Em um espaço de puro breu uma alma solitária vagava pela imensidão do espaço e tempo, a muito está pobre alma se esqueceu de sua origem, apenas as visões e conhecimento que adquiriu nesse espaço se manteve.
Essa alma sem saber seu mundo de origem vagou por dimensões, sem nunca renascer, contemplando as leis dos mundos, para nunca mais pisar em um único lugar, ela de tanto se acostumar com essa fluxo interminável de mundos encontrou uma forma de observar os mundos e suas características e com todo o tempo que teve desenvolveu oque ele chamou de Visão, isso permitiu que ele observasse os mundos e tudo dentro dele, ele havia teorizado que se estivesse em "terra", sua Visão não seria tão vasta quanto era agora que beirava a onisciência.
Hoje, como assim tive vontade de chamar algo diferente aconteceu vi uma outra luz nesse interminável fluxo de mundos.
O interessante foi como tudo tinha parado, as informações, os mundos e até o singelo fluxo de tempo, mal percebido durante essa infinidade de mundos.
{Bem vejamos oque temos aqui, isso é um tanto raro uma alma errante}
Por alguns instantes a alma demorou a conseguir se expressar, mas quando conseguiu
"O..ola.."
Com um pequeno lampejo, ainda sobre uma capa do breu desse espaço tão confuso, um contorno brevemente visível começou a se manifestar.
{Me diga Alma errante oque você faz aqui?}
A Alma ainda sem saber oque dizer ou como se comunicar não conseguiu formular um frase
{Acho que você ficou tempo de mais aqui, me diga oque você gostaria}
Depois de um tempo, sendo que o próprio conceito de tempo nesse espaço era algo completamente impossível de calcular a pobre alma finalmente falou "Viver..."
{Tudo bem, vou te enviar para um mundo é um lugar um pouco difícil onde o vínculo com seus parceiros é importante além da existência, mas perseverança e trabalho duro são muito valorizados, vou te dar um presente também que você não descobriram mais tarde}
Então em um estalo, tudo ficou branco, a alma se viu sendo arremessada em um planeta.
Uma sequência de imagens e pequenos fragmentos se alojou em sua mente durante essa transição.
Neste mundo havia criaturas que se vincularam a os Humanos, Elfos, Drows, Anões, Orcs e outras raças de humanóides, o interessante é que as criaturas eram chamadas de Pokémon poderiam crescer quase infinitamente em poder a depender do seu potencial mas as "Pessoas", os humanoides, só poderiam crescer caso criassem um vínculo com os chamados Pokémon.
A escala de força e crescimento era um pouco diversificada entre os Pokémon cujo cada um tinha um limite para cada potência.
A Alma errante absorveu uma quantidade significativa de informações até pairar sobre o corpo de um recém nascido, ela viu que o pobre menino não sobreviveria e quando uma alma significativamente menor saiu do corpo do menino antes de subir aos céus, um sentimento de tristeza irradiava dela uma sentimento de alguém que desejava viver.
A Alma sentiu um puxão em direção ao corpo do menino, a sala onde um jovem estava em uma exaustão tremenda, junto a uma senhora com um olhar de tristeza em direção ao menino que não teve a chance de viver, um homem segurando a mão da jovem estava com uma expressão de ansiedade, como se esperasse um milagre.
Quando estava prestes a informar o casal que seu menino não havia sobrevivido, a criança começou a chorar, a senhora olhou incrédula para a criança ela sentiu seu pequeno coração parar a alguns instantes, sua respiração congelou, não tinha sentido oque ela estava vendo.
A jovem com uma voz cansada, chamou "Sra Agatha meu filho está bem?"
"Eu achei que o tinha perdido, Elena, mas ele está bem, aparentemente " a Sra falou com uma expressão de choque, mas fez seu papel e levou o menino em direção a seus pais.
"Veja meu amor, nosso pequeno está bem, este é o dia mais feliz da minha vida bem como o dia em que nos casamos" Elena com um olhar zeloso para seu filho transmitiu seus pensamentos a seu esposo, mas ela podia sentir suas forças se perdendo, o parto durou horas e ela perdeu muito sangue tudo oque restava nela era uma força de vontade.
"Sim, meu amor, nosso filho está bem agora descanse eu cuidarei dele." O rapaz não saberia se sua esposa ficaria bem mas não podia deixar de desejar isso.
"Ícaro, eu sei que não tenho muito tempo, prometa cuidar do nosso filho ele precisará de você, o proteja mas o deixe viver, nossas vidas já foram controladas de mais pelos assuntos da realeza felizmente houve amor entre nós e desse amor surgiu nosso filho, ele carregará um fardo horrível então me prometa que você o protegerá."
Ícaro nunca havia visto essa olhar no rosto de sua esposa, um olhar determinado, oque ele não poderia a negar oque ela pedia, "Eu falei meu amor, mas me diga qual o nome que você deseja para nosos filho?"
"Como nas lendas do herói que uma vez de salvou nosso reino junto a seu parceiro, seu nome será em vossa homenagem, Zero"
Neste reino homenagear alguém, ou como Elena o fez de dar o nome em virtude de um herói antigo significava usar partes do nome de alguém, o Herói Octavius e seu parceiro Zeraora, foram àqueles citados por ela.
Elena passou mais alguns minutos dados de seu amor e carinho para seu filho junto a seu esposo, mas nas horas seguintes sua respiração começou a ser mais errática, sua resiliência era particularmente notável, ela usou até sua última gota de energia Vital para dar amor a seu esposo e filho, quando adormeceu sua respiração parou para então ela cair no sono eterno.
Em algum momento Zero acordou, e seu pai em luto por sua esposa o pegou, de seu braços e deu prosseguimento aos ritos funerários.
Seu pai um nobre, antigamente um príncipe, agora um Duque de pleno direito devido a uma série de ocorridos, tinha a difícil tarefa de cuidar de seu filho, bem como administrar suas terras e os nobres subordinados.
A realeza neste reino começou pelo posto de Cavaleiro, seguindo em sequência para Lorde, Barão, Visconde, Conde, Marquês, Duque, Príncipes e Rei, há em outro continente um Imperador mas ele parou sua expansão a algumas centenas de anos.
Ícaro era antigamente um Príncipe, mas durante a batalha pelo trono ele foi superado por sua irmã que foi nomeada herdeira, para manter a coroa sempre se atualizando e progredindo a coroação era feita a cada 50 anos, pode parecer muito mas neste mundo facilmente alguém vive, e com plena saúde 100-120 anos, pelo menos os humanos outras raças tem uma vida mais longa sendo os Elfos e Drows podendo viver 1000 anos, mas isso vem com um preço sua taxa de reprodução é muito inferior as outras raças, por exemplo os Orcs vivem tanto quanto os humanos e se reproduzem na mesma taxa, curiosamente um Meio Orc-Humano vive 200 anos.
Não é incomum discriminação das pessoas de sangue misto mas ninguém o o faz em público, pelo menos não sem enfrentar a lei. A própria nobreza tem muitos Meio Sangues como são chamados. Zero nasceu Meio Drow-Humano seu cabelo Branco como a Lua, e sua pele cinza azulada, o interessante sobre os Drow, ou elfos da noite é que eles tiveram a mesma origem, durante a formação do mundo uma grande árvore se formou de onde dela deveria se originar os seres vivos, mas a depender de onde os seres vivos nasceram dessa árvore seus talentos e afinidades naturais surgiriam, os Elfos e Drows surgiram do mesmo local mas geralmente tinham afinidades opostas, mas não era uma regra todos sabiam que neste mundo você com esforço e determinação poderia percorre um caminho diferente do que você nasceu.
O havia também raças mais altas e divergentes, essa característica era mais presente nos Humanos e Orcs onde seu tom de pele, cabelo e estatura física eram muito variadas mas o maior indicativo de suas afinidades estava sempre na cor de seu cabelo, o mesmo iria valer para as outras espécies, havia ineretemente afinidades mais sintonizadas com cada espécie, os Drows estava mais sintonizados com as Afinidades Fantasma, Veneno e Escuro, os Elfos com Psíquico, Fada e Planta, os Anões, também chamados de nascidos da terra, tinham afinidades a Terra, Pedra e Metal, cada espécie poderia se aprofundar facilmente nessas afinidades mas não era uma lei natural.
Zero tinha a mente de um recém nascido, muito quieto mas seus olhos vermelhos tinham um brilho de quem buscava com curiosidade o mundo, ele passava os dias com uma jovem senhora que o amamentava junto a uma outra criação, pelo que ele pode entender essa jovem era responsável por o alimentar mas não era sua mãe, ele lembra do brilho de sua alma subindo em direção ao vazio com extrema relutância pois ansiava com cuidar dele.
O tempo passou facilmente enquanto ele se adaptava e aprendia sobre sua nova vida e em piscar de olhos quatro anos se passaram do