A linha se dividia antes da arena, Estátuas de cavaleiros estavam alinhadas nas proximidades, e uma coruja estava empoleirada no topo de uma delas.
"Por favor, formem grupos conforme escrito em seu convite," disse a coruja.
Olhei para o meu convite. Ele tinha a letra F nele.
"E o seu, Misha?"
"E." Ela virou o dela para me mostrar.
No final de cada linha havia mais corujas, cada uma segurando um pedaço de pergaminho com uma letra correspondente escrita. Provavelmente, deveríamos nos alinhar ali.
"Então, nos veremos quando nos matricularmos."
"Yeah."
Despedindo-me de Misha, me alinhei na fila F. A frente da fila estava longe, mas consegui ver o que acontecia com meus Olhos Mágicos de Visão Longínqua. Parecia que estavam deixando as pessoas entrarem na sala de espera uma a uma.
Naturalmente, levaria algum tempo até que chegasse a minha vez. Havia cerca de cem pessoas apenas nesta fila, totalizando setecentas entre todos os grupos. Eu sabia que dois mil anos haviam se passado, mas isso era um número considerável de descendentes. Parecia que não havia necessidade de me preocupar com a extinção da minha linhagem.
Continuei a ponderar vagamente enquanto esperava o tempo passar.
Após um tempo, cheguei à frente da fila e entrei na sala de espera à minha frente. Dentro, havia mais uma coruja.
De quem era essa familiar, afinal? Pelo que eu podia ver, não havia vestígios de poder mágico. Todos os sinais de seu mestre estavam habilidosamente escondidos. Havia pelo menos uma pessoa nesta era capaz de usar magia decente.
"Bem-vindo ao exame de entrada. Agora explicarei os detalhes do teste prático."
Depois de terem enviado todos aqueles convites, haveria um teste de qualquer forma... Então a admissão na escola ainda estava por ser determinada, huh? O propósito maior deles era localizar o fundador reencarnado, afinal.
Esta era a minha primeira vez reencarnando. Não era tão raro reter memórias do passado ao fazer isso, mas os demônios desta era não faziam ideia de quanta consciência o Rei Demônio Anos teria de si mesmo. Eles apenas possuíam o conhecimento vago de que a reencarnação do fundador estaria entre os alunos que se matriculavam neste ano.
O Coorte do Caos era dito ser promissor, então eles deveriam ter mostrado poder suficiente para serem chamados assim. Isso significava que era improvável que tivessem nascido apenas um mês atrás, como eu.
Talvez não tivessem esperado que o fundador reencarnasse como um bebê, mas sim dentro de um recipiente existente que já possuía grande força. Havia também a possibilidade de retornar sem memórias ou habilidades imediatas.
É verdade que seria fácil me anunciar e acabar com a busca instantaneamente, mas eles passaram por todo esse trabalho por minha causa. Seria apenas educado seguir com seus planos.
"No teste prático, os candidatos duelarão uns aos outros na arena.
Aqueles que derrotarem cinco outros passarão por um teste que mede a magia e determina a aptidão, antes de serem aceitos em Delsgade. Aqueles que forem derrotados terão a admissão negada."
Porque não havia como o Rei Demônio perder, certo?
Aexame também tinha o potencial de determinar o fundador pela aplicação de magia. Era um formato de teste relativamente simples, mas era suficiente.
"O uso de qualquer forma de arma, armadura ou item mágico é permitido. Você tem alguma pergunta?"
"Node."
"Então que o fundador te abençoe."
Abri a porta da sala de espera. Um corredor de pedra mal iluminado se estendia para o lado de fora.
Embora fosse parte do meu próprio castelo, a arena havia sido originalmente construída para combates de exibição. Era a primeira vez que usava esse corredor.
Depois de caminhar por um tempo, vi luz entrando do lado de fora. Saí para me encontrar em uma arena circular cercada por uma parede alta. Os assentos para espectadores estavam acima da parede e eram ocupados por alguns demônios. Todos usavam o mesmo uniforme, então presumivelmente eram estudantes da academia.
"Oi. Então nos encontramos novamente."
Do outro lado da arena estava um homem de pele escura. Era aquele sujeito Zepes que eu havia dispensado mais cedo.
Hmm. Seria difícil mostrar meus poderes como fundador contra um oponente tão fraco... O que eu deveria fazer agora?
"Ei, você está me ouvindo, cara?!"
Eu dei um, dois, então três passos silenciosos para frente quando o corredor atrás de mim foi de repente selado com uma barreira mágica.
"Oops!" Zepes chamou com um sorriso arrogante. "Parece que bloqueei sua chance de fuga. O que, está com medo?"
"Na verdade, estou apenas sentindo pena de você por ter se encurralado. Mas não se preocupe, não vou te matar."
Zepes estalou a língua com desgosto.
Hmm. Não havia necessidade disso, eu estava apenas sendo atencioso. Poderia ser que ele ainda não entendesse nossa diferença de poder? Com certeza ele não poderia ser tão estúpido...
"Só para você saber, eu não sou um covarde como você. Sua cara arrogante estará em pedaços quando eu te matar."
Não consegui me controlar – soltei uma gargalhada. "Ha ha haaa! Não, espera, diga isso novamente. Quem está te matando? Eu?" Eu o encarava. "Saiba seu lugar, idiota."
Embora minhas palavras fluíssem naturalmente com poder mágico, Zepes não se sentiu compelido a seguir minha ordem. Sua armadura cinza-escura recém colocada ativou um círculo de resistência mágica.
"Heh. Não vou cair nesse truque de novo. Esta armadura anti-mágica tem o poder de repelir qualquer tipo de magia."
Entendi. Sua dependência de tais brinquedos havia enfraquecido sua resistência à magia. Esse descendente meu nunca deixava de encontrar novas maneiras de me desapontar.
"O uso de qualquer forma de arma, armadura ou item mágico é permitido.
A vitória será decidida quando um lado morrer ou se render," a voz da coruja ecoou de cima. "Agora, que comece o teste prático!"
Imediatamente, Zepes puxou a espada em seu quadril. A lâmina ardia com uma chama brilhante.
"Surpreso? A Espada Demoníaca Zephrid foi passada pela família Indu por gerações. Sua lâmina foi forjada em chamas antigas e tem o poder de aumentar meu poder dez vezes. Você pode ter uma alta resistência à magia, mas não tem chance alguma de apagar esta chama!"
"Hmm. A matemática é um ponto fraco seu?" Perguntei enquanto ele fechava a distância entre nós.
Zepes ficou furioso. "O que você está tentando dizer...?!"
"Dez vezes zero ainda é zero, sabe."
"Feche a boca!" Zepes disparou em minha direção. No momento seguinte, ele apareceu diante de mim, levantando sua espada demoníaca. "Agora morra."
Haaah... Oh, falhei em conter meu bocejo.
Ainda assim, ele estava realmente demorando. Se eu estivesse segurando aquela espada, já a teria balançado cem vezes até agora. Mas seria imaturo da minha parte usar meu poder total brincando com uma criança. Eu faria isso no nível dele.
Do lado da arma extravagante, a habilidade de seu usuário tornava desnecessário até mesmo desviar.
Com um golpe horizontal feroz, Zepes cortou em direção à minha garganta com a flaming Zephrid. Distrai-me de meu devaneio e olhei para cima... e vi a espada adequadamente pela primeira vez.
Oh! Eu desviei do golpe no último momento.
"Heh. Você é bem bom em desviar."
Ufa. Isso foi por pouco. Um milímetro mais perto e o sutil campo anti-mágico que constantemente me cercava teria partido sua espada ao meio. Ele mencionou que a arma havia sido passada pela família Indu por gerações. Não importava quão cega fosse a lâmina, eu me sentiria mal se destruísse algo tão importante. Mas isso de lado...
"Então essa é uma espada demoníaca?" Perguntei.
"Isso mesmo. É sua primeira vez vendo uma? Esta coisa usa magia de verdade, ao contrário do que você deve ter se acostumado a ver hoje. Uma lâmina antiga infundida com poder. Um artefato da Era Mítica. Esta é a Espada Demoníaca Zephrid!"
Isso era uma espada demoníaca...? Um graveto jogado no chão na Era Mítica teria mais poder. Ele afirmava que era um artefato daquela época, mas deve ter recebido uma falsificação. Verdadeiras espadas demoníacas tinham sua própria vontade. Seu poder era tão tremendo que consumiria seu próprio portador. O termo "espada demoníaca" havia sido usado de forma tão leviana.
"Haaah," suspirei sem pensar.
A chama da espada demoníaca se apagou.
"1... Não posso acreditar...! Ele apagou a chama de Zephrid!"
"Mas disseram que a chama antiga queimaria até o fim do mundo...
Ele nem precisou de um círculo mágico!"
Zepes apertou os dentes. "Você... Você acabou de usar magia de selamento?!"
"Não, eu simplesmente apaguei. Mas com a magia infundida naquela espada, com certeza começará a queimar novamente em alguns anos."
Sua expressão ficou azeda. "Primeiro magia de compulsão, agora magia de selamento. Seu poder pode ser impressionante, mas seus feitiços são todos defensivos. Você realmente acha que pode passar pela armadura anti-mágica com truques assim?"
Hmm. Aquela armadura chamada de anti-mágica parecia que se quebraria com um toque leve, mas seria imaturo demais da minha parte dizer algo assim?
"Eu não chamaria isso de um grande feito."
"Heh. Então você está com medo."
"Não, mas tenho uma proposta interessante para você. Você e eu nunca deveríamos ter sido colocados no mesmo nível de jogo em primeiro lugar."
Zepes me encarou com desconfiança.
"Então, aqui está uma desvantagem: eu não vou dar um único passo deste lugar. Não usarei círculos mágicos, e não vou infundir minhas palavras ou meu hálito com magia. Eu vou te derrotar sem mover meus braços, pernas, cabelo, olhos – isso mesmo, nem vou piscar."
"Ha! Pelo menos torne suas mentiras críveis. Ou isso é uma desculpa para quando você perder? Parece que você realmente não tem nenhum tipo de poder ofensivo-" Sangue
jorrou da boca de Zepes. "De jeito nenhum... O que... isso..."
"Você ouviu?"
Badump.
"O som do meu coração batendo."
O som do meu coração pulsante, cheio de poder mágico, sacudiu todo o corpo de Zepes. A armadura anti-mágica que ele usava estava longe de ser um item de qualidade – havia várias lacunas no círculo mágico, que meu batimento cardíaco passou diretamente.
"Guh... Aagh..."
Sangue jorrou de todo o corpo de Zepes enquanto ele caía de joelhos e depois desabava para frente.
"Hmm. Isso é problemático. Se todos são tão fracos, vou acabar matando pessoas sempre que meu pulso acelerar."