Parte 1
Após algumas horas flutuando pelo o rio o corpo do bebê Arthur chega a um vilarejo distante no extremo sul do reino de Arquimidia, o reino vizinho de Arcádia. O reino de Arquimidia está em ruínas após anos de guerras contra outros reinos, por busca de expansão de territorial e conhecimento de magia antiga. A desordem em Arquimidia estava tão grande que a perversidade humana havia se tornado uma prática comum. Roubos, assassinatos, tráfico humano, abuso infantil a pessoa mais normal que vivia naquele reino certamente já deveria ter praticado algum crime hediondo.
Diante de tal cenário de catástrofe uma mulher jovem com cabelo longos e loiros uma pele branca como a neve e uma personalidade gentil chamada Sophia vai em direção ao rio em busca a procura de alguns peixes para leva para a casa mas algo chama a sua atenção, o choro de um bebê. Ao ver a criança ela se assusta
Sophia-"Quem seria capaz de tamanha crueldade?" disse Sophia em choque pelo que estava vendo
Sophia-"Eu não deveria mas... mas... eu não quero ver alguém inocente tendo que morrer." Dizia Sophia em seus pensamentos.
Ao caminha até o bebê ela percebe que há um nome escrito no tecido que o envolvia
Sophia-"Arthur Ercnad? Deve ser o nome dele"
De forma hesitante Sophia pega o bebê e o colocar em seu colo levando consigo para o vilarejo onde vivia.
Parte 2
Antes de retornar para a vila onde morava Sophia esconde o bebê em seu cesto onde carregaria os peixes. Ao chegar ela repara que a quantidade de moradores de rua tem aumentado muito desde de alguns meses atrás. Caminhando pelas ruas assoladas pela miséria e por governantes ambiciosos Sophia então chega a casa onde vive, uma casa de dois andares caindo aos pedaços, ao entrar em casa ela é recebida por um homem alto de aparência intimidadora, seu nome era Carl que a questiona pela demora de seu retorno.
Carl-"Onde você estava Sophia?" pergunta Carl com uma expressão de desconfiança.
Sophia-"Eu...eu.. fui até o rio buscar alguns peixes. Respondeu Sophia.
Carl-"Entendo.. enfim independente de onde você for precisa me avisa, não se esqueça do contrato que fiz com o seu pai. Tome cuidado aonde sai, venha vamos entra. Disse Carl em um tom de voz firme.
Sophia-"S..s..Sim eu s..sei. Disse Sophia com uma voz trêmula olhando para o chão.
Antes de entrarem na casa o choro de Arthur que estava dentro do cesto de peixes chamou a atenção de Carl. Ao notar a presença de uma criança no cesto ao invés de peixes Carl olha com raiva fixamente nos olhos de Sophia
Carl-" Acho que você me deve uma explicação". Disse Carl se preparando para entrar na casa.
Após essa encarada de olhar que Sophia teve com Carl ela entra na casa sem fala nada enquanto tentava acalmar o bebê.
Parte 3
Ao entrarem na casa, Carl vai em direção a sala de estar , Sophia o segue com medo esperando alguma bronca pelo o que fez.
Carl-"Sente-se" disse Carl para Sophia que o obedeceu e em seguida o mesmo sentou-se em outro sofá.
Durante quase uma hora ambos ficaram em completo silêncio, o único som que era capaz de se ouvir era o ranger das janelas precárias da casa causada por uma ventania forte indicando que uma noite de chuva se aproxima.
Carl-"Você pode explicar o por quê de ter trazido um bebê ao invés de peixes?" disse Carl olhando firmemente nos olhos de Sophia
Sophia-"Eu..eu....só achei ele perto do rio.. apenas senti que devia resgatar ele. Respondeu Sophia desviando o olhar para o chão.
Carl-"Escute, eu sei que você é uma pessoa que gosta muito de ajudar as pessoas ao redor, além do mais, esse tipo de atitude pode nos custar caro mau tenho condições de manter essa casa e te sustentar."
Carl-"E você ainda traz uma criança de cabelo branco sabe o perigo disso?"
Carl-"Não, vou me responsabilizar pelo o que acontecer com ele, você deveria ser mais racional Sophia"
Sophia escutando as duras palavras colocou sua mãos em sua própria túnica e começou a apertar de raiva e tristeza, sentimentos que ela reprimiu por anos começaram sair do controle
Sophia-"EU..SEI O QUE FIZ...PODE TER CONSEQUÊNCIAS!!"
Sophia-"EU NÃO QUERO TE SOBRECARREGA DE TRABALHO, NEM NADA PARECIDO!! APENAS QUIS AJUDAR ALGUÉM QUE NÃO TEM CULPA DE TER NASCIDO ASSIM!!
Disse Sophia chorando de raiva trazendo parte de suas angústias que estava guardada durante um bom tempo. Carl assustado com a reação de Sophia que sempre é uma pessoa submissa e gentil fica espantado.
Carl-" Ei, acalm..
Sophia-"EU NÃO VOU ME ACALMAR DESDE QUE VIM MORAR COM VOCÊ SEMPRE TEM SIDO TUDO DO SEU JEITO, NÃO POSSO OPINAR SOBRE NADA. EU JÁ ESTOU FARTA DESSA VIDA!." Diz Sophia se levantando do sofá em fúria
Carl-"Então vai embora"
Sophia-"??. Que?"
Carl-"Caso queira ir embora apenas vá, vai me poupar recursos e me dar paz."
Sophia-"Como pode estar tão tranquilo com tudo isso?!"
Carl-"Eu apenas estive refletindo sobre a nossa vida nessa casa e agora com essa situação do bebê decidir que não vou me esforçar além do necessário.
Sophia-"Eh?? Como assim?"
Carl-"Muito simples meu único compromisso com você é fornecer abrigo a você, esse foi a condição quando fiz o contrato com seu pai antes dele falecer na última invasão de demônios que houve na cidade"
Carl-"Então não posso te obrigar a ficar aqui, apenas tenho que oferecer moradia" disse de forma calma mas firme buscando recuperar o controle da conversa
Sophia-"Eu.. sei disso ainda sim é perigoso lá fora deixar um recém nascido" disse Sophia se acalmando e sentando no sofá
Carl-"Escute o bebê pode até ficar porém ele ficará sobre sua tutela entendeu?"
Sophia surpresa com o que Carl diz fica sem reação.
Sophia-"Então o bebê pode ficar?!!"
Carl-"Não vou repetir de novo apenas cuide dele, eu vou me banhar depois dormir você deveria fazer o mesmo"
Depois da aprovação de Carl para manter bebê abrigado em sua casa Sophia começa a chorar de felicidade por ter conseguido salva a vida dele.