O deserto árido não dava sensação nenhuma de esperança,com um sol ardente que fritada qualquer ser vivo persistente suficiente, para buscar algo alem de seu abrigo, e sobre a areia branca picos negros , estruturas de um mundo antigo, que a muito tempo fora esquecido, deixava o ar mais abafado e insuportável.

Muitos habitantes dessas terras sem lei, se reúnem em cidades abarrotadas e violentas, onde recurso básicos são disputados até a morte, cidades grotescas sem nenhuma organização, e máquinas barulhentas e pessoas mais barulhentas ainda, montam uma sinfonia capaz de tranformar o inferno em uma realidade não tão distante assim, só existem três tipos de pessoas que sobrevivem a este mundo:

•tolos irracionais e violentos, capaz de fazer atrocidades por dinheiro ou prazer.

•aqueles que comandam os tolos irracionais, isso não os torna menos violentos, só mais cruéis.

•os miseráveis alvos de todos que possuem poder, embora eles sobrevivem muitos não não queriam estar realmente vivos, movidos apenas pelo medo de algo pior que a morte.

Uma silhueta aparece distante ao leste, porém o aquilo muito bem poderia ser confundido com uma miragem, pois quem suportaria andar no deserto a pé, sobreviveria a bandidos e ao clima, bem não tão vivo assim estaria, suas roupas pareciam mais farrapos retalhados, andava curvado e cambaleante, com um braço pendendo de um lado ao outro, e seus pés descalsos tinha uma cor avermelhada, como um bife cru colocado sobre uma chapa quente.

Ele se aproxima da cidade, e uma coisa chama sua atenção, um letreiro feito de forma bruta escrito "bem vindo a oil stain", ele bufa e segue adiante , anda pela ruas tumultuadas, e chega numa viela escondida, até encontrar um homem magrelo e pirracento, que tinha grande vontade de incitar medo pela seu semblante, embora seu físico não o ajudasse, ele vê o andarilho , apoia sua mão em uma adaga a mostra, e pergunta.

–Que assuntos um mendigo tem a tratar neste lugar?

O andarilho responde:

–Apenas pedir algum tipo de esmola, por caridade sabe-fazendo um sorriso sarcástico.

–Que tal por caridade eu te dar de comida ao cães? Sabe eles ficaram bem satisfeitos- ele ri tentando esconder sua raiva.

–Embora eu sinta tentando a alimentar os cães eu ficaria mais alegre se eu mesmo pudesse me alimentar- ele estender a mão e mostra um artefato quadrado do tamanho de um polegar.

–Sim vejo que não é só um mendigo, mas sim um vendedor mendigo ambulante,não gosto de você, tá me fazendo perder tempo.

O homem estava prestes a tirar sua faca, então outro homem aparece, este era mais jovial mas não mais bonito, ele dá uma olhada no andarilho dos pés a cabeça, e vê o item que ele está segurando.

–Este é um save card? O quê tem nele?

–Informacoes sobre Tim Bartem, soube da rixa entre ele e vocês, e pensei em ganhar uma graninha- dentro mostrando um sorriso amarelo.

–siga-me -diz o jovem guarda.

Ele o segue, até um galpão feito de placas de latas, muitas já enferrujadas, porem muito bem protegido, o jovem faz sinal aos outros, e entra no galpão, o andarilho vê uma mesa pequena demais para o cara corpulento atrás dela, ele levanta e mostra-se ainda maior, com porém por seu excesso de peso, suando apenas de fazer esta simples tarefa, ele vestia um terno sujo engordurado, o gordo olha com desdém, e ri com seus cinco guardas a sua volta, dizendo com sua voz rouca.

–Sean eu pedi uma linda mulher, por acaso pretende enganar nossos clientes, dando um banho e colocando uma peruca nele?-ele volta a rir, enquanto se aproxima do estranho e diz.

–Bem embora eu goste de piadas Sean, me diz por que trouxe esta falsa dama.

–Ele diz ter informações sobre Tim Bartem, ele quer negociá-las-diz Sean

O estranho segura a modo de o demontrar o save card é diz.

–Três mil sucatas e eu danço com você, mas por apenas quinhentas sucatas, você poderá ter a informação sobre Tim Bartem.

–Sobre o que e isso?-diz agora o chefe mais serio- e com caralhos você sabe sobre o aquele imbecil?

–E uma história longa e chata, apenas me pague e vou embora, ou apenas vou embora e ofereço isto a outro- dessa vez seu sorriso está ainda mais estampado do que antes.

–Tem razão- diz o chefe- eu fico com o item, mas não posso deixá-lo ir, sabe não gosto de chantagismo, não se ofenda- ele acena para o guardas para matá-lo.

Sean o agarra rapidamente pela suas costas, enquanto outros quatro se aproximam com lâminas e canos, o quinto mais ao longe retira uma espécie de rifle porudimentar e mira no estranho, enquanto isso o chefe volta a se sentar na sua mesa.

–Bem estou muito ofendido, ofendido pra cacete- diz o andarilho.

Ele se contorce rapidamente para que seu único braço escape, ele retira uma pequena pistola escondida de um único tiro e atira no joelho de Sean que ainda o segurava, Sean grita e cai segurando seu joelho, os outros se aproximam, ele abaixa rapidamente e pega um prego enferrujado no chão e coloca na traqueia no primeiro, antes da vítima cair ele pega a lâmina que segurava, e corta verticalmente a mandíbula do próximo levantandando várias gotículas de sangue, os outros exatamente, e ele arremessa a lâmina no atirador ao longe, cravando-a no crânio, o chefe cai tentando fugir , mas o estranho mata os dois restantes em um piscar de olhos, golpeando na fronte um e golpeando a garganta do outro, ele pega o cano da mão e de um e o arremessa no chefe que volta a cair, o andarilho corre para o outro lado do galpão, e pé o rifle do atirador caído, os dois guardas do lado de fora correm para dentro para entender o que estava ocorrendo por causa dos gritos incessantes de sean, os dois tombam ao mesmo tempo com tiros na cabeça.

O chefe se levanta novamente, o andarilho vê o esforço dele e atira nas duas pernas dele, ele berra de dor e tenta rastejar, então recebe mais dois tiros nos braços para não sair do lugar, ele se aproxima do chefe e diz com voz tranquila.

–Sabe devia ter aceitado o acordo, eu estava disposto a ir embora tranquilamente, e claro se me compra-se o save card, era cem sucatas mais cara que vão me pagar por sua cabeça, mas agora já foi- ele segura a arma com seu único braço e aponta pra a cabeça do chefe e fala-não se ofenda, amigo.

Uma poça de sangue se forma ele pega uma lâmina e o pega o troféu e coloca em uma sacola, pega uma garrafa de água ardente e a vira em um gole, e recheia uma bolsa com suprimentos, pega os sapatos de um dos capangas e os calça, ele chega até o Sean que ainda gritava, mas agora também chorava de medo.

–sabe Sean, eu não vejo mérito em matá-lo agora, e com mérito quero dizer lucro, vou deixa-lo vivo, e quem sabe nosso próximo encontro possa seja mais lucrativo.

O andarilho joga o save card, no chão e o quebra com o pé e diz .

–Se é para fazer senti-lo melhor, vou dizer algo, o antigo rival deste grupo Tim Bartem, também tá morto há algum tempo, embora lidar com ele teve um mérito maior- ele começa a ir embora, e Sean grita.

–EU VOU MATAR VOCÊ! SEU FILHO PUTA DESGRAÇADO! EU VOU MATAR!!!

O andarilho sorri é diz.

–Caso algum dia esteja preparado para isto, procure por mim, meu nome é Calah, não se esqueça, então ele sai do galpão.

Ele volta a encontrar o homen magrelo, ainda com sua mão apoiada na faca, antes que o magrelo diga algo o andarilho se aproxima, e empurra a cabeça do outro numa viga de metal fazendo-o morrer na hora ele pega a faca dele e vai embora.

O andarilho novamente vai embora da cidade, vestindo farrapos, uma silhueta distante no oeste, que podia facilmente ser confundido com uma miragem, pois quem suportaria sobreviver naquele deserto, cheio de bandidos, e um clima tão desfavorável a vida.