Ren acordou no meio da noite com um som. Não um som qualquer, mas algo que parecia ecoar de dentro de sua cabeça, baixo, rítmico, como se um sino distante estivesse tocando em uma caverna infinita. Ele tentou ignorar, virar para o outro lado, mas o eco não era algo que se pudesse escapar. Era um chamado, como se o universo estivesse batendo na porta de sua alma.
Ren resolve se levantar da cama, aflito pelo barulho incessante, ao tocar o chão com seus pés o chão se desaba, com incríveis reflexos ele tenta de segurar na cama mas acaba escorrendo e caindo no profundo infinito.
Ao fundo uma do buraco, um ser mistérioso se aproximava. Suas vestes negras de pano, bordadas a mão, mostrava sua elegância.
Com pequenos gestos a figura se aproximava cada vez mais de Ren, o deixando assustado, se movimentando com esforços vis , deixando ainda mais a figura misteriosa se aproximar .
Cada vez mais que Ren corria da figura ele se aproximava mais dela. Seu coração batia desesperado, tentando acordar o mais rápido possível desse pesadelo.
Antes que Ren pudesse reagir, uma figura saiu das sombras. Ele era alto, com um porte que parecia sobrecarregar o próprio espaço ao seu redor. Seu rosto estava parcialmente coberto por um capuz negro esfarrapado, mas o brilho de seus olhos dourados era inconfundível.
Em um movimento que desafiava a lógica, ele disparou em direção à criatura com velocidade sobre-humana, seus pés mal tocando o chão. Seu punho, envolto em um brilho esverdeado como chamas líquidas, desceu com força brutal. O impacto não apenas atingiu o monstro, mas também pareceu explodir o próprio ar, gerando um som ensurdecedor e uma onda de choque que lançou Ren para trás.
Com esse impacto Ren foi lançado para o teto de sua casa, a batida na parede fez com que o teto se quebrasse, deixando Ren cair sobre sua escrivaninha branca. Repingos de sangue saim de sua boca a cada tossida. Seu olhos abertos com um medo
Inconfundível. Ao se mexer, uma dor veio de suas costelas.
" O que aconteceu " perguntou Ren em sua cabeça.
Se levantando devagar, Ren coloca a mão e seu peito e vai em direção a sua cama, como era tarde da noite, os vizinhos começaram a ligar para sua casa, tentando saber o que havia acontecido.
Ren não se importava mais, a dor agonizante não deixava ele pensar em mais nada, o som abafado de seu peito escova em seu cérebro.
De repente os objetos de seu quarto começaram a balança e sumir. Ren olhava pra isso sem entender nada.
" Mas que porra é essa, o que tá acontecendo aqui?"
Com isso, Ren começou a se afastar da cama, o movimento desajeitado o fez cair no chão. Antes que pudesse gritar de dor, uma estranha leveza tomou conta de seu corpo. Num piscar de olhos, tudo ficou escuro. Uma sensação de paz percorreu sua mente, apagando qualquer lembrança do que havia acontecido.
Leves brisas acariciavam sua pele, enquanto clarões suaves dançavam ao seu redor. Aquele estado parecia durar uma eternidade, o tempo já não fazia sentido para Ren. Quando finalmente olhou para baixo, percebeu que um lago cristalino se aproximava rapidamente.
Ele tentou reagir, mas foi tarde demais. Seu corpo atingiu a superfície com força, e o impacto o fez gritar de dor enquanto a água fria o envolvia completamente.
"Ei, o que é isso? Que som foi esse?" Uma voz gritou ao longe, cheia de inquietação.
"Sim, eu também ouvi algo cair no rio," respondeu outra pessoa, sua voz carregando um misto de curiosidade e preocupação.
"Impossível!" exclamou uma figura imponente, adornada com elaborados enfeites que brilhavam sob a luz tênue. Ele estava sentado confortavelmente em um trono de pedra entalhada, irradiando autoridade. "Ninguém pode cair no rio. Ele é protegido pelas divindades celestiais. Se alguém o fizer, será consumido pela quantidade absurda de kyo que ele possui."
A sala caiu em um silêncio tenso enquanto o ser continuava, sua voz grave ecoando pelo espaço. "Dizem que, se alguém sobreviver ao rio, será imediatamente transportado para o Mundo do Vazio, onde habitam entidades muito mais poderosas do que nós. Portanto, este incidente não merece nossa atenção."
De repente, um grito veio de longe. "Senhor Kimer! Há respingos de água na margem do rio! Isso significa que, definitivamente, alguém caiu nele."
Isso não faz sentido!" Kimer avançou em direção ao rio, suas vestes ondulando com a pressa. "Como alguém conseguiu ultrapassar as defesas celestiais? E como não percebemos nenhum desbalanceamento no fluxo de Kyo?!" Sua voz carregava uma mistura de raiva e incredulidade.
"Poderia ser alguém tão poderoso a ponto de desafiar as leis do Kyo e invadir nosso território?" perguntou um dos subordinados, a preocupação evidente em seu tom.
"Quem seria tão arrogante ao ponto de nos atacar aqui, ainda mais na Fronteira Imperial?" outro questionou, olhando ao redor, como se esperasse encontrar o responsável a qualquer momento.
Kimer estreitou os olhos, suas mãos fechando-se em punhos. "Sabemos que temos muitos inimigos," ele começou, sua voz mais baixa, porém carregada de tensão, "mas, até hoje, nenhum deles teve a ousadia de nos confrontar diretamente. Não aqui, onde os celestiais nos protegem."
"Vanner, libere seu sentido divino e procure por qualquer evidência de onde esse ser pode ter vindo!" ordenou Kimer, sua voz carregada de urgência e autoridade.
Vanner fechou os olhos, concentrando-se enquanto seu sentido divino se espalhava pelo ambiente. Após alguns momentos, ele abriu os olhos lentamente, sua expressão tensa. "Senhor, estou detectando partículas dimensionais dispersas pelo ar. Pequenas, mas distintas." Ele fez uma pausa, hesitando antes de continuar. "Acho que... os próprios Celestiais podem ter nos atacado. Talvez haja um traidor entre eles!"
"Traidor?!" Kimer balançou a cabeça, seu tom mais firme. "Isso não pode ser verdade. Se houvesse algo vindo de cima, eu teria sido informado. Não... deve ser um irregular, alguém que encontrou uma forma de invadir nosso mundo sem ser detectado." Ele cruzou os braços, sua expressão séria. "Vou informar os Celestiais, mas não espere muito. Nem eles podem acessar esta área sem permissão dos Deuses Superiores."
Kimer virou-se bruscamente, apontando para um grupo de guardas que aguardavam em silêncio. "Vocês! Reforcem a proteção deste rio imediatamente. Montem uma barreira ao redor e fiquem atentos a qualquer movimento. Se esse ser conseguiu sobreviver, ele pode tentar escapar, e não podemos deixá-lo sair."
Os guardas assentiram rapidamente, movendo-se com eficiência enquanto Kimer observava, seus pensamentos fervilhando com a possibilidade de algo muito maior estar em jogo.
No fundo do lago, Ren, ainda inconsciente, afundava lentamente. Seu corpo flutuava sem resistência, entregue às profundezas geladas. Ele não tinha pensamentos claros, apenas uma sensação crescente de sufocamento, como se a própria água estivesse sugando o pouco de vida que lhe restava.
Mesmo em sua inconsciência, algo o mantinha alerta o suficiente para perceber o ambiente ao redor. Uma silhueta discreta começou a emergir ao longe, tornando-se cada vez mais clara à medida que ele afundava. Era uma forma estranha e irregular, como uma estrutura viva, pulsando com uma luz tênue.
Conforme Ren se aproximava, a pressão ao redor de seu corpo aumentava. Era como se o lago estivesse tentando esmagá-lo, apertando cada músculo, roubando o ar de seus pulmões. Ele não conseguia se mover, não conseguia lutar. Apenas sentir.
Era um milagre ele estar vivo até aquele momento, mas a sensação de que isso poderia mudar a qualquer instante era esmagadora.
A silhueta abaixo dele finalmente revelou sua forma — uma construção gigantesca e intricada, como uma catedral submersa, feita de cristal negro que irradiava uma energia que fazia o kyo ao redor vibrar. No centro da estrutura, uma esfera flutuava, girando lentamente, como se o estivesse observando.
De repente, a esfera disparou um raio de luz em direção a Ren, atravessando seu corpo como uma onda quente. Seus olhos se abriram bruscamente, e ele inalou água, sufocando enquanto seus sentidos despertavam. O desespero tomou conta. Ele tentou nadar, mas a gravidade do lago parecia tê-lo aprisionado.
Uma voz profunda e ressonante ecoou em sua mente, sem origem visível: "Você... Sobreviveu. Mas isso tem um preço."
O cristal negro abaixo dele começou a vibrar violentamente, rachaduras se espalhando por sua superfície. A luz na esfera pulsava cada vez mais rápido, e então, com um som ensurdecedor, o mundo ao seu redor explodiu em fragmentos de energia.
Ren tossiu com força, expelindo a água que encharcava seus pulmões, enquanto sua visão turva começava a se estabilizar. O cheiro de terra molhada e folhas secas invadiu seus sentidos. Ele piscou repetidamente, tentando focar na figura à sua frente. O encapuzado permanecia imóvel, como uma estátua viva, seu cajado brilhando levemente com runas que pulsavam em um ritmo constante, quase como batidas de um coração.
"Quem... Quem é você?" Ren conseguiu perguntar, a voz fraca e rouca, como se suas cordas vocais estivessem desgastadas.
A figura inclinou a cabeça levemente, como se ponderasse sobre a pergunta. "Isso não importa agora. O que importa é onde você está... e o que você se tornou."
Ren tentou se levantar, mas seu corpo parecia feito de chumbo. Cada músculo protestava, e ele mal conseguia mover os dedos. "O que eu me tornei? O que aconteceu comigo?"
O encapuzado deu um passo à frente, o som de seus pés esmagando as folhas quebrando o silêncio opressor. "Você cruzou o véu entre mundos, algo que ninguém deveria ser capaz de fazer. O lago que te engoliu é uma fenda entre dimensões, guardado pelas divindades. Você não deveria ter sobrevivido, mas o fato de estar aqui prova que você é... diferente."
Ren arregalou os olhos. "Diferente? Eu não pedi por isso! Eu só quero voltar para casa!"
"Voltar?" O encapuzado soltou uma risada seca, desprovida de qualquer humor. "A casa que você conhecia não existe mais para você. Ao cruzar o véu, você foi marcado. Agora, a essência do Vazio está em você. E isso faz de você um alvo."
Antes que Ren pudesse processar as palavras, o som de passos apressados e vozes ao longe cortou o ar. "Encontramos alguma coisa! Está vindo daqui!"
A figura encapuzada deu outro passo à frente, agachando-se para ficar mais próxima de Ren. "Eles estão vindo por você. Não confie em ninguém. Não há amigos neste mundo, apenas sobreviventes."
"Espere, quem está vindo? O que você quer dizer?" Ren tentou se mover, mas seus braços ainda não o obedeciam.
"Você descobrirá em breve," a figura respondeu. Em um movimento ágil, levantou-se e deu as costas a Ren, desaparecendo entre as árvores como uma sombra levada pelo vento.
Poucos segundos depois, um grupo de seres imponentes emergiu da floresta. Eram guardas vestidos com armaduras ornamentadas, seus rostos escondidos por máscaras douradas que brilhavam sob a luz do sol. Um deles apontou para Ren com sua lança.
"Ajoelhe-se e não resista! Você será levado ao Grande Conselho!"
Ren tentou falar, mas antes que pudesse dizer algo, a ponta da lança brilhou com uma energia azul, e tudo ficou escuro novamente.
Ren recobrou os sentidos aos poucos, sua cabeça latejando como se tivesse sido esmagada. Quando abriu os olhos, percebeu que estava em um ambiente completamente diferente. O teto acima era alto, feito de cristal dourado que parecia pulsar com energia viva. As paredes ao redor eram adornadas com símbolos intrincados que brilhavam suavemente, lançando sombras que pareciam dançar ao seu redor.
Ele tentou se mexer, mas seus braços e pernas estavam presos por correntes translúcidas, feitas de um material que parecia ser luz sólida. A sensação era opressora, como se cada movimento drenasse sua energia.
À sua frente, uma figura alta e majestosa observava-o com uma expressão indecifrável. Ele vestia uma armadura cintilante, adornada com runas antigas, e sua presença era tão imponente que parecia fazer o ar vibrar. Seus olhos brilhavam com uma intensidade dourada, quase divinos. Ao seu lado, outros guardas permaneciam imóveis, como estátuas vivas.
"Você ousou atravessar o Véu," disse a figura em um tom que misturava curiosidade e reprovação. Sua voz ecoava pela sala, como trovões distantes. "Poucos sobrevivem ao Lago do Kyo, e nenhum humano comum deveria ser capaz de fazê-lo."
Ren lutou contra as correntes, tentando entender o que estava acontecendo. "Eu não escolhi isso! Não sei como cheguei lá!" ele gritou, sua voz desesperada. "Só quero voltar para casa!"
A figura inclinou a cabeça levemente, como se ponderasse suas palavras. "Voltar? O lugar de onde você veio está além do nosso alcance agora. Você cruzou um limiar que poucos sequer compreendem. E o que é mais intrigante..." Ele deu um passo à frente, analisando Ren de perto. "...você carrega algo dentro de si. Uma marca. Algo que não deveria existir."
Ren sentiu o peso daquelas palavras, mas antes que pudesse perguntar o que isso significava, uma voz ecoou pela sala. Era feminina, calma, mas carregada de autoridade.
"Isso é irrelevante agora, Lorde Hangu " Uma mulher surgiu das sombras, seus passos quase silenciosos. Sua aparência era dominante, com cabelos prateados que pareciam flutuar como seda ao vento. Ela vestia um manto branco que brilhava levemente, e em sua mão, segurava um cetro ornamentado. "O que importa é decidir o que fazer com ele. Um irregular como este não pode simplesmente ser ignorado."
"E o que sugere, Alta Sacerdotisa?" Hangu perguntou, seu tom desafiador. "Eliminá-lo agora? Ele pode ser a chave para algo que nem nós compreendemos ainda."
A mulher o encarou, impassível. "Ou ele pode ser o fim de tudo que protegemos. A Marca do Vazio não é algo que possamos arriscar manter aqui. Sugiro que seja exilado antes que cause um desastre maior."
Ren olhou de um para o outro, sua mente girando com as revelações. "Eu não sei o que vocês estão falando! Eu não sou uma ameaça! Por favor, me deixem ir!"
Mas suas palavras foram ignoradas enquanto os dois líderes discutiam seu destino.
De repente, as correntes que o prendiam começaram a emitir uma luz intensa. O brilho se tornou insuportável, e Ren gritou, sentindo seu corpo ser puxado por uma força invisível. Antes que pudesse entender o que estava acontecendo, ele foi envolvido por uma explosão de energia, e tudo ao seu redor desapareceu.
Ren abriu os olhos novamente, mas desta vez não havia teto dourado nem figuras imponentes. Ele estava em um campo vasto e silencioso, cercado por um céu roxo cheio de estrelas que pareciam estar mais próximas do que o normal. O solo sob seus pés era feito de uma substância estranha, quase líquida, que ondulava a cada passo.
Uma nova voz ecoou em sua mente, fria e implacável: "Bem-vindo ao Mundo do Vazio, sobrevivente. Sua verdadeira provação começa agora."
Ren cambaleou ao ouvir a voz, tentando processar o que acabara de acontecer. O Mundo do Vazio. Ele olhou ao redor, mas o campo parecia se estender infinitamente, com formas distantes e indistintas que ondulavam como miragens no horizonte. O céu roxo pulsava com uma luz estranha, como se estivesse vivo, e cada estrela parecia observá-lo.
Ele se ajoelhou, sentindo o solo que oscilava sob seus pés, como uma água densa. Quando pressionou a mão contra a superfície, ela afundou levemente, mas algo o repeliu, como se não fosse permitido atravessar.
"Onde eu estou...?" murmurou para si mesmo, sua voz soando abafada, como se o ambiente sugasse o som.
A mesma voz fria voltou a ecoar, mas agora parecia mais próxima, quase dentro de sua cabeça. "Você está no limiar entre a existência e o esquecimento. Aqui, aqueles que carregam a Marca do Vazio enfrentam seu destino. Você sobreviveu ao lago, mas isso é apenas o começo. Sua presença aqui atrairá coisas que nem os deuses ousam enfrentar."
Ren olhou em volta, alarmado. "Quem está falando? Mostre-se!" Ele deu um passo à frente, mas o som de seus pés contra o solo parecia ser absorvido pelo ambiente.
Um brilho fraco começou a surgir à sua frente, lentamente tomando a forma de uma figura alta e encapuzada. Diferente da que ele havia encontrado antes, esta parecia feita de pura energia, com traços indistintos que mudavam a cada instante. Apenas seus olhos, negros como um abismo, permaneciam fixos e inalterados.
"Eu sou o Guardião do Vazio," declarou a figura, sua voz ecoando como múltiplas camadas sobrepostas. "Meu papel é observar os que caem aqui. Poucos sobrevivem, e menos ainda saem."
Ren sentiu um calafrio percorrer sua espinha. "Eu não pedi para estar aqui. Eu só quero voltar para casa!"
O Guardião inclinou levemente a cabeça, como se analisasse suas palavras. "O desejo de voltar é comum entre os marcados. Mas a Marca do Vazio não é um fardo que você pode simplesmente abandonar. Ela é parte de você agora. E este mundo..." Ele abriu os braços, indicando o horizonte infinito. "...será seu campo de provas. Apenas aqueles que dominam o Vazio podem escapar."
Antes que Ren pudesse responder, um som baixo e gutural quebrou o silêncio. Ele se virou rapidamente, tentando localizar a origem, mas não conseguia ver nada além das ondulações no solo.
"Eles já sentiram sua presença," disse o Guardião, agora soando mais distante. "As Bestas do Vazio o encontrarão. Corra, ou lute. Apenas sobreviva."
Com essas palavras, a figura se dissipou em uma explosão de luz, deixando Ren sozinho. O som gutural aumentou, agora acompanhado por tremores no solo, como passos massivos. Ele olhou para o horizonte e viu formas gigantescas começando a surgir, sombras monstruosas que pareciam feitas de pura escuridão, com olhos brilhantes e corpos que desafiavam qualquer lógica.
Ren sentiu o medo tomar conta de seu corpo, mas uma faísca de determinação começou a crescer em seu peito. "Se este é o meu destino, então vou lutar pra por ele." Ele cerrou os punhos, sentindo uma energia estranha pulsar em suas veias,a mesma energia que parecia conectá-lo a esse mundo.
As criaturas avançavam rapidamente, e o chão ao redor de Ren começou a se partir, como se o próprio solo estivesse cedendo à presença delas. Ele olhou ao redor, buscando algo, qualquer coisa que pudesse usar como arma, mas tudo que encontrou foi o vazio e a pressão crescente do ambiente.
De repente, a marca em seu braço brilhou intensamente, irradiando uma luz azul profunda. Ele gritou, sentindo uma explosão de energia atravessar seu corpo. Quando abriu os olhos, estava segurando uma lâmina feita da mesma luz pulsante, como uma extensão de si mesmo.
As Bestas do Vazio rugiram em resposta, e Ren respirou fundo, segurando a lâmina com firmeza. "Se é assim que tem que ser..." Ele deu um passo à frente, encarando os monstros. "...então que venham."