que mudou sua vida e, naquele momento, viu algo importante: ele não precisava apenas lutar contra a traição ou os erros do passado. Ele tinha o poder de fazer as coisas certas de novo, de valorizar aquelas que sempre estiveram ao seu lado.
Quando chegou à guilda, ele parou por um instante antes de abrir a porta, olhando para Lucy.
Natsu, com o coração cheio: "Bem-vinda à Fairy Tail, Lucy."
Ela brilha, os olhos brilham com emoção e expectativa. E ali, naquele instante, Natsu sabia que, não importava o que acontecesse no futuro, ele sempre protegeria aqueles que amava.
FIM