Eve~
Lia se foi para o dia, e eu a vi sair. Eu fechei a porta atrás de mim e me recostei nela por um momento. Eu apreciava a ajuda dela, e embora eu realmente me sentisse um pouco mais leve depois de cada sessão, ainda me sentia como se estivesse sendo afogada por um turbilhão de emoções negativas.
A ligação com minha mãe apenas um dia atrás ainda me deixava atordoada. Ela tinha sido minha mãe por um momento – sua voz suave, seu tom caloroso, sua cadência amorosa – mas tudo se desfez em um único segundo, logo após meu pai interromper. A gentileza não havia parecido ensaiada como a frieza dela. Era quase como se ela estivesse interpretando um papel.
As implicações me encheram de esperança e terror, uma estranha mistura que me deixava enjoada.
Foi então que meu telefone tocou, e um nó se formou em minha garganta. Eu olhei em volta do quarto, sem ter certeza do que estava procurando. Era uma coincidência? Estava sendo observada?