-----Cidade de Sangria-------
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De pé em frente ao Slytherin, estavam um de seus auxiliares de confiança e mais 4 outros soldados sob seu comando.
Para não chamar muita atenção, ele havia deixado milhares de seus homens de volta à sua base, na Cidade de Engril. E tinha vindo para a Cidade de Sangria com apenas 150 homens.
Seus homens haviam se misturado aos camponeses, e realmente pareciam servos e fazendeiros.
Hoje, Slytherin já havia recebido a notícia de que o Príncipe fantasmagórico deixaria a Pousada Quinzy e seguiria em direção à 'Planície Assombrada' de Sangria.
A Planície Assombrada era um cemitério localizado nos arredores de Sangria, que se acreditava ser amaldiçoado.
As pessoas não iam lá durante a noite, devido às assustadoras lendas que eram contadas sobre o cemitério.
Por isso, todos os enterros eram feitos apenas durante o dia.
Aqueles que eram corajosos o suficiente para ir lá à noite, nunca voltavam para suas famílias.
Acreditava-se que os ancestrais de seus inimigos assombravam o cemitério, e estavam sedentos por sangue.
Também se acreditava que, uma vez que os ancestrais dominassem uma pessoa viva, eles sugariam todo o sangue do corpo dessa pessoa, deixando apenas um cadáver ressecado no final.
"Chefe, nós observamos aquele lugar todas as noites nos últimos 4 dias... O homem mascarado ia até lá com seus homens por algumas horas, antes de voltar para a Pousada Quinzy." Um dos subordinados de Slytherin disse.
"Ele encontrou alguém lá?"
"Chefe... Exceto pela mulher encapuzada que ele encontrou no primeiro dia, ele não encontrou mais ninguém."
"Se esse é o caso, então ele pode estar usando aquele lugar como uma maneira de enviar mensagens aos seus subordinados."
"Quantos homens ele tem com ele cada vez que vai ao cemitério?"
"Chefe, ele sempre leva 15 homens com ele para o cemitério."
Slytherin assentiu enquanto ouvia.
"Esta noite, levarei apenas 30 homens para a missão. Diga ao resto dos homens para esperarem do lado de fora dos portões de Sangria.
Assim que esta missão terminar, partiremos imediatamente." Slytherin ordenou.
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A noite estava escura, fria e um tanto nebulosa. Por toda parte, o som de rãs podia ser ouvido, coaxando. Assim como os altos grilos chiando.
'Criek!... Criek!... Criek!'
A chuva que caiu durante o dia finalmente havia parado, deixando a maioria dos caminhos lamacentos.
Slytherin e seus homens se moviam furtivamente, enquanto seguiam seus inimigos em direção ao cemitério.
Hoje, eles usavam roupas totalmente pretas, deixando apenas os olhos visíveis para todos verem.
Eles realmente pareciam assassinos.
Mesmo com o pálido luar lançado sobre eles, teria que se esforçar para distinguí-los.
Assim que o Príncipe fantasmagórico e sua comitiva passaram pelo portão do cemitério, Slytherin sinalizou para seus homens pararem.
O cemitério também estava envolto em neblina e transmitia uma sensação sinistra.
Pelo que seus subordinados haviam descoberto, havia uma base secreta, localizada no fundo do cemitério. Era escondida pelos arbustos e árvores.
Durante o dia, seus homens haviam conseguido localizar exatamente onde estava a entrada da base.
Entre os 30 subordinados que o haviam seguido, 10 foram encarregados de cercar a base inimiga. Enquanto os outros 20 o seguiriam em silêncio, para dentro da base.
Havia 2 guardas inimigos parados na porta da base.
Slytherin precisava de uma distração.
Um dos seus homens disparou 2 flechas um pouco mais longe da base inimiga.
'Thup!..Thup!'
"Você ouviu isso?" Um dos guardas perguntou.
"Sim, ouvi... ..... Vou verificar.."
O barulho vinha em direção a um túmulo que estava um pouco mais longe da entrada da base.
Uma vez que o guarda saiu, outras 2 flechas foram atiradas novamente.
'Thup!. Thup!'
O último guarda que estava na entrada, ouviu sons vindos de uma direção diferente e decidiu verificar também.
A neblina dentro do cemitério não ajudava muito, porque ele não conseguia ver nada de onde estava.
Assim que o homem saiu, Slytherin sinalizou para aqueles 10 homens que deveriam cercar a base, para lidarem com os guardas, enquanto ele seguia com o resto em direção à base.
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Rapidamente, eles entraram na base e avistaram mais 5 guardas patrulhando outro corredor.
"Chefe, o que fazemos agora?"
Slytherin mordeu os lábios e pensou por um momento.
Ele precisava que essa operação fosse feita de forma silenciosa e sem problemas.
Ele não poderia permitir que aquele desgraçado tivesse uma chance de escapar.
No início, quando Eli o incumbiu de obter informações sobre o Príncipe fantasmagórico, ele realmente não tinha nenhuma rixa pessoal com o desgraçado.
Mas pela primeira vez na vida, ele falhou em uma missão.
Quem acreditaria que ele, Slytherin Cord, o mestre da melhor organização de inteligência do império, falharia em uma missão?
Ele, uma pessoa que até mesmo o rei queria contratar, mas não podia... Em seu nível, ele poderia estar trabalhando para vários impérios se quisesse.
Na verdade, a primeira vez que Slytherin disse ao Príncipe Eli que falhou na missão durante um jantar, Eli olhou para as garrafas perto de Slytherin e concluiu que Slytherin estava bêbado.
Era muito inacreditável.
Mesmo que as pessoas ouvissem que ele falhara em uma missão, ninguém acreditaria... essa era a sua taxa de sucesso.
E nesse ponto, Slytherin se tornou mais e mais determinado a capturar esse misterioso Príncipe fantasmagórico.
Tornou-se uma obsessão para ele.
Ele até começou a chamar o Príncipe fantasmagórico de seu pequeno coelho branco.
Ele o chamava de pequeno coelho branco, porque ensopado de coelho era seu prato favorito.... E pequeno porque ele realmente sentia que ninguém poderia superá-lo.
Ele honestamente mal podia esperar para cortar a garganta do homem que lhe causou tanta dor ao longo desses meses.
Ele passava noites em claro, seguindo e rastreando os movimentos do Príncipe fantasmagórico, mas nunca conseguia realmente localizar onde estava o esconderijo do seu pequeno coelho branco.
Mas na terceira vez que assumiu a missão, mais de 80% dos homens que o seguiram na missão foram mortos de uma vez.
Nesse ponto, ele mudou o nome do Príncipe fantasmagórico de 'pequeno coelho branco' para 'desgraçado'.
F*** ensopado de coelho. Agora, ele queria comer a carne do coelho crua.
Foi então que ele desenvolveu rancor pelo desgraçado.
Desta vez, ele queria esfolar o rosto do desgraçado e colocá-lo na parede de sua casa.
De qualquer forma, agora Slytherin tinha que garantir que suas ações não alertassem os 5 guardas à frente deles.
Ele olhou para cima, para as armações de madeira no teto e seus olhos se iluminaram.
"Siga meu exemplo"
Slytherin colocou suas mãos e pernas nas paredes, como se estivesse fazendo uma abertura lateral com as pernas.
Ele parecia 'Jean-Claude Van Damme', enquanto subia pelas paredes estreitas.
O corredor em que estavam tinha paredes extremamente estreitas, pois era mais próximo da entrada.
Uma vez que todos tinham subido para as armações de madeira no teto, eles se moviam silenciosamente pelas armações, em direção a um corredor ainda maior.
Esse corredor era o que tinha 5 guardas patrulhando nele.
Enquanto se moviam, eles começaram a ouvir a conversa de todos os guardas patrulhando.
Eles descobriram que o Príncipe fantasmagórico ainda estava em uma reunião em uma sala dois corredores adiante deles.
Eles continuaram adiante e finalmente chegaram ao último corredor.
Slytherin sinalizou para seus homens avançarem.
6 homens rapidamente caíram de cima, pousando sobre os 3 guardas que protegiam uma grande porta de madeira.
Antes que os guardas inimigos pudessem reagir, os homens rapidamente colocaram as mãos na boca de seus inimigos e usaram suas lâminas para silenciá-los.
Uma vez feito isso, eles rapidamente moveram os corpos para o lado.
Enquanto arrastavam os corpos, Slytherin e o resto dos homens no teto desceram.
"Cuidado.... Esse desgraçado é traiçoeiro!!." Slytherin avisou, enquanto se posicionava em frente à grande porta de madeira com um sorriso de vitória no rosto.
'Bamm!'
A porta foi arrombada, e os homens rapidamente invadiram o local.
Mas para surpresa deles, não havia ninguém à vista.
Esqueça ninguém, não havia absolutamente nada na sala... Sem mesas, sem cadeiras... nada.
Por que essa sala estava sendo guardada se não havia ninguém lá?
Nesse ponto, todos ficaram solenes.
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"Procurando por mim?"