Desejo,dor, sangue e adrenalina.
Dessa vez vou te contar minha história,meu nome? Kristin Thorne,uma mulher comum de 33 anos que acabou de ter seu mundo virado de cabeça para baixo,mas como isso é possível você se pergunta?
Homens,isso mesmo homens no plural! Um harém deles pra ser mais exata,bem vamos lá!
Capítulo 1
Kristin acordou com uma leve dor de cabeça,a semanas a mesma coisa acontece, acordar tomar café e seguir para o trabalho,ser uma revisora pode parecer chato para muitos,mas para ela era perfeito, dias calmos e cheios de livros com personagens cativantes para descobrir todos os dias, acompanhando suas vidas mágicas e cheias de aventura.
Para Kristin uma mulher comum de 33 anos,separada e que sentia que já havia pedido seu melhor momento na vida era o epítome da estabilidade,poucas pessoas a conheciam e ela preferia assim,já que teve que se mudar de sua antiga cidade agitada no Tenesse para a tranquila Tulsa - Oklahoma. Uma separação difícil, sintomas estranhos e vizinhos ouvindo barulhos altos a noite foram o que a convenceram a ir embora.
Apesar disso ela se acomodou na pequena Tulsa e conseguiu esse bom emprego que é perfeito pra ela. Após revisar sua bolsa e ver que tudo estava como deveria,trancou a casa e saiu em direção ao seu Audi A6 preto estacionado na garagem. Kristin se lembra de quando ela e o ex marido escolheram o carro pensando na vida que queriam e nos sonhos que tinham juntos,com uma leve inclinada de cabeça ela deixou isso pra lá,afinal pensar em Ramsey só traria desgosto, afinal quem pensaria diferente?
Kristin se casou com Ramsey aos 16 anos e ele sendo 10 anos mais velho que ela causou certo desentendimento com a família dela ao anunciarem sua união, todos acharam que ela estava grávida,afinal que jovem de 16 anos se casa nessa idade? Um erro e uma gravidez indesejada só pode ser isso todos pensaram,a verdade? Longe disso,ela era uma adolescente de sangue quente,ao vê-lo pela primeira vez queridos deuses! Ela ficou fascinada, Alto de 1.90m com cabelos loiros que brilhavam ao sol da tarde,lindos olhos verdes que pareciam esmeraldas ele era maravilhoso,mas e o corpo dele? Ah ele com sua pele levemente bronzeada, músculos definidos e braços fortes ele era muito gostoso!
Para uma jovem de 16 anos aquele homem era lindo,sim ele realmente lera,mas também era proibido e isso ativou todos os instintos de caça dele e os de fugir dela,mas por que? A intensidade dele era muito grande,seu charme magnético e sua voz da seda mais rica, tudo que precisou foi um sorriso de lado dele e um cumprimento despretensioso e ela caiu extasiada por ele, patética sim eu sei,mas foi assim que aconteceu. E o resto como dizem é história.
Saindo de seus pensamentos Kristin entrou no carro e dirigiu para o trabalho, sua biblioteca ficava na 21, Avenida Lewis,a Kendall era uma biblioteca pequena e tranquila, aconchegante até, com suas mesas e estantes baixas, computadores simples mas com boa conexão com a internet e seus usuários de todas as idades que iam e vinham todos os dias da semana, seu trajeto de vinte minutos foi como todos os outros dias, ouvindo suas músicas antigas favoritas na lista de reprodução do celular, cantando junto e tendo um bom momento. Ao chegar estacionou seu Audi no mesmo lugar que o senhor Tom havia lhe destinado no seu primeiro dia de trabalho a quase seis meses atrás, terminou de cantar o refrão de Alone da banda Hearth e saiu.
Tranquila e ainda cantando baixinho destranquei a porta,liguei as luzes fluorescentes no teto e caminhei até minha mesa,deixei minha bolsa na gaveta da escrivaninha, liguei meu computador e fui até a cozinha fazer um chá, a pouco tempo descobri que o chá de hibisco e romã são uma das poucas coisas que aliviam minha insistente dor de cabeça,sendo assim comecei a aquecer a água,olhei em volta da cozinha tranquila e sorri pensando em como meu dia seria produtivo,iria revisar meus manuscritos, organizar os catálogos e logo voluntários viriam para ler com as crianças da comunidade.
Peguei a água que já estava quente na jarra,minha xícara favorita de caldeirão do Harry Potter ( eu amo hahaha) e adicionei o chá de hibisco e romã, dei uma respirada profunda no aroma delicioso e voltei para minha escrivaninha com a xícara de chá em mãos,me sentei coloquei meu login no computador de mesa e me pus a trabalhar,estava para iniciar quando senti um arrepio passar por mim,seguido de uma pontada especialmente forte em minha cabeça, parei com a sensação estranha de estar sendo observada, a algum tempo já não sentia mais isso,na última vez eu ainda não havia me mudado do Tenesse então porque isso novamento agora?
Assim como a sensação veio ela passou, esfreguei minha têmpora em busca de alívio,tomei um gole generoso do meu chá e respirei fundo, me pus a trabalhar,por volta das 10 a.m o grupo de leitura chegou,as crianças estavam animadas com a história do dia,o Sr.Tom veio me cumprimentar, "Bom dia Kristin,como está hoje?" , saí de trás da minha escrivaninha e estendi a mão para cumprimentá-lo "Bom dia Tom,estou bem e como vai Amanda?" , ele sorriu e apontou a pequena Amanda que já estava na frente do grupo aguardando a chegada do contador de histórias de hoje,sorri com a cena, a pequena Amanda tinha 4 anos de idade e era uma tagarela,adora me contar todo tipo de história quando vinha com o pai o Sr. Tom a biblioteca para a leitura semanal,ela assim como eu sofria de dores de cabeça e nós duas tínhamos um senso de aventura parecido, gosto d pensar que se fosse mãe eu teria adorado ter uma filha como ela,seu pai o Sr. Tom era viúvo,a esposa faleceu de câncer quando Amanda tinha 6 meses,desde lá ele não casou novamente e vivia para o trabalho e a filha,embora ele tenha apenas 38 anos parece ter perdido a vontade de amar novamente.
Estava pensando na tristeza que a pequena Amanda deveria sentir sem lembrar da mãe,quando senti um arrepio e novamento o vento frio passar por mim,a porta abre com o som de sinos e quando olho em direção a porta meu coração dispara.