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ChronoCrew - Making New Times

🇧🇷Zaque
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Synopsis
Um evento misterioso muda o rumo da história e do mundo trazendo diversas realidades e tempos históricos da humanidade em um único mundo. Zaque sem perder tempo, parte em uma jornada para desvembrar esse novo mundo a ajuda de seus novos companheiros.
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Chapter 1 - CAPÍTULO 1 - Dunas árida

Em meio a um deserto árido conhecido pelas miragens e ventos que cortam o céu, existia uma antiga cidade pobre chamada "Hiddn'leand's" que abrigava cidadãos comuns a guarda e serviço de um clã de paladinos a beira da extinção chamados "Sandwalkers",

Por ser uma cidade pobre e com muitos defeitos, ela é constantemente alvo de grupos de bandidos e ladrões, os guardas mal conseguiam manter tudo de pé, mas isso acaba em seguida...

em algum beco escuro

Bandido: "anda! Passa tudo de valor! rápido! eu não tenho tempo!"

O bandido apontava uma faca para uma moça que ele a forçou a entrar no beco

Moça: "por favor senhor não! As coisas estão difíceis eu não tenho nada além de centavos!"

A mulher estava tremendo e se encolhendo em uma parede, até sentirem uma brisa tranquila...

A partir do silêncio que se fez após a chegada do vento, um homem mascarado nos telhados surge com sua capa branca esvoaçando ao vento

???: "Joe... Joe... Joe. Você nunca muda."

O bandido tirou sua atenção da mulher e encarou o homen no alto da casa

Bandido: "você de novo!? Agora você tá ferrado! Desce aqui pra ver se não te transformo em pó! Eu ainda não me esqueci da última vez!"

O mascarado assentiu a cabeça em um sinal de tédio

???: "tss... Com essa faquinha murcha aí? Da última vez você tinha uma espada e perdeu... Mas tudo bem, vai ser rápido..."

O máscarado retirou sua alabarda das costas, saltando dentro ao beco, pousando no chão e levantando areia

???: "vamos Joe, se a gente acabar rápido os Sandwalkers nem vão perceber que tu fugiu!"

Exclamou o máscarado tentando convencer o bandido conhecido para se render e acabar com a situação depressa, parecia que ele estava atrasado?

Bandido: "agora cambada!"

Surge um grupo de bandidos ao redor do mascarado, cercando-o com espadas e facas

???: "ah! Aí está sua espada!"

Bandido 2: "você vai pagar por tudo seu lixo!"

Bandido 3: "você tirou tudo de mim!"

???: "eu nem sei quem você é..."

E então um confronto de 6 contra 1 se inicia, o mascarado não se abalou pelo número de oponentes, manejando sua alabarda ele podia lutar contra qualquer um a longa distância, com esquivas e ataques rápidos e leves, não tinha chance pra ninguém, o grupo de bandidos foi derrubado em segundos

???: "huff... Vocês nunca aprendem..."

O mascarado olha para os lados procurando pela moça que estava em apuros, mas, ela já tinha fugido

???: "ok... Espero que ela tenha chamado a guarda... Agora onde eu estava?"

Ele se perguntava sobre seu real objetivo, já que se distraiu pela moça 

???: "ah verdade! Os garotos!"

Ele rapidamente guardou sua alabarda em suas costas e escalou os muros e casas próximos ao beco, pulando das varandas e telhados com naturalidade, se aproximando do templo da cidade

Ele então entrou no templo e parou perto da árvore que ficava centrada a grande sala, um símbolo sobre a persistência de uma árvore em crescer em meio a um deserto

???: "bem agor-"

De repente ele é cercado por três bastões

Izumaka: "há! Te pegamos!"

Kolen: "você deveria ter mais cuidado..."

Nokata: "esse aí é o Zaque que eu conheço?"

Três garotos usando vestimentas semelhantes a dos Sandwalkers cercaram com maestria nosso máscarado sem renome a alguns instantes atrás, finalmente denominado Zaque

Zaque: "ah seus pestes! Ahahaha ok! Me pegaram!"

Eles entram em gargalhadas, indicando um forte laço de amizade

Izumaka: "porque demorou tanto!?"

Zaque: "tive um rolo no caminho, mas tá tudo certo."

Nokata: "sempre assim-"

Nokata mal havia terminado de Falar e já foi interrompido por Izumaka

Izumaka: "você parou um grupo de meliantes no caminho de novo?! Que demais!"

Kolen deu um tapa na nuca de Izumaka

Kolen: "você sempre interrompe o Nokata seu idiota!"

Izumaka: "aí! Tá bom! Eu já entendi, me desculpa!"

Zaque: "hahaha, e ai? Vamos treinar?"

Os três garotos então levantam a cabeça e gritam em ansiedade

Garotos: "pra agora!"

Então eles começaram a escalar as paredes e pular de um pilar para o outro, sendo liderados por Zaque, assim saindo do templo e fazendo suas acrobacias pela cidade, os garotos estavam aprendendo a se tornar um guerreiro Sandwalker com Zaque?

Em quanto isso nos portões velhos e enferrujados de hiddn'leand's, onde dois guardas asseguravam a defesa

Guarda 1: "mais um dia nesse calor..."

Guarda 2: "nem me fale... o kendy desmaiou ontem na torre de vigia"

Guarda 1: "se não fosse aquele rei ganancioso, nada disso estaria acontecendo, a cada dia aquele palácio cresce e nossa cidade diminui..."

Após algum tempo, o sol se escondia abaixo do Horizonte e a lua se erguia no outro lado, uma figura aparece subindo as dunas a frente, uma silhueta com muitas capas

Guarda 1: "o que é aquilo?..."

O guarda forçou sua vista, encarando a figura que andava ao horizonte

Guarda 2: "deve ser algum invasor..."

O segundo guarda rapidamente entrou em posição de combate, apontando a alabarda a frente do "desconhecido"

Desconhecido: "ei esperem! sou eu! Edwin! Edwin! Sandwalker!"

"Edwin" estava cambaleando em direção a eles, machucado e desesperado

Guarda 2: "puta merda Edwin! Ajuda ele!"

Guarda 1: "pra agora!"

Os guardas o carregaram nos braços até um posto médico próximo

Guarda 1: "o que aconteceu?! Conta pra gente!"

Edwin: "cof... Cof... Eu consegui provas o suficiente... Os outros foram levados... Eu fui o único que saiu de lá..."

Guarda 2: "provas? Provas de quê? Levados? Do que você tá falando?!"

Edwin: "aqui nessa carta..."

Edwin puxava de seu cinturão de pano uma carta e entregava ao guarda

Edwin: "Hiddn'leand's... É só uma cidade feita para ser explorada... Daqui a pouco seremos invadidos... Não estamos prontos pra eles..."

Guarda 1: "eles quem?!"

Edwin: "os nossos protetores..."

Edwin perdeu a consciência devido as machucados profundos

Guarda 2: "droga! Vamos!"

Os guardas se apressaram para leva-lo ao posto médico

no dia seguinte, o jornaleiro corria pela cidade, gritando e anunciando a todos

Jornaleiro: "pessoal! Corram! Pegue sua família, deixem seus bens para trás e corram para longe daqui! A cidade vai ser invadida pelo rei!"

O jornaleiro dobrou a esquina para espalhar ainda mais a notícia e saiu de vista

Zaque do alto dos telhados de uma casa ouviu o jornaleiro aos prantos

 Zaque: "hum? É sério isso? Mas o rei pode entrar aqui a qualquer momento e pegar o quiser sem "invadir"... Tem algo a mais por trás disso..."

Zaque correu em disparada, pulando pelos telhados em direção ao templo

Zaque entra no templo e imediatamente vai ao encontro do ancião

 Zaque: "Senhor, você ouviu as novas?"

 Ancião: "sim Zaque... Nossa humilde e histórica cidade vai ser invadida pelo rei, só demorou mais do que deveria..."

 Zaque: "como assim demorou mais do que deveria? Isso já era de se esperar?"

 Ancião: "eu tentei te contar a história sobre como Hiddn'leand's declarou separação do reino por causa da personalidade perversa do rei, mas você nunca se interessou por histórias "políticas""

 Zaque: "ahh... Mas o que eles vão querer num lugar como esse? A cidade cada vez mais cai aos pedaços e o povo cada vez mais vai embora!"

Zaque assentiu em um tom impaciente e o ancião franze a testa em mais impaciência ainda, então o ancião bate na cabeça de Zaque com o bastão.

Ancião: "Quieto! Você é um Sandwalker! todos os Sandwalkers possuem um senso de liderança sobre si e seus próximos, e um líder nunca iria reclamar como uma criança assim!"

 Zaque: "ai! Certo... Mas eu não sou um líder, nunca nem tive essa oportunidade."

Ancião: "você terá jovem... Tudo tem seu devido tempo e se não tiver, crie seu próprio tempo."

Zaque: "é... Talvez sim..."

Zaque se virou e foi em direção a saída, conhecendo um pouco mais da cidade natal e um concelho

 Zaque: "crie seu tempo..."

Zaque falava sozinho em meio aos telhados das casas

 Zaque: "esse é meu tempo..."

Zaque rapidamente saiu em disparada rumo as dunas fora a cidade.

Cruzando as areias em meio a noite, com a estratégia de não ser queimado na intensa luz solar, enfrentando patrulhas da realeza que estavam no caminho, nada podia deter aquele que um dia prometeu a proteção sobre todos

Ao amanhecer, Zaque chegava ao seu destino, o palácio branco, feito de muros de calcário branco e ouro de tolo

Zaque: "Finalmente... Esse castelo é mais grandioso que as histórias contam..."

Izumaka: "é você tem razão."

Zaque olhou para trás em um susto

Zaque: "O QUE VO- PERAI... VOCÊS?!"

Os três garotos, Nokata, Kolen e Izumaka seguiram Zaque silenciosamente

Kolen: "pelos deuses... Como você pode aguentar andar por quilômetros sem parar... Huff..."

 Nokata: "eu falei que o treinamento de resistência viria a calhar."

 Izumaka: "Agora que estamos aqui, vamos salvar a cidade!!"

Izumaka estendia os braços para o alto em uma alegria enquanto Zaque os encarava com choque por não ter percebido três pirralhos o seguindo

 Zaque: "eu treinei vocês muito bem... Que droga..."

 Zaque: "Ok... Agora estamos longe de casa e não dá pra voltar, então me sigam e não façam barulho e nem besteira!"

Os garotos concordaram assentindo a cabeça

Os quatro então começaram a escalar os muros de calcário até o topo de uma torre de vigia

 Izumaka: "ei... Tem um guarda aqui em cima..."

Sussurrou izumaka para o time

 Zaque: "Kolen vá para o lado oeste da torre e chame a atenção dele..."

Kolen ouve com atenção e se move horizontalmente pela torre, pelo lado esquerdo, impossibilitando algum guarda dentro dos muros o ver

Já em posição, Kolen assoviou e chamou a atenção do guarda

 Guarda do palácio 1: "hum? Já falei que isso não tem graç-"

O guarda se aproximava pela varanda quando foi surpreendido pela mão de Zaque, o golpeando no queixo e o nocauteando

 Izumaka: "por que só não jogou ele daqui de cima? Seria tão louco..."

 Nokata: "o guarda gritaria e chamaria atenção..."

 kolen: "parece que nem pensa."

 Zaque: "Shh! Quietos!"

Os garotos fecharam os bicos, então Zaque já estava observando o palácio de cima, montando alguma estratégia

 Zaque: "Izumaka vai pelo sudoeste e acende os fogos de emergência do tipo daquela torre, Nokata vai pelo nordeste e acenda os fogos daquela outra torre, Kolen e eu vamos para o centro acabar com os guardas de lá, e depois nos vemos lá dentro do castelo, entenderam?"

 Garotos: "sim!"

Então eles se separam, Izumaka e Nokata indo para torres de direções opostas soar os fogos de emergência do palácio enquanto Zaque e Kolen diminuíam a segurança do centro com furtividade

As chamas dos falsos sinais de emergência subiriam logo, causando confusão e caos entre os guardas. E aproveitando essa distração, eles entrariam no coração do castelo, inexoráveis como a própria morte.

Zaque e Kolen foram os primeiros e Izumaka junto a Nokata viriam em seguida, os dois garotos estavam ofegantes feito asmáticos.

 Izumaka: "huff... Ah... Meu Deus... Eu nunca corri tanto na minha vida, viram como aqueles guardas correram pra lá? Eu podia ter sido pego..."

 Nokata: "eu espalhei os fogos por cada canto dos muros, assim a Ju procura deles vai ser mais longa ainda..."

 Zaque: "boa time, e ninguém vai se importar em procurar aqui no centro porque vão achar que já tem guardas aqui... Vamos seguir..."

O ar estava carregado de tensão enquanto Zaque, Izumaka, Kolen e Nokata adentravam a vasta sala do trono. Seus passos ecoavam no piso de pedra polida, olhos atentos varrendo os cantos escuros à procura de perigos. 

No final da câmara, uma figura imponente estava sentada em um trono ornamentado, seu manto real caindo em pregas luxuosas.

 ???: "Bem-vindos a meu humilde castelo, viajantes"

uma voz grave ressoou.

Zaque apertou o cabo de sua alabarda, desconfiado. 

 Zaque: "Somos guerreiros, não meros viajantes. Identifique-se, estranho."

Um riso grave ecoou das sombras.

 

???: "Vocês ousam dar ordens a mim? Eu sou Ramsés, o legítimo senhor destas terras!"

Com um movimento teatral, o monarca ergueu os braços e sua pele começou a se desfazer em cascatas de areia, revelando um esqueleto macilento envolto em bandagens antigas. Seus olhos brilhavam com um fogo sobrenatural.

 Ramsés: "Vejam minha verdadeira forma, insetos!" 

A voz de Ramsés ecoou como um lamento do deserto. 

 Ramsés: "Eu sou o último dos Sandwalkers, governante supremo dos ventos impiedosos!"

Izumaka engasgou, sua alabarda vacilando. 

 Izumaka: "Por todos os espíritos... É um morto-vivo!"

 Zaque: "Não tema, Izumaka, esse canalha não é nada além de um esqueleto enferrujado a mais em nosso caminho."

Com um movimento cuidadoso, Ramsés apanhou uma alabarda negra de aspecto sombrio do pedestal ao lado de seu trono. A lâmina sinistra cintilava à luz das tochas.

 Ramsés: "Essa relíquia já provou o sangue de milhares. A Sand-Halbard ansiará por mais uma vez!"

Antes que pudessem reagir, o rei múmia girou a arma acima da cabeça, liberando uma onda de vento cortante que apagou as chamas. A escuridão os engoliu.

 Zaque: "Sigam o som da minha voz! Não o percam de vista! Por nossas terras e nosso povo!" 

Os jovens guerreiros ergueram as armas, formando um círculo defensivo enquanto seguiam na direção do som sibilante da respiração sobrenatural de Ramsés. A batalha havia começado mais uma vez.

O vento uivava assombrado pelos corredores do antigo palácio. Zaque, determinado, segurava sua alabarda com firmeza, enquanto Izumaka, Kolen e Nokata, tinham expressões igualmente sérias por debaixo das máscaras.

 Zaque; "Ele está por perto, posso sentir, Fiquem alertas."

sua voz áspera cortando o silêncio. Izumaka engoliu em seco, tremendo de medo. 

 Izumaka: "E se não conseguirmos derrotá-lo? Ramsés comanda os próprios ventos."

 Kolen: "Não duvide de nós,"

Kolen ralhou, apertando o cabo de sua alabarda. 

 Kolen: "Somos guerreiros treinados. Vamos quebrar aquele esqueleto em pedaços!"

Um rugido de vento repentino ecoou através das salas, soprando poeira em seus rostos. Das sombras o rei esqueleto emergiu, segurando sua alabarda sinistra. Seus olhos brilhavam com um fogo sobrenatural.

Ramsés: "Tolos!" 

A voz de Ramsés ressoou como um trovão. 

Ramsés: "Pensam que podem me desafiar em meu próprio reino? Eu os transformarei em pó!"

Com um gesto de sua mão ossuda, uma rajada de vento explodiu, derrubando pilastras e enviando pedras e destroços voando em sua direção. Nokata ergueu sua alabarda em um movimento rápido, bloqueando os detritos.

Zaque: "Agora!"

Os quatro guerreiros avançaram, armas erguidas. A batalha havia começado.

A batalha era feroz, os combatentes se movendo entre redemoinhos de vento e destroços voadores. Zaque rolou por baixo de uma lança de ar comprimido, a alabarda girando em suas mãos experientes. Com sua alabarda, ele investiu contra Ramsés, a lâmina reluzindo na luz trêmula das tochas que ainda acesas ficaram

O esqueleto rei bloqueou o golpe com sua alabarda sombria, as lâminas se chocando com um estrondo que fez estremecer as próprias paredes. 

 Ramsés: "Sua coragem é admirável, mas tola!"

ele rosnou, empurrando Zaque para trás com uma violenta rajada de vento. 

Do outro lado da câmara, Kolen e Nokata lado a lado, suas alabardas cortando através dos turbilhões criados por Ramsés. 

Nokata bloqueou uma pedra voadora com o cabo da alabarda, os dentes cerrados com determinação.

 Nokata: "Não podemos fraquejar!" 

ele gritou para seu amigo, Kolen assentiu com a cabeça.

 Kolen: "Por nossa terra, por nossa gente!"

Enquanto isso, Izumaka rolava agilmente pelo chão, evitando lascas de pedra e correntes de vento afiadas.

 Izumaka: "eu tô preso aqui!"

A batalha fervia ao seu redor, mas Zaque mantinha a mente clara, calculando cada movimento. Seus olhos atentos avaliavam o campo, buscando fraquezas, qualquer brecha que pudesse explorar.

 Zaque: "Izumaka, cobre o flanco esquerdo! Kolen, Nokata, avancem em formação de pinça!" 

bradou Zaque, sua voz firme cortando o caos. Os três garotos obedeceram instantaneamente, movendo-se em sincronizia como um espelho

Izumaka girou pelo ar, sua alabarda cortando um redemoinho de vento antes de pousar em posição defensiva. Kolen e Nokata avançaram dos lados opostos, mantendo Ramsés entre suas lâminas afiadas.

O esqueleto rei silvou, emanando uma aura de poder sombrio. 

 Ramsés: "Insetos insignificantes! Sintam a fúria dos ventos eternos!" 

Um tornado se formou em torno dele, arrancando pedras do chão. 

"Agora!" A ordem de Zaque ecoou como um leão de batalha.

Izumaka investiu primeiro, sua alabarda dançando em um padrão intrincado para dispersar os ventos mais perigosos. Kolen e Nokata aproveitaram a chance, golpeando Ramsés após o outro em rápida sucessão. Lascas de osso voaram pelos ares com cada impacto bem-sucedido.

Ramsés urrou quando suas costelas foram atingidas, mas não cedeu. Ele contraiu os dedos descarnados e uma onda de força explosiva explodiu, arremessando os três garotos contra as paredes maciças. 

 Zaque: "Não!" 

Ele gritou, vendo seus companheiros caírem. 

Agarrando a alabarda com ambas as mãos, ele correu na direção de Ramsés, o rosto contraído em uma carranca letal. Este era o momento decisivo.

A alabarda de Zaque cortou o ar em um arco mortal, as pontas afiadas encontrando o alvo com violência devastadora. Um grito agônico ressoou dos ossos de Ramsés quando a lâmida se enterrou em suas costelas expostas. 

O rei esqueleto cambaleou, tentando erguer sua própria alabarda em uma última tentativa desesperada, mas foi inútil. Com um movimento firme, Zaque torceu sua arma, arrancando brutalmente os restos da estrutura óssea de Ramsés. 

Um vórtice de vento espalhou fragmentos de ossos e pó pelo chão quando o corpo despedaçado do antigo rei desabou. O silêncio caiu pesado sobre o salão, pontuado apenas pelo som das respirações ofegantes dos guerreiros.

Izumaka foi o primeiro a se levantar, gemendo de dor, mas sorrindo apesar dos cortes e hematomas. 

 Izumaka: "Você conseguiu, Zaque! Derrubou aquela múmia arrogante!"

Kolen tossiu, limpando o sangue da mão nas faixas de seu braço.

 Kolen: "É isso aí Zaque. Como sempre, sua estratégia nos levou à vitória."

Nokata se arrastou em direção a eles, rindo fracamente.

 Nokata: "E pensar que duvidei de nós por um momento. Que tolo eu fui."

Zaque baixou a cabeça em um breve aceno, então se virou para contemplar a alabarda sinistra que antes pertencera a Ramsés. A lâmina negra cintilava com um brilho sombrio, como se fosse feita das próprias profundezas da escuridão. 

Ele a ergueu com reverência. 

 Zaque: "Minha pobre arma não deve durar muito, espero que essa dê conta do recado... Sand-Halberd... Eu escolho você."

Os três garotos assentiram com admiração, observando Zaque segurar sua nova arma contra o ar empoeirado. Uma nova era havia começado em Hiddn'leand's, livre do reinado sombrio de Ramsés.

De repente, passos apressados ecoaram do corredor além das portas entreabertas da câmara do trono. Zaque instintivamente apertou o cabo de sua nova arma conquistada, seus companheiros Izumaka, Kolen e Nokata formando um semicírculo rígido à sua volta.

Mas quando um grupo de guardas reais adentrou ofegante no salão, suas lanças abaixaram de imediato ao testemunharem os restos esparramados de seu antigo mestre. Os homens se entreolharam, o choque estampado em seus rostos suados.

 ??? : "Senhores..."

Um sargento bem talhado deu um passo à frente, engolindo em seco. 

 Sargento: "Vejo que o tirano Ramsés por fim encontrou sua merecida ruína."

Zaque franziu a testa, a Sand-Halbard ainda erguida em posição defensiva. 

 Zaque: "Esperávamos ser recebidos como inimigos, não como libertadores."

O sargento balançou a cabeça vigorosamente. 

 Sargento :"Não, valorosos guerreiros. Por anos Ramsés nos governou com punho de ferro, usando seu comando sobrenatural sobre os ventos para semear terror. Mas agora que aquele flagelo desprezível foi extirpado, um novo amanhecer brilha sobre nossas terras!"

Um dos guardas mais jovens se adiantou ansiosamente. 

 Guarda 1: "É verdade! Seu feito corajoso acabou com séculos de opressão! Nós lhes devemos nossas vidas, nossos lares!"

Kolen trocou um olhar perplexo com Nokata ao ver a gratidão genuína nos rostos dos soldados. Izumaka apenas sorriu, cansado, mas triunfante. 

Zaque sustentou o olhar do sargento por longos instantes antes de finalmente baixar a alabarda em um gesto de paz.

 Zaque : "Então talvez possam nos auxiliar em nossa próxima tarefa. As cruéis ordens de Ramsés ameaçavam nossa pobre cidade de Hiddn'leand's com invasão. Declarem o cessar dessa injustiça, para que nosso povo possa finalmente viver em paz."

 Sargento : "Será feito de imediato!" 

O sargento se curvou solenemente.

 Sargento : "Agora nos cabe reconstruir das cinzas do passado funesto. Que um novo futuro de esperança comece com as boas novas que trarão à sua terra natal!"

Assim, com os ânimos renovados, Zaque e seus irmãos de armas se puseram a caminho da saída do castelo sombrio de Ramsés, o brilho da manhã no horizonte dourado servindo de presságio para dias melhores que viriam. Embora provações certamente os aguardassem, eles carregavam o triunfo do povo em seus corações.

Quando finalmente deixaram as muralhas de pedra para trás, nada além das dunas infinitas do deserto os aguardava - um mar ondulante de oportunidades por explorar. E com a reliquia sombria da Sand-Halbard segura em suas mãos, Zaque sabia que estavam prontos para enfrentar qualquer desafio que o destino lhes reservasse.

O sol impiedoso do deserto castigava as dunas ondulantes quando eles finalmente avistaram as muralhas desgastadas de Hiddn'leand's. A cidade pobre se erguia como uma mancha desbotada contra o horizonte dourado.

Ao se aproximarem, Zaque sentiu um aperto no peito ao ver os moradores deixando a cidade em pequenos grupos, carregando o que podiam em suas costas.

O ancião ergueu os olhos quando eles chegaram. Um sorriso fraco iluminou suas feições cansadas.

 Ancião : "Meus rapazes... vocês retornaram."

 Nokata : "Mestre Sihal," 

Nokata ofegou, ajoelhando-se respeitosamente. 

 Nokata : "A cidade... estão desertando?"

O velho suspirou, balançando a cabeça lentamente. 

 Ancião Sihal : "As más notícias da marcha do Rei Ramsés se espalharam como um incêndio pelo deserto. Sem esperança de deter seu avanço sombrio, nosso povo perdeu a fé."

 Kolen deu um passo à frente, os olhos brilhando.

 Kolen : "Mas mestre, nós triunfamos! Aquele esqueleto arrogante jaz destruído pelos nossos esforços!"

Um murmúrio surpreso percorreu a pequena multidão que começava a se reunir. 

Zaque ergueu a Sand-Halbard, a alabarda negra refletindo os raios impiedosos do sol.

 Zaque : "Essa relíquia é prova de nossa vitória. Ramsés não mais ameaçará essas terras."

Os olhos de Sihal se arregalaram quando contemplou a arma lendária. 

 Ancião Sinal : "Então... as histórias eram verdadeiras. Vocês realmente derrotaram o rei."

Um largo sorriso começou a se formar em seu rosto enrugado.

De repente, gritos de alegria explodiram entre os moradores de Hiddn'leand's quando a notícia se espalhou. Mães abraçaram seus filhos, homens bateram nos ombros uns dos outros com renovada esperança. A cidade vibrava com uma energia revigorada.

Sihal levantou as mãos trêmulas, chamando por silêncio.

 Ancião Sihal : "Ouçam, meus amados irmãos e irmãs! Estes quatro valorosos guerreiros arriscaram tudo para nos livrar do terrível fardo de Ramsés! Sua coragem e habilidade eclipiram o próprio vento implacável do deserto!"

Um rugido de vivas e aplausos sacudiu as paredes de pedra de Hiddn'leand's quando o povo celebrou seus novos heróis. 

Izumaka, Kolen e Nokata sorriram timidamente por debaixo das máscaras, mal acreditando na glória que lhes era conferida.

Mas Zaque permaneceu impassível, seus olhos pousando na Sand-Halbard em suas mãos. Esta era apenas a primeira batalha, ele sabia. Mais desafios certamente viriam.

O lembrete do nome Ramsés fez Zaque estremecer, os recém-adquiridos poderes dos ventos ainda corrend por suas veias. Como um dos poucos Sandwalkers restantes, o tirano tinha conseguido distorcer os antigos ensinamentos com suas ambições.

 Zaque : "Mestre Sihal," 

Zaque franziu a testa, segurando a Sand-Halbard.

 Zaque: "Como essa arma veio a pertencer a Ramsés? Ele controla os ventos com crueldade, muito diferente dos guardiões que fomos ensinados a ser."

O ancião suspirou pesadamente, os ombros caídos como se um grande fardo repousasse sobre eles.

 Ancião Sihal : "É uma história triste, meu caro Zaque, uma que precisa ser contada para que os erros do passado não se repitam."

Acenando para que se sentassem sobre os bancos de pedra ao redor da Árvore da Persistência, Sihal retraçou o início trágico da jornada de Ramsés.

 Ancião Sihal : "Há muito tempo, antes mesmo dos mais velhos de nossa vila haverem nascido, um jovem guerreiro Sandwalker chamado Khu'ren vagava pelo deserto árido. Assim como você, ele havia sido abençoado com o dom de controlar os ventos imortais, um talento que usava para proteger os viajantes e assentamentos dos perigos das tempestades de areia. Khu'ren era um homem gentil e corajoso, sempre pronto para sacrificar sua vida pelo dos outros. Sua fama logo se espalhou, e ele ganhou um companheiro fiel - a poderosa Sand-Halbard negra, forjada das dunas por ferreiros místicos."

Os olhos de Sihal se tornaram distantes, revivendo dias antigos.

 Ancião Sihal : "Por anos, Khu'ren percorreu nossas terras inóspitas, dissipando as tempestades e defendendo os indefesos contra bandidos e feras selvagens. Nunca houve um guardião mais nobre ou valoroso."

Um brilho amargo surgiu no olhar do velho.

 Ancião Sihal : "Mas até os mais puros de coração podem ser corrompidos pela ambição. Embriagado por seu próprio poder e influência, Khu'ren começou a conquistar cidades, unindo-os sob seu domínio. O que antes era um protetor, tornou-se um opressor."

Zaque cerrou os punhos, a raiva queimando em suas veias. 

 Zaque : "Então ele se tornou o tirano Ramsés..."

Sihal assentiu solenemente. 

 Sihal : "Sim. Cegado por sua ganância, ele renunciou aos caminhos dos Sandwalkers e se autodenominou Rei do Deserto Impiedoso. A Sand-Halberd, que antes representava nobreza, transformou-se em uma ferramenta de subjugação e medo. Essa é a verdadeira maldição para aqueles que comandam os ventos eternos," 

disse Sihal em tom solene. 

 Ancião Sihal : "O risco de se deixar levar pelo orgulho e abrigar o deserto sombrio dentro do coração. Você precisará ser vigilante, Zaque, para não trilhar o mesmo caminho trágico."

Zaque ergueu os olhos para a árvore antiga, as folhas esvoaçando em uma brisa calma. Por trás dessas paredes, Ele nunca deixaria que o legado se desviasse novamente para a escuridão.

 Zaque : "Eu prometo, Mestre," 

afirmou com uma determinação inabalável ardendo em seu olhar. Mas de repente afirmou com uma determinação inabalável ardendo em seu olhar. Mas de repente após sua promessa a árvore da persistência começou a Brilhar em um tom verde-florescente, com sua luminosidade pulsando como um coração, sua copa e folhas esvoaçando a uma brisa calma. Zaque perguntou confuso

 Zaque: "ancião Sihal o que está acontecendo?"

 Sihal: "você está dando mais um passo pupilo..."

O vento cercava a árvore em uma luminosidade visível, se acomulando ao seu redor, se esvaindo da árvore por inteira nesses flocos como vagalumes. 

 Sihal: "Zaque, você jura se tornar um eco dos ventos e tornados por um bem maior ao manto do nome Sandwalker?"

 Zaque maravilhado pelo evento em sua frente, seus olhos brilham pelos buracos da máscara ao reflexo das luzes

 Zaque: "sim, juro pelas areias de casa e tudo que habita nelas..."

Então as luzes se guiam ao redor de Zaque, girando como um tornado a sua volta, suas veias, agora circulam a mesma luminosidade, fluindo o poder dos ventos por seu sangue, tudo tremia como um terremoto, a poeira era levantada como uma tempestade iminente, as bandeiras esvoaçando em sentidos únicos e sem sentidos.

Então absolutamente tudo parou de repente, em um Ritmo lento e devagar, Zaque olhava para suas mãos, o brilho diminuía e o corpo absorvia, tudo voltou ao seu tempo após um piscar de olhos

 Zaque : "Protegerei essa terra e este povo com os poderes que me foram confiados..."

Quando sons distantes de celebração chegaram aos ouvidos de Zaque e Sihal no recinto sagrado do templo. Zaque franziu a testa, surpreso. 

 Zaque : "Risadas e música, mestre? Hiddn'leand's mal tem recursos para sustentar nosso povo, quanto mais para uma festa."

Sihal sorriu docemente, as rugas em seu rosto se aprofundando com a expressão bondosa. 

 Ancião Sihal : "Ah, mas hoje é um dia para comemorar como nunca antes, meu rapaz. Vá, deixe que seus olhos testemunhem a mudança de ventos que sua coragem trouxe."

Intrigado, Zaque assentiu e se apressou a sair do templo, a Sand-Halberd negra firme em suas costas. As ruas estreitas da pequena cidade estavam vivas com cores e movimento - bandeiras penduradas nas varandas, fogos ardendo em fogueiras. E em todos os cantos, havia rostos sorridentes e gargalhadas espontâneas de alegria.

Zaque mal podia acreditar no que via. Crianças corriam pelas ruas empoeiradas, perseguindo uma à outra em jogos despreocupados. Idosos contavam histórias animadas, gesticulando com vigor renovado. E no centro da animação, havia uma verdadeira festa em andamento.

Mesas tinham sido montadas e cobertas com panos de tecido colorido, transbordando de iguarias que Zaque mal podia reconhecer - pães macios, frutas suculentas, jarras de bebidas que certamente não era apenas água. Dançarinos giravam e saltavam ao som de tambores e flautas, cortando o ar em movimentos hipnóticos.

Mas o que mais surpreendeu Zaque foram os homens se misturando à multidão - guardas reais de Ramsés, ainda usando suas armaduras. Em vez de expressões duras e vigilantes, seus rostos estavam relaxados em sorrisos enquanto bebiam e comiam junto aos moradores.

Kolen acenou freneticamente quando viu Zaque se aproximando, os olhos brilhantes.

 

Kolen : "Zaque! Você não vai acreditar na virada! Com Ramsés fora do caminho, seu controle sobre nossas terras enfraqueceu. As outras aldeias e cidades estão reclamando sua independência!"

Nokata surgiu ao lado dele, ofegante de tanto rir.

 Nokata : "E melhor ainda - todos os recursos e provisões do castelo foram divididos igualmente entre as cidades! Olhe para tudo isso!"

Ele acenou com as mãos para a festa, a fartura de comida e bebida espalhada por todos os lados. Zaque mal podia acreditar - Hiddn'leand's, antes uma cidade à beira do abandono, agora estava repleta de vida e animação renovadas.

Izumaka tomou um grande gole de sua caneca, fungando em aprovação. 

 Izumaka : "Uma nova era de paz vem aí, e é tudo graças a mim!!"

Nokata e Kolen desviaram um golpe a cabeça de Izumaka em um sermão

 

Nokata e Kolen: "a nós seu idiota!"

O coração de Zaque se encheu de alegria enquanto observava a cena. As sementes de esperança que ele havia plantado ao derrotar Ramsés estavam florescendo diante de seus olhos. Seu povo finalmente estava livre da opressão sombria, pronto para rastrear seu próprio destino no vasto deserto.

Erguendo a Sand-Halberd em um brinde silencioso, Zaque sorriu. Esta noite, a divisão entre guardas e aldeões desaparecera por completo. Todos eram um só povo, unidos em seu júbilo de serem donos de seu próprio futuro novamente.

Kolen : "Ahh, nada como um banquete digno de um rei depois de derrubar um tirano!"

A voz de Kolen ressoou sobre a festa quando ele se aproximou de Zaque, duas canecas transbordando daquela bebida âmbar. Zaque aceitou uma delas.

 Zaque : "Ou neste caso, derrotar um rei para libertar o banquete para o povo."

Ele ergueu a caneca em um brinde. 

 Zaque : "Aos novos tempos!"

 Kolen : "Novos tempos, novos prazeres!"

Kolen deu uma piscadela marota antes de virar a bebida em um longo gole. limpando a espuma dos lábios com a manga. 

 Kolen : "Por falar nisso, aquelas dançarinas não tiram os olhos de você, Zaque. Talvez você deva retribuir o interesse desta vez."

Zaque estava ruborizando só de pensar nas possibilidades.

 Zaque : "Eu... er, talvez mais tarde. Temos todo o tempo do mundo agora para celebrar."

Do outro lado da fogueira, um dos ex-guardas de Ramsés ergueu a voz em um desafio audível.

 Guarda: "Então esse é o poder de um verdadeiro Sandwalker? Prove para nós, garoto!"

Antes que Zaque pudesse responder, uma dança fez com que sua bebida espirrasse quando Izumaka pulou em suas costas, rindo feito um louco. 

 Izumaka : "Ah, ignore aquele idiota, Zaque! Você já nos provou dez vezes hoje!"

 Nokata : "É verdade!" 

Nokata se juntou a eles, ofegante de tanto rir.

O guarda cerrou a mandíbula, mas seus olhos brilharam com diversão quando Kolen desafiadoramente ergueu os punhos. 

 Kolen : "Bem, se é assim... talvez uma partida mais física possa resolver isso!"

 Zaque : "Trégua, trégua!"

Zaque interveio, segurando Kolen pelo ombro quando ele começou a avançar. 

 Zaque: "Guerreiros, nós somos todos irmãos agora, não inimigos. A noite é para comemorar nossa nova liberdade!"

Ele se virou para o guarda de Ramsés, estendendo a mão em um gesto de paz. 

 Zaque : "Que tal uma queda de braço como bons companheiros? Apenas para resolver essa dúvida sem derremar sangue."

O guarda hesitou por um momento, então um sorriso lento cruzou seu rosto quando ele apertou a mão de Zaque. 

 Guarda : "Você tem um acordo, Sandwalker. Prepare-se para provar seu valor!"

Logo uma pequena multidão se reuniu ao redor quando os dois homens puxaram suas mangas e se posicionaram em um banco. Com Nokata atuando como árbitro, Zaque e o guarda entrelaçaram suas mãos e se encararam desafiadoramente nos olhos.

 Nokata : "Preparar... Agora!" 

Músculos tensos ondularam quando cada um tentou empurrar o outro, mandíbulas cerradas em esforços ferozes. Zaque se concentrou, deixando a nova força dos ventos fluir por seus braços. Lentamente, a mão do guarda começou a ceder contra a força do Sandwalker.

Gritos e vivas irromperam da pequena multidão quando Zaque finalmente forçou o braço do guarda até a madeira com um baque Alto. O guerreiro derrotado balançou a cabeça em espanto, então gargalhou alto.

 Guarda : "Bem jogado, Sandwalker! Bem jogado!"

Zaque sorriu e ofereceu sua mão mais uma vez quando se levantaram.

 Zaque : "Então você acredita agora que não há ninguém páreo para mim?"

 Guarda : "Mais do que isso"

o guarda retrucou com admiração genuína

 

Guarda : "Eu acredito que você nos guiará para um novo futuro muito mais brilhante."

Kolen bateu nas costas de Zaque com um grande sorriso. 

 Kolen : "Assim você aprende, não é? Nosso amigo aqui é mais do que apenas força bruta!"

O grupo inteiro explodiu em gargalhadas, qualquer tensão final desaparecendo quando os antigos inimigos se reuniram como celebrantes iguais. Zaque se sentiu inundado de contentamento, observando essa união desenrolar bem diante de seus olhos.

Apenas algumas horas atrás, as ruas de Hiddn'leand's estavam desertas e sombrias. Agora, ecoavam com o som da alegria e camaradagem, enquanto um povo inteiro deixava para trás um passado opressivo. Uma nova era verdadeiramente havia começado esta noite.

A vitória de Zaque na queda de braço contra o ex-guarda de Ramsés elevou ainda mais o espírito festivo. Vivas e aplausos explodiram na pequena multidão quando o desafiante admitiu a derrota com uma gargalhada raspante. 

Guarda : "Talvez eu não deveria ter apostado o meu orgulho!" 

O guarda ergueu uma sobrancelha quando se endireitou, secando o suor da testa.

 

??? : "Como recompensa justa por essa exibição de força, Sandwalker, pelo menos me conceda a honra de uma dança!"

Antes que Zaque pudesse responder, um redemoinho de cores cintilantes invadiu seu campo de visão quando várias dançarinas se materializaram como serpentes esguias. Elas riram em uma sinfonia de sinos tilintantes, olhos negros como o céu noturno, piscando provocantemente.

Dançarinas : "Danças com um herói vitorioso? Nós adoraríamos!"

As beldades misteriosas começaram a girar em volta de Zaque, movimentos felinos e graciosos envolvendo-o em uma teia de véus diáfanos. O jovem guerreiro engoliu em seco quando uma delas se aproximou perigosamente, o brilho sedutor dos olhos realçado por cílios escuros.

 dançarina : "O que me diz, poderoso lorde dos ventos?" 

A voz era mel derretido quando ela ergueu uma mão adornada com anéis cintilantes para traçar a mandíbula de Zaque por debaixo da máscara.

 Dançarina : "Teria essa dança comigo?"

Um súbito silêncio caiu sobre a pequena multidão quando todos os olhares se voltaram para Zaque, aguardando ansiosos sua resposta. O guarda soltou uma risada rouca. 

Guarda : "Bem, valente guerreiro? Você ainda tem forças depois de sua exibição?"

De repente, Kolen apareceu ao lado de Zaque com um sorriso maroto, cutucando-o com o cotovelo.

 Kolen : "É melhor aceitar, meu amigo, ou então sua fã vai ficar desapontada!"

Zaque corou sob os olhares expectantes, então ergueu a cabeça. Com um leve floreio, ele capturou a mão estendida da beldade dançarina em um aperto suave, erguendo-a para cima pela cintura.

Zaque : "Seria minha honra dançar com uma vista tão cativante."

A dançarina deixou escapar um pequeno ofego apreciativo quando Zaque a puxou para perto em um movimento fluido. eles começaram a girar em sintonia com os tambores pulsantes, olhos fixos nos dela.

Aplausos e assobios ressoaram quando eles começaram uma dança antiga e clássica, se movendo em um frenesi sincronizado. Zaque sentia o suor pingar por sua pele quando ele conduzia a graciosa parceira em voltas e giros vertiginosos a cada movimento fluido

Em determinado momento, mais dançarinas se uniram ao par, formando uma revoada frenética de movimentos cintilantes e sorrisos enigmáticos.

As habilidades atléticas de Zaque foram empurradas ao limite quando ele correspondeu à complexa coreografia com movimentos decididos. Seus músculos queimavam com o esforço, mas ele mal notava - muito cativado pelo feitiço sedutor lançado pelas dançarinas.

Nem mesmo quando a música cessou e os dançarinos se separaram, ofegante e banhado em suor, Zaque conseguiu desviar os olhos de sua misteriosa parceira. Ela sorriu enigmaticamente quando deu um passo para trás, erguendo uma mão para acariciar a máscara de Zaque.

 Dançarina : "Você é verdadeiramente um homem de muitos talentos, nobre Sandwalker"

ela diz com satisfação. Então, com um último olhar cintilante por cima do ombro, ela se afastou com as outras dançarinas em risos cristalinos.

Zaque ficou parado por um momento longo, o peito arfante, tentando recuperar o fôlego. Kolen escolheu aquele momento para ressurgir ao lado dele com um sorriso de orelha a orelha.

 Kolen : "Pelos elementos, amigo! Se você dançar assim em batalha, não haverá inimigo que possa te parar!"

Ainda zonzo do encontro febril, Zaque deixou escapar uma risada rouca, correndo uma mão pelos cabelos desgrenhados. 

 Zaque : "Acredite, meu caro Kolen - eu só comecei a lutar!"

Parece que essa foi a jogada de Zaque, ele não sabia dançar então replicou movimentos de combate em uma certa ordem e ritmo para dançar.

A festa continuou agitada pela noite afora, o júbilo de uma nação recém-libertada enchendo cada canto das ruas de Hiddn'leand's. E enquanto bebia e ria com seus companheiros, Zaque soube que essa noite marcaria o começo de uma nova era - não apenas para ele, mas para todo o seu povo.

A escuridão do reinado de Ramsés havia terminado. A aurora de um futuro brilhante despontava no horizonte enluarado.

Então após horas de comemoração, Zaque havia se despedido dos poucos que sobraram na festa e foi em direção ao templo, seu lar e seu ponto humilde de descanso.

Na manhã seguinte, Zaque foi arrancado de seu sono profundo por um tremor que sacudiu até as fundações do antigo templo. Ele pulou da cama estreita, a mão instintivamente se fechando em torno do cabo de sua Sand-Halbard.

 

Zaque : "O que está acontecendo?"

ele resmungou, ainda desorientado pela ressaca pós-celebração.

Do lado de fora, gritos de confusão e medo começaram a se elevar pelas ruas. Zaque mal havia vestido suas calças quando Kolen, Izumaka e Nokata irromperam em seu quarto, os rostos pálidos.

 Kolen : "Zaque! Você precisa vir ver isso!" 

Kolen mal conseguia falar, arfando.

Izumaka acenou freneticamente na direção da entrada do templo. 

 

Izumaka : "É loucura lá fora, cara! Algo realmente maluco está acontecendo!"

Trocando um olhar preocupado com Nokata, Zaque pegou sua Sand-Halbard e se apressou para as ruas. O que ele viu fez seu queixo cair.

Envolvendo todo o horizonte havia uma névoa azul cintilante e brilhante, ondulando quase como se estivesse viva. E atrás dela... as silhuetas daquela paisagem familiar estavam mudando e se transformando em algo totalmente novo.

 Zaque : "Por todos os ventos..."

Zaque ofegou, esfregando os olhos para ter certeza de que não estava sonhando. 

 Zaque : "Estão vendo isso?"

Nokata assentiu lentamente, os olhos arregalados.

 Nokata : "Parece que a própria realidade está se reescrevendo diante de nossos olhos."

De fato, ao extremo horizonte, colinas ondulantes e cumes nevados começaram a brotar do chão empoeirado, florestas verdejantes lentamente tomando forma. Era uma visão surreal e mágica.

 Kolen : "Isso é... inacreditável!"

A voz de Izumaka estava cheia de assombro reverente.

 

Izumaka : "Lugares totalmente novos surgindo do nada!"

Kolen deixou escapar um assobio baixo.

 Kolen : "Caras, isso é muito louco. Mas também é tipo... incrível?"

Zaque sentiu um formigamento familiar percorrer sua espinha - a emoção nostálgica que ele costumava sentir quando era mais novo e sonhava com aventuras em terras inóspitas. A possibilidade de explorar o desconhecido, de mapear novos caminhos, fazia seu sangue ferver de antecipação.

Zaque engoliu em seco, de repente atingido por uma onda de responsabilidade. Como protetor deste povo, ele sabia que qualquer decisão sobre o que fazer em seguida recairia sobre seus ombros. Seu olhar se moveu lentamente da estranha mágica acontecendo no horizonte até os rostos de seus amigos e companheiros guerreiros.

 Zaque : "Bem..." 

Sua voz saiu mais rouca do que pretendia. Ele pigarreou, então continuou com mais confiança. 

 Zaque : "O que vocês acham? Deve ser algum tipo de... presente pelos deuses, depois de tudo pelo que passamos?"

Houve um momento de silêncio quando todos consideravam a possibilidade. Então Nokata deu um passo à frente, um brilho decidido em seus olhos.

 Izumaka : "Se for um presente, seria tolice não ao menos examiná-lo. Talvez essas novas terras tenham riquezas além de nossa compreensão aguardando."

 Nokata : "Ou perigos!" Izumaka franziu a testa. 

 Nokata : "Precisamos ter cuidado e não nos precipitar sem pensar."

Kolen balançou a cabeça com um sorriso provocante. 

 Kolen : "Desde quando o perigo nos deteve antes? Eu digo que vamos explorar um pouco!"

Enquanto o grupo debatia, Zaque sentiu uma onda de determinação renovada passar por ele. Todas essas novas possibilidades, vastas terras virgens esperando para serem descobertas... era tudo o que ele sonhara quando era um garoto curioso. Mas depois que ele aprendeu todas as histórias e lendas, assumiu que não havia mais nada novo a ser encontrado.

A pequena multidão de aldeões se aglomerou em torno do grupo de amigos, o zunzunio de vozes ansiosas enchendo o ar. Todos estavam embasbacados com o estranho fenômeno que ocorria no horizonte, dando forma a mundos totalmente novos diante de seus olhos atônitos.

??? : "O que significa tudo isso?"

Uma anciã de cabelos grisalhos se aproximou, seu rosto enrugado contraído em uma careta preocupada. 

 Anciã : "É um augúrio...bom ou mau?"

Kolen deu de ombros, parecendo perplosso.

 

 Kolen : "Ninguém sabe, vó Marus. Mas Zaque aqui acha que deveríamos investigar."

Um murmúrio de apreensão percorreu a multidão quando todos os olhares se viraram para o líder Sandwalker. Zaque engoliu em seco, de repente se sentindo muito jovem diante de tantas expectativas confusas. Seus olhos encontraram os de Nokata, Izumaka e Kolen em um pedido silencioso por apoio.

Mas quando ele viu no semblante deles a mesma avidez por aventura que queimava em seu próprio peito, uma resolução se solidificou dentro dele. Essa era uma oportunidade que ele não podia deixar escapar.

Erguendo uma mão para chamar a atenção de todos, Zaque começou a falar em uma voz clara e constante.

 Zaque : "Amigos, vizinhos... Sei que os eventos de hoje são desconcertantes, talvez até assustadores. Mas eu acredito que isso é uma dádiva - um presente dos deuses por nossa luta e vitória contra a tirania de Ramsés."

Ele fez uma pausa, seus olhos varrendo os rostos tensos a sua volta. Um pequeno sorriso curvou seus lábios quando continuou.

 Zaque : "Quando eu era apenas um garoto, sonhava com dias como este - um novo alvorecer repleto de mistérios para serem descobertos, aventuras para serem vividas. Pensei que as lendas já tinham explorado todos os segredos que este mundo tinha para oferecer. Mas agora..."

Zaque se virou para contemplar as paisagens mágicas que surgiam no horizonte, um brilho de admiração iluminando suas feições. 

 Zaque : "Agora um novo mundo inteiro está se abrindo para nós. E meu coração anseia por desvendar seus segredos."

Outro murmúrio percorreu a multidão, desta vez com um tom mais positivo, quase animado. Zaque captou o olhar de Kolen, que ergueu os polegares com um sorriso largozaque acenou de volta antes de se virar novamente para os aldeões.

 Zaque : "Mas não posso pedir que me acompanhem nesta jornada." 

Sua voz assumiu um tom solene quando seus olhos encontraram os de Nokata, Kolen e Izumaka. 

 Zaque : "Meus amigos... vocês ainda são jovens e inexperientes demais para os perigos que possam nos aguardar. Essa é uma busca que devo fazer sozinho."

 Izumaka : "O quê?"

Izumaka se adiantou protestando. 

 Izumaka : "Cara, isso não é justo! Nós sempre estivemos lá para você!"

 Nokata : "Zaque tem razão."

Nokata colocou uma mão firme no ombro do amigo, embora seus olhos brilhassem com pesar. 

 Kolen : "Essa jornada pode ser arriscada demais para nós neste momento."

O jovem guerreiro assentiu com tristeza, então se aproximou e puxou Zaque para um abraço apertado. Nokata e Izumaka se juntaram a eles, formando um círculo apertado.

 Kolen : "Fique seguro por aí, valente Sandwalker", 

Kolen sussurrou com a voz embargada. 

 

Kolen : "E quando você voltar, teremos muitas histórias malucas para trocar."

Zaque acenou, engolindo o nó em sua garganta quando se afastou do abraço coletivo. Ele caminhou em direção à areia empoeirada que levava às novas terras misteriosas, segurando sua Sand-Halberd com força.

Virando-se uma última vez para a multidão de rostos familiares, ele ergueu a mão em uma saudação solene.

 Zaque : "Eu voltarei um dia, meus amigos. Com novos mapas para nos guiar pelo incrível que nos aguarda. Até lá... protejam nosso amado lar por mim."

Um lamento comovido varreu a multidão ao ver seu herói partir. Mãos foram erguidas em gestos de despedida, gritos de incentivo e orações ecoando quando Zaque finalmente se virou e começou a caminhar em direção às brumas cintilantes.

Os novos ventos da mudança o chamavam com uma batida de asas urgente. E desta vez, Zaque não vacilou - apenas permitiu que eles o guiassem em direção ao grande desconhecido que o aguardava.

E esse é o fim do primeiro arco...

Dunas áridas chegou ao fim

No próximo capítulo... A música o guiará pela escuridão