Narrador's P.O.V.
Londres, 21 de Dezembro de 2026, 07:45.
Blake estava estressado. Naquele dia em específico o beta havia acordado com um péssimo humor, e para variar seu aniversário seria no dia seguinte e isso não era algo que o deixava feliz ou sequer animado. Não daquela vez.
O beta havia se atrasado muito naquela manhã. Na verdade ele não pretendia ir ao colégio. Era sábado e eles teriam aula apenas por conta do feriado, o que ele achava o cúmulo já que para o beta ninguém em sã consciência deveria estudar em um sábado. Depois de uma conversa com Louis o garoto resolveu ir, porém já era tarde para pegar carona com seu pai e seus irmãos, então o moreno resolveu caminhar. Já estava atrasado de qualquer forma, não fazia sentido ter tanta pressa, não é? Blake estava caminhando de forma distraída, pensando em milhares de coisas aleatórias sem se importar muito com o mundo ao seu redor. Era um dia consideravelmente agradável em sua opinião.
- Hey, bonitão. Está perdido? - O menino se assustou com o carro que se aproximou de repente contudo sorriu quando percebeu que era Nicholas ali.
- Não, só perdi a carona dos Tomlinson Styles, então resolvi ir caminhando. - Deu de ombros.
- Que tal eu te dar essa carona? - Por mais que ainda estivesse receoso quanto a novas amizades, o moreno (cabelo) não podia negar que aquele alfa estava conseguindo conquistá-lo aos poucos.
- Por que não? - Riu e logo entrou no carro do mais velho. - Agora que eu percebi... Você não é meio novo pra ter um carro?
- Na verdade eu tenho dezesseis, faço dezessete em março. Acabei repetindo algumas vezes por conta de uns... Problemas... Mas esse ano eu decidi me recuperar, tanto no colégio quanto na vida. - Disse.
- Estou surpreso. Nicholas Grimshaw, o melhor aluno da turma era bad boy encrenqueiro. - O alfa riu, e Blake o acompanhou. Ele até que gostava da presença de Nick e era nítido que Nicholas sentia o mesmo.
- Ponha o cinto. - O loiro se esticou até o banco do passageiro, passando por cima do beta para poder puxar seu cinto. O mais novo ficou assustado. Não estava acostumado com toda aquela proximidade, porém notou a inocência nos gestos do alfa. Grimshaw colocou o cinto do outro, depois o seu próprio e por fim se virou para o de cabelos negros. - Vamos?
- V-Vamos... - Falou ainda um pouco envergonhado, mas deixou aquilo de lado.
Os garotos seguiram o caminho conversando, brincando e rindo. Blake achava engraçada a forma como Nicholas agia tão abertamente e se sentia confortável em sua presença, mesmo que se conhecessem há menos de uma semana. O alfa era do tipo que confiava abertamente nas pessoas, e o mais novo não sabia dizer se aquilo era bom ou ruim, apenas que era parte de quem Nick era e não podia deixar de gostar disso.
- Então amanhã é seu aniversário? - Questionou depois do próprio beta ter dito.
- Sim, infelizmente... - Suspira.
- Por que infelizmente? - O alfa estranhou aquela mudança repentina de humor, afinal, como fazer aniversário poderia ser algo triste?
- Olha... Não sei se você sabe mas meus pais não são comuns. Eles são um alfa e um ômega bem diferentes.
- Sim, já ouvi algo sobre os grandes Harry Styles e Louis Tomlinson serem o alfa e o ômega mais fortes do mundo. - Blake riu com aquilo porque era verdade.
- Pois é, isso porque eles tem um gene A.B.O. diferente. Graças à isso eu e meus irmãos somos muito, muito diferentes dos outros. - Falou.
- Isso é nítido, vocês são bizarramente lindos e atraentes. - Brincou, mas no fundo Nick estava dizendo a verdade.
- Não é só na beleza, seu idiota! Mas devo adimitir que somos lindos mesmo. - Se gaba jogando seus longos cabelos negros. - Mas não é por isso que somos diferentes. Nós temos uma variação do gene que se chama "lupus", e é o mesmo gene que nossos pais tem só que na fase final.
- Hey, hey, hey, espera só um pouco... Vocês são lupus? Tipo... Todos vocês são lupus?! Você é um beta lupus? - O alfa estava atônito com aquela descoberta.
- Sim...
- Blake, você sabe o que são os lupus? Meu Deus, isso é praticamente uma lenda. Nunca em toda história houveram casos de alfas, betas ou ômegas lupus!
- E como você sabe disso? - O mais novo arqueou uma sobrancelha.
- Digamos que eu sou meio obcecado por essas coisas quase mitológicas, lendárias, fantasiosas... Eu me amarro! Mas, por favor, termina de falar! Como é ser um lupus? - O garoto estava tão animado que o beta até achou engraçado.
- Bom, nós cinco somos mais fortes que os outros, mais resistentes, temos os sentidos mais apurado, porém eu e meus irmãos vamos além. Nossos corpos são bem resistentes, nossa inteligência é "superior", temos audição elevada, alfato e visão também, mesmo que pra mim não faça tanta diferença, até porque sou beta. Mas com tudo isso veio algo ruim também.
- E o que é?
- Nosso metabolismo é mais acelerado, então...
- Então?
- Eu e meus irmãos envelhecemos duas vezes mais rápido que qualquer ser humano. - Diz.
- Isso quer dizer...
- Eu não nasci em dezembro, nasci em junho. - Como haviam parado em um sinal, o loiro aproveitou para olhar para o belo beta ao seu lado.
- Então como amanhã seria seu aniversário? - O menino não estava mais entendendo nada.
- Nick, eu completo o equivalente a um ano em apenas seis meses. - Fala.
- Nossa, isso é... Estranho...
- E triste. Por isso não gosto dos meus aniversários, não faz diferença. - Dá de ombros.
- Isso quer dizer que você tem sete anos?
- Não, tenho quatorze, faço quinze amanhã.
- Mas completou quatorze em sete anos?
- Isso aí.
- Minha nossa...
- É nessa hora que você para de falar comigo porque sou esquisito?
- Quê? Claro que não! - Gargalha. - Blake, eu não me importo com nada disso, você sabe. Eu gostei de você e pronto! Nada vai mudar isso! E também, você não é esquisito. Você é talentoso, muito inteligente e lindo também. Você só é... Diferente... E isso é o que te torna tão especial e... Atraente...
- Eu... An... Obrigado... Eu acho. Isso até rimou. - O mais novo cora por conta das palavras do alfa, mas sorri.
Por fim os garotos chegam ao colégio. Nicholas estaciona o carro e logo ambos descem do veículo, indo para o grande prédio, e seguem juntos até a sala de aula.
~*~
Blake's P.O.V.
- Posso saber o motivo de você estar sorrindo assim? - Archie pergunta se aproximando de repente.
- O que quer dizer?
- Blake, eu te conheço há quatorze anos... Sete... Tanto faz! Eu sei quando você está diferente. E também, hoje de manhã só faltava você jogar suas agulhas em mim. - Riu, se sentando ao meu lado. - Eu vi que você chegou junto com aquele alfa, o Rick...
- Nick. - O corrijo. - Eu encontrei ele no caminho e ele me ofereceu uma carona pra cá.
- Então você está sorrindo assim por causa dele? - Pergunta em um tom bem sugestivo.
- Arnold, sai daqui. - Mando.
- Archie!
- Só me deixa em paz. - Ralho, mas o alfa apenas sorri.
- É bom ver que você gostou dele.
- Cala a boca!
- Adimita que você gosta do alfa e eu calo a boca.
- Eu não gosto dele! - Meu rosto esquenta.
- Você está ficando vermelho.
- Não estou não.
- Sim, está vermelho igual um tomate.
- Archie, para, por favor... - Peço. A essa altura eu já estou morrendo de vergonha.
- Owena, vem cá!
- O que foi? - Ela pergunta.
- Blake gosta daquele alfa. - Fala e eu reviro os olhos.
- O Raphael?
- O nome dele é Nicholas! - Corrijo.
- Não importa, é tudo igual! Mas, me conta... Quando isso aconteceu? Vocês já... Sabe... - Owena começa a fazer sons de beijo.
- O quê?! Claro que não!
- Mas e o ômega bonitinho? Você falou tanto dele.
- O Theo?
- Sim, esse mesmo. - Fala.
- Quem é esse, Owe?
- O namorado ômega do Blake. - O quê?!
- Irmão, dois? Sério? - Ri.
E por fim o sinal que indica o intervalo toca. Me levanto e saio da sala com pressa, ignorando completamente meus irmãos idiotas. Ando com certa pressa, mas sem querer acabo esbarrando em alguém por não prestar atenção por onde ando.
- Meu Deus, me desculpe, eu estava meio distraído... - Digo me abaixando para pegar os livros.
- Tudo bem, eu também não estava prestando muita atenção... - Essa voz... - Blake?
- Theo! - Sorrio quando vejo que realmente é o ômega. - Você está bem?
- Sim, estou, graças a você. - Ele diz e abraça seus livros assim que os entrego. - Estava indo a algum lugar?
- Não, eu só estava fugindo dos meus irmãos... - Só de lembrar da conversa de agora a pouco com aqueles dois meu rosto esquenta.
- Você quer... Sabe... Passar o intervalo comigo? - Ele parece tão envergonhado. É tão fofo que não consigo resistir.
- É claro! Vem... - Estendo minha mão e Theo a segura, e só agora eu percebo que ele é menor do que eu.
Vamos juntos até o pátio do colégio onde tem uma enorme árvore. Meus pai e meus tios me contaram muitas histórias desse lugar. Sempre disseram que passavam todos os intervalos aqui, e cada um deles tem histórias que não acabam mais. Sigo com Theo e, depois que o ômega forra uma toalha que ele tira de sua mochila no chão, nós nos sentamos debaixo da árvore. Devo admitir que é bem aconchegante até, mesmo que tenha neve para todos os lados.
- Theo, eu nunca perguntei: de qual ano você é? - Indago.
- Segundo. E você é do primeiro, né?
- Sim! - Sorrio, e ele sorri também.
Lindo como sempre!
- Você está com fome? - Pergunta.
- Na verdade, um pouco. Saí com tanta pressa da sala que acabei esquecendo meu lanche, mas tô de boas. - Dou de ombros.
- Bom, hoje é seu dia de sorte. - Ele tira de sua mochila dois potinhos e me entrega um gentilmente. Fico meio sem entender nada, mas ele continua. - Hoje eu trouxe dois sanduíches, mas nunca como mais que um... Então você pode comer esse... Se quiser...
- Nossa... Obrigado!
- Er... Na verdade... Na verdade eu trouxe ele pra você. - Fala olhando para o pequeno potinho de tampa roxa em sua mão, enquanto eu não consigo parar de encará-lo.
- Pra... Mim? - Não sei porque mas começo a sorrir feito besta.
- Sim! É pra agradecer pelo que você fez por mim, e pra... Sabe... Ter uma desculpa pra te ver de novo. - Ele dá de ombros e eu começo a rir.
- Não era mais fácil simplesmente vir até mim? - Indago.
- Eu sinto vergonha. - Dá de ombros. Ele fala tão baixinho que se eu não estivesse tão perto não conseguiria ouvir.
Decido não falar mais nada e começo a comer em silêncio, apenas observando o ômega. Theo está usando uma calça de moletom cinza com um casaco grosso branco e tênis branco. É engraçado porque enquanto ele está totalmente com roupas claras, eu estou totalmente de preto. Até nisso somos opostos, diferentes um do outro, e talvez seja por isso que eu acho ele tão interessante.
- Então... O que você curte? - Decido puxar assunto e ele me olha pela primeira vez.
- Como assim? - O menino parece confuso com minha pergunta. Tão fofo!
- Ah, não sei. Você gosta de fazer algo? Tem hobbies? Algo do tipo?
- Eu... Bem, eu gosto de escrever e de cantar. - Diz simples.
- Jura? Eu também amo cantar! - Quando digo isso vejos um certo brilho em seus olhos.
- Você canta?! - Sorri.
- Sim, por causa dos meus pais. Eles também amam cantar e tem vozes lindas, então eu e meus irmãos acabamos criando certo gosto pela música também. - Falo me lembrando de quando nossos pais cantavam pra gente quando éramos pequenos.
- Pode cantar pra mim? - Pede. Theo parece uma criança feliz e não sei porque mas não consigo sequer pensar em negar seu pedido.
- Claro! - Ele sorri ainda mais, mas espirra por conta do frio. O menino treme um pouco e tenta se aquecer só que realmente está muito frio aqui fora, mesmo que eu não sinta tanto. - Você está com frio. Não acha melhor sairmos daqui?
- Não, eu gosto de me sentar aqui, principalmente no inverno. Está tudo bem! - Dá de ombros, mas espirra de novo.
- Já vi que você é bem teimoso. - Rio. - Vem cá, eu vou te aquecer.
Chego mais perto do garoto, me sentando atrás dele, e então o envolvo com meus braços e pernas igual um coala. Theo ri da minha atitude mas se encolhe e se ajeita no meu colo, deitando sua cabeça em meu ombro calmamente. Agora que ele está tão perto eu consigo sentir seu perfume, mesmo que bem fraco, mas é tão doce e gostoso. Fico me perguntando se é isso que os alfas costumam sentir nos ômega, esse cheiro tão bom.
Ficamos assim por um bom tempo. Theo me faz cantar um monte de músicas porque segundo ele minha voz é "angelical e assustadoramente linda". Isso me faz rir diversas vezes mas confesso que eu gosto disso, dessa sensação boa que eu tenho quando estou com ele. Ficamos tanto tempo aqui que só nos damos conta quando o sinal que indica o fim do intervalo toca.
- Acho que temos que ir. - Ele diz já se levantando.
- Temos mesmo? Eu prefiro ficar aqui. - Bufo e ele ri.
- Temos aula, Blake. Precisamos ir!
- Tudo bem, seu chato... - Me levanto e ajudo o ômega a arrumar suas coisas.
- Blake?
- Hey, Nick. - Sorrio quando vejo que é o alfa. - Nick, esse é o Theo. Theo, esse é o Nick.
- É um prazer... - O ômega estende sua mão porém Nicholas não retribui. Ele olha para Theo com uma cara estranha e depois olha pra mim.
- O que você está fazendo aqui com ele? - Pergunta sério.
- O que quer dizer? Ele é meu amigo tambémbe eu quis passar um tempo com ele. - Dou de ombros.
- Passar um tempo? Vocês dois passaram o intervalo inteiros agarrados, Blake! - Ralha.
- E por acaso isso deveria ser um problema?
- Sim! É claro que deveria! - Mas que..?
- Olha só, eu não sei o que tá rolando com você, mas eu não te devo explicações, entendeu? Eu posso ficar "agarrado" com quem eu quiser e você não tem nada a ver com isso! - Nicholas me irritou tanto que eu tenho que me segurar pra não gritar.
- Blake...
- Está tudo bem, Theo. Você pode ir pra aula, ok? - Dou um beijo em sua testa e ele sorri pequeno, mesmo estando visivelmente assustado com essa situação toda que o alfa criou.
- Até mais... - Murmura e se afasta, me deixando sozinho com Grimshaw.
- Você está ficando com ele? - Indaga.
- Olha, sinceramente... - Apenas reviro os olhos e começo a me afastar.
- Blake, espera! - Eu só ignoro. - Hey, me espera! - O loiro corre e passa a minha frente. Tento desviar mas ele continua barrando minha passagem. - Olha, me desculpa por agir que nem um idiota...
- Um grande babaca! - Ralho.
- Eu sei, é que... Você está ficando com ele? - De novo isso?
- Pra que você quer saber?
- Não é óbvio?
- Não. Diz aí!
- Blake, eu gostei de você. Muito mais do que deveria, até! Você é tão lindo, tão interessante, tão atraente e forte. - Nick se aproxima conforme vai falando e me obriga a recuar até eu ficar prensado entre ele e a parede. - Eu quero você, Blake, mas se você estiver ficando com outra pessoa eu não vou poder ter, e só de pensar nisso eu fiquei irritado. Me desculpe...
- O que faz você achar que eu sou um objeto pra você poder "me ter"? - Arqueio uma sobrancelha e o alfa me olha meio atônito.
- Não foi isso que eu quis dizer. - Se aproxima mais.
- Mas foi o que pareceu. - Ainda mais...
- Me desculpe, Blake.
Nicholas tira uma mecha caiu por meus olhos, a colocando atrás da minha orelha. O alfa acaricia meu rosto tão gentilmente que me sinto tentado a fechar os olhos pra sentir seu toque, porém não ouso desviar meu olhar do seu. Ele se aproxima mais, mais, cada vez mais perto, tanto que consigo sentir sua respiração. Tudo o que consigo fazer é fechar meu olhos e esperar até...
- Blake Tomlinson Styles, você não deveria estar na sala de aula? - Puta merda.
Puta que pariu!
Afasto o alfa de mim e quando olho me deparo com ninguém menos que Harry Edward Tomlinson Styles me olhando com seu olhar assassino. Meu pai olha pra mim furioso e depois pro Nick. Seu olhar pro loiro é tão medonho que posso jurar que ouvi ele (Nick) soltar um gritinho. O alfa mais velho arquea sua sobrancelha, olha Nicholas de cima a baixo e depois me olha novamente.
- Vá para sua sala imediatamente. - Diz em um tom sério.
- Sim, senhor! - O loiro me olha e sorri pequeno, logo a se afastando com pressa e sumindo pelos corredores.
- Devo perguntar quem é ele, Blake?
- Ele é... An... Meu amigo. Isso, meu amigo! - Começo a ficar nervoso.
Claro que eu iria ficar nervoso. Isso nunca aconteceu antes e com certeza ele vai contar pro papai sobre o Nick. Um ômega consegue ser mais assustador que um alfa quando quer!
- Amigo?
- Sim, amigo. - Sorrio amarelo.
- E posso saber por que seu "amigo" estava quase te beijando no meio do corredor, mocinho? - Ele cruza os braços. A cada instante isso fica pior.
- Pai, o senhor não vai acreditar... - Vou até ele e com toda gota de coragem que ainda resta em mim passo um braço por seu ombro. - E se eu te disser que eu também não sei?
- Garoto, acho bom você parar! - Ordena e eu me afasto.
- Tudo bem, desculpe... - Acabo rindo e ele bufa, mas logo em seguida relaxa.
- Olha, Blaac... Eu não me importo, ok? Mas não quero que você fique pelos corredores beijando seu... Amigo... Quando deveria estar na sala de aula estudando! - Murmura.
- Tudo bem, papai... - Respondo. Ao menos ele não vai me matar.
- Posso ao menos saber o nome dele? Preciso fazer umas pesquisas, sabe...
- Pai!
- O que é? Tenho que saber quem é o parceiro do meu filho, não? - Ri.
- PAPAI! - É definitivo, eu estou morto agora, mas de vergonha! - O nome dele é Nick. Nicholas Grimshaw.
- Espera, o quê? - Papai arregala os olhos. - Qual é o nome dele, Blake?
- Nicholas Grimshaw... Por quê?
- Você tem certeza?
- Claro, pai! Está tudo bem? - Ok, agora eu estou preocupado.
- Sim, amor... Está sim... Só... Vai pra aula, ok? - Papai parece atordoado, mas decido não questionar.
- Tudo bem. - Digo simples e vou para a minha sala.
Por que será que ele ficou assim quando ouviu o nome do Nick?