Chereads / Alypse: 人類の失敗 (Jinrui no Shippai) / Chapter 7 - Capítulo 6: Benção.

Chapter 7 - Capítulo 6: Benção.

Um grupo de Sepultadores esperava em uma sala, era um grande saguão, com paredes brancas e pilares escuros e negros. Na sala tinha alguns quadros valiosos, em uma fileira na parede, cada quadro representando de como a Terra se tornou a Inferterra, assimilada com o Submundo. Tinha algumas estantes de livros em uma área da sala, mas não para por aí, também tinha uma área de controle, com um painel de comandos, um visor de holograma, e um robô humanoide, com uma carapaça branca, e uma cabeça totalmente preta reluzente. No centro da sala, um tapete enorme com o símbolo dos Sepultadores, uma meia lua, com 3 círculos pretos a sua frente. Um grande e enorme sofá de couro também ficava no centro daquela sala, e sentados nele, estavam o grupo, todos com os trajes parecidos e característicos da organização, mas cada Sepultador com suas peculiaridades, os Sepultadores presentes são:

Blackwire Dante; um homem calmo, sentado no meio do sofá, com seus braços folgados nos braços do sofá. Seu cabelo é despojado e mediano, com fios loiros reluzentes, da cor de um belo mel doce. Seus olhos, azuis-do-mar, é refrescante olhar pro seu belo olhar. Sua pele, doce, completando a clareza de seu cabelo, refletindo sua calma interior. Ele tem um rosto jovial, com uma mandíbula definida, mas tem um equilíbrio entre um rosto masculino e feminino, um homem de uma beleza interessante. Em seu pescoço, tinha uma tatuagem parecida com do Tec, no mesmo estilo de rabisco, mas o dele era um grande sol. Seu traje de Sepultador, é parecido com o de Sairu Techno, mas diferente. Ele usa um agasalho de lã preto, cobrindo até seu pescoço, o símbolo dos Sepultadores no peito de seu agasalho, em vermelho. Ele usava uma mochila grande e preta, parecia ser algo importante pra ele. Na sua cintura, havia um cinturão preto com algumas bolsas, acompanhado com duas facas com as pontas vermelhas. Uma calça preta que completava seu traje, com botas pretas só aumentando sua imponência. — Cês tão curiosos pra saber o tal do novo recruta que o Sairu trouxe?

— Certamente. Minha curiosidade foi exigida quando Sairu deu a notícia. — Nakquin Quoroata. Outro membro dos Sepultadores, um homem com uma postura elegante e nobre, uma formalidade exagerada. Ele tinha um cabelo castanho formal e clássico, dividido ao meio, com os dois lados penteados para lados opostos e texturizados. Seus olhos eram castanhos escuros como madeira, redondos, mas puxados para cima, lembrando um lobo. Ele era branco amarelado, mas sua pele parecia ser macia, provavelmente ele tinha um auto cuidado com seu corpo. Ele também tinha uma tatuagem grande em seu pescoço, no mesmo estilo de Tec e Blackwire, parecia ser algo necessário para os Sepultadores, a sua tatuagem era duas mãos entrelaçadas, como se tivessem o enforcando. Seu traje de Sepultador é algo interessante, ele usa um terno preto estilizado, com uma camisa preta por baixo, e claro, uma gravata preta, com o símbolo vermelho dos Sepultadores no meio dela. Ele também usa luvas pretas graciosas, extremamente bem cuidadas e limpas, são quase reluzentes. Ele também usa uma calça preta formal, e ao contrário de botas, ele parece preferir usar sapatos pretos elegantes no lugar, visando o elegante. Nakquin, estava sentado na ponta do sofá, em uma postura pensativa, olhando para o chão, mas logo se aborreceu vendo que seu companheiro de equipe estava dormindo como sempre. — Ulyen! Quanta indecência e falta de educação! Acorde rapaz! — ele gritou pro companheiro de equipe que estava sentado ao seu lado.

— Hm? — ele respondeu de forma cansada. Ulyen Ujiyama; um homem cansado e preguiçoso, completamente folgado no sofá. Seu cabelo é completamente liso e branco, um pouco bagunçado, com uma pequena franja mais arrepiada, despojada e levantada. Seus olhos, eram puxados, ele provavelmente tinha descendências orientais, com as íris escuras, quase negras. Sua pele é clara, mas meiga. Sua tatuagem em seu pescoço, são várias correntes densas enrolando todo seu pescoço. Seu traje de Sepultador, é o mais compactado para uma batalha, quase como um ninja, um agasalho preto ajustável, com algumas placas de metal preto em pontos vitais, como peitoral, costelas e ombros, o símbolo dos Sepultadores na sua placa do peitoral. Ele tem um cinturão em sua cintura, mas porta apenas sua Katana, que em seu cabo, tem várias linhas vermelhas contrastando com o preto. A lâmina da Katana, de alguma forma, é incrivelmente limpa e bem cuidada, mesmo Ulyen sendo um aparente preguiçoso. Ele tem uma calça preta um pouco mais despojada e bem folgada pro seu tamanho, mas ele parece não se importar. Em seus pés, um par de botas preto. Ele também usa brincos com pingentes com duas frases japonesas, "Shi" e "Seimei".

— Ae Nakquin! Será que dá pra parar de ser chato e relaxar pô? — o homem sentado na outra ponta gritou, com uma postura rebelde e radical, com um sorriso grande, mostrando seus caninos. Silles Machine; um homem com dreads chamativos. Seus olhos são verdes, lembram o verde das florestas. Ele é um homem negro, exalando o swing da melanina. A tatuagem em seu pescoço, é um cubo mágico fragmentado, e sem cores obviamente, como se o cubo estivesse se abrindo, com uma massa negra tentando remontar o cubo. Seu traje de Sepultador, é uma mistura de radicalidade com agressividade. Uma regata preta, com uma corrente de prata em seu pescoço. Ele também tem um cinturão de utilidades em sua cintura, com uma calça preta mais agressiva e com alguns rasgos. E botas com espinhos na sola. Ele segura um cubo mágico sem cores, mas parece ter algo de especial naquele cubo, com o símbolo dos Sepultadores no centro do cubo.

— Olha, eu não tô com paciência hoje, se vocês continuarem com a graça de vocês, o Maddy vai cuidar de vocês. — a garota sentada ao lado de Nakquin exclamou, ela parece ser a mais nova do grupo, e também uma barreira de intrigas no grupo, segurando fortemente seu ursinho de pelúcia, com a pelugem rosa e pontiaguda. Yassa Aishimoto; O cabelo preto e liso da garota, ia da cabeça a cintura. Seus olhos eram algo estranho, como se as cores fossem invertidas, a esclera preta, e a íris e pupila branca. Sua pele era extremamente pálida e sem vida, sem cor alguma, parecendo ser a visão da própria morte. A tatuagem em seu pescoço, é um coração rachado e fragmentando em vários pedaços. Seu traje como Sepultadora, segue a mesma linha de cores pretas. É uma traje mais flexível, parecendo ser feita de um material mais resistente, mas ela usa um casaco rosa por cima, com uma pelugem branca na área do pescoço do casaco. Ela usa uma calça preta bem fina e apertada, com uma bota preta pra finalizar, mas sua bota é algo bem mais delicado e feminino.

— Não seja por isso, Yassa. — a mulher deitada no braço do sofá disse, com uma voz ameaçadora. Em um instante, linhas finas e quase invisíveis se enrolaram pelo pescoço de Nakquin e Silles. — Acho melhor vocês passarem uma boa impressão pro novato. — ela é a Aly Badstrong; uma mulher com os cabelos cinzas, fazendo ondas como o mar. Seus olhos, são vermelhos como sangue, irradiando uma aura aterrorizante e ao mesmo tempo bela. Sua pele era rosada, dando um pouco de sensibilidade para aquela mulher intimidadora. A tatuagem em seu pescoço, é um olho com lágrimas negras escorrendo de seu semblante. Seu traje como Sepultadora é algo mais intrigante, um vestido negro, com mangas pretas cobrindo seus braços e pernas, com um sapato preto pra completar, o símbolo dos Sepultadores na ponta do seu sapato direito. Linhas saem pela manga de seu braço, com certa aura negra e intimidante.

— Grwaaa! — um homem baixo arrotou, com todos espaços do sofá ocupados, ele sentava no chão, se encostando no sofá pelas costas. — Foi mal galera, a lasanha tá fazendo efeito. — Luiv Efynothos; seu cabelo é um azul quase cinza, bem gélido, meio bagunçado e ondulado, batendo no seu pescoço. Seus olhos eram simples e comuns, tinha até uma certa inocência naquele olhar castanho. Sua pele é amarelada, mas ele tem uma enorme cicatriz branca que vai da ponta do seu olho até seu cabelo. Sua tatuagem em seu pescoço é uma bela flor de lírio branco. Seu traje como Sepultador começa por um sobretudo branco, que o enrola dos ombros até seu peito. O resto do traje é um traje de combate preciso e preto, totalmente ajustável com cordas negras ajustáveis pelo torso. Uma calça preta flexível e perfeita para um movimento ágil, e, claro, botas pretas, mas suas botas tinham o diferencial de ter um cadarço branco. Ao seu lado, encostado em seu corpo, uma enorme espada de 2 metros, uma lâmina densa, com três buracos em círculo no meio da lâmina enorme, no cabo quadrado, preto e denso da espada, o símbolo dos Sepultadores.

— Fwuuuu! — o som da porta metálica e branca se abrindo.

Sairu Techno, com o símbolo dos Sepultadores nas costas da sua capa, agora trazia o novo recruta para a sua divisão de Sepultadores. — Aí seus otários. — Tec falou com um tom debochado, segurando seu enorme machado a todo momento. — Vós apresento: Danme Arkanji! — ele fez uma pausa dramática, me apresentando como se fosse uma revelação teatral, uma nova figura nesse show.

Todos os Sepultadores no sofá, me observaram de cima a baixo. Eu tava com meu traje de Sepultador, começando por um gorro preto em minha cabeça, deixando o resto do meu cabelo exposto, batendo em minha testa. Eu também estou usando um casaco preto, uma calça preta um pouco folgada, e botas pretas, parece que o preto, significa algo simbólico nessa organização que agora faço parte. Em minhas mãos, tenho duas luvas revestidas de nano-máquinas negras: em minha mão esquerda, Drow, que foi modificado, e agora cobre metade do meu braço, revestido pelas nano-máquinas, é uma mistura de prata com uma massa negra, com o preto sendo dominante por cima de Drow. Em minha mão direita, a luva dourada que Luthan me presenteou, também modificada, revestida por nano-máquinas. O que as duas luvas tem em comum, é que no centro, há um círculo oval, com uma luz branca, que tem a silhueta do símbolo dos Sepultadores nela.

— É isto? — Nakquin exclamou, parece frustrado. — Ansiava pela chegada de um combatente de renome, digno de meu confronto, e eis que me aparece... um mero infante que talvez ainda se embale em fraldas!

Eu fiquei um pouco retraído, não queria ser uma decepção, mas mal cheguei e já causei frustração.

— Pega leve Nakquin. — Yassa falou docemente.

— Como ousa pedir que eu pegue leve? Este garoto sequer merece minha atenção. Se soubesse que enfrentaria tamanha afronta, sequer teria me dado ao trabalho de estar aqui. — Nakquin se apoiou com a mão, decepcionado.

— Cala a boca Nakquin. — Tec ordenou. — Esse garoto aqui, ele tem um enorme potencial, e podem ter certeza, que eu não erro nas minhas análises. — Sairu deu um sorriso arrogante, fiquei surpreso por ele ter me defendido.

— Sairu está certo. — mais uma vez, calmamente, Blackwire falou. — Em meus 15 anos trabalhando ao lado de Sairu, poucas vezes ele errou em suas análises. — ele se levantou, e veio em minha direção, apertando minha mão. — Seja bem vindo, Danme. Será um prazer lutar ao seu lado.

Eu apertei a mão dele com felicidade genuína, fiquei grato por ele ter me recebido tão bem, apesar de eu não deixar transparecer muito em minha feição. — Obrigado. Não vou decepcionar.

— Fala aí pivete. — disse Silles, enquanto acendia um cigarro em sua boca. — Qual é a sua benção?

— Ah, é mesmo. Estou curioso pra saber também. — Blackwire me olhou, esperando uma resposta.

Porém, eu não sabia o que isso significava, até ontem eu era apenas um criminoso de merda que usava drogas. — Éeeee...

— Não sabe qual é a sua benção? — Yassa me perguntou.

— Não explicou pra ele Tec? — Blackwire olhou para Tec com um olhar curioso.

— Foi mal Dantezinho. Acabei esquecendo. — Tec fez uma postura irreverente, com uma careta boba e infantil.

Blackwire então pegou na minha mão direita, com delicadeza e calmaria. — Este é o Objeto Abençoado dele? Sinto a Singularidade se manifestar através dela.

— Pela a análise do Call, é isso mesmo. — Tec afirmou.

Blackwire então olhou bem em meus olhos, pegando no meu ombro. — Garoto, o que você tem em sua mão, é um Objeto Abençoado. — ele seguiu. — Objetos Abençoados são deixados pelos mortos. Acontece que isso é um fenômeno espíritual, onde uma pessoa antes de partir desse mundo, consegue acumular toda sua vontade em um único objeto. A vontade desse objeto, terá o primeiro portador que toca-la, e assim, você se torna um Abençoado. — fiquei fascinado, então Luthan, antes de morrer, ainda deixou comigo uma oportunidade para começar de novo, mesmo que eu tenha certa culpa pela sua morte... — Quem deu a você, essa luva?

Eu olhei pro chão assim que ele me perguntou isso, minha expressão se contraindo de tristeza e raiva. — Meu... — estava tentando assimilar as palavras. — Luthan Sorev. Era o homem que cuidou de mim desde muito novo...

Blackwire colocou o dedo em meu queixo, levantando a minha cabeça. — Garoto, não se preocupa, cê tá com as únicas pessoas que podem te entender. Todos nós aqui, perdemos pessoas importantes. — ele botou sua outra mão em seu peito esquerdo de uma vez. — Eu... Perdi meu irmão.

— Todos nós perdemos alguém importante nas nossas vidas garoto. Nessa cê não tá sozinho. Pode crer. — Tec falou em um tom mais sério, o que segundos atrás estava todo alegre e debochado.

Eu agora estava começando a entender, me sinto um pouco mais seguro sabendo que essas pessoas entendem o que eu sinto. Mas ainda preciso me redimir, preciso achar o Alvo e o Mercil. Afinal... Não devo ter pena por quem faz o mal.

— Acho que o pivete aí! Devia passar por um treinamento né não? — Silles comentou, enquanto acendia um cigarro em sua boca.

— É verdade. Precisamos descobrir qual é a sua benção. — disse o Blackwire.

— Belezaaaa! Pivete, me segue. — Tec me chamou.

Antes de ir, acenei para o grupo. — Éee... Até mais. — então eu saí da sala junto com Tec.

Tec me levou pra uma... Área de tatuagem?

— Eae, Tatooh! Só na boa? Pode me fazer um favor meu bom? — Tec gritou, se direcionando pra um tatuador que estava em serviço tatuando as costas de uma pessoa.

A base dos Sepultadores... Eu pensei que seria algo militarizado, mas, uma área de tatuagem dentro da base? Qual o sentido nisso? A área de tatuagem não é muito grande, é apenas uma sala pequena com vários grafites nas paredes, pintando a parede com cor gelada e sem graça. No centro, o tal do Tatooh, como um cirurgião, tatuando metricamente as costas do homem que estava na maca. Sua aparência é bem peculiar: um homem magro, com várias tatuagens de grafites pelo seu corpo, exceto pelo o rosto. Ele tem um cabelo castanho bem grande, com dois coques bem grande nas laterais do seu cabelo. Ele não usa uma camisa, apenas um avental que tá bem sujo com tinta preta. Ele também usa uma calça verde musgo, que também tá com manchas de tinta preta pela calça. E o engraçado é, ele tá descalço.

— Não me atrapalha Sairu. Tô trabalhando agora. — Tatooh respondeu.

— Calma lá meu parceiro. — Tec respondeu de um jeito sarcástico, abanando as mãos. — Cê vai ter que ignorar uns trocados agora, porque tem algo mais importante agora.

— O que é mais importante que dinheiro e arte? — Tatooh respondeu.

— Tem esse novato aqui, Danvi Arcano. — ele deu um tapinha nas minhas costas.

— É Danme Arkanji. — eu corrigi.

— É, é, isso aí. Cê precisa fazer aquela paradinha lá. — Tec falou com o Tatooh.

— Que paradinha? — perguntei.

Tec colocou a mão no pescoço. — O que seria? Não notou que todo Sepultador tem uma tatuagem no pescoço?

— O QUE?! — eu gritei de choque. — NEM FUDENDO QUE EU VOU FAZER UMA TATUAGEM!!

— Relaxaaaaaa. — Tec falou com a voz fininha e folgada. — Nem vai doer garoto. — ele colocou a mão no meu ombro, mas dessa vez me olhou com uma cara estranha. — E advinha? É obrigatório. — Tec me deu uma pancada na nuca, me desmaiando na hora. — Pronto. Agora faz logo esse troço com esse moleque.

Tatooh bufou de cansaço e revolta, então ele tocou o dedo na cabeça do homem deitado na maca, e então, o homem se desfez em tinta, e foi direto para a cápsula da sua pneumática, a máquina que ele usa para tatuar, parecia manifestar uma energia negra.

— Pera aí... Esse cara nem era de verdade! Cê é um puta de um preguiçoso hein? — Tec resmungou.

Tatooh colocou um óculos escuros na cara. — Coloca ele na maca. — ele falou, sua voz carregada de seriedade neste momento.

Tec me pegou pelos braços, logo em seguida, me jogou em cima da maca. Meu corpo completamente inerte, meus pensamentos completamente em descanso. Tatooh pegou um pouco da tinta preta de sua máquina pelos dedos, e passou uma camada fina na minha garganta. A máquina de tatuagem começou a brilhar uma luz intensa, a agulha perfurando profundamente minha garganta pela a camada de tinta, mas era como se estivesse atravessando apenas a tinta, e não minha garganta em si. Enquanto Tatooh analisava minha benção, suas veias em seu corpo se dilatando no processo, ele começou a ter um tremelique por todo o corpo.

— Cê tá legal Tatooh? — Tec perguntou, enquanto observava toda a cena com os braços cruzados.

Tatooh então removeu a enorme agulha da minha garganta, meu sangue na agulha misturado com a tinta da tatuagem, coberta por uma leve chama azulada e pálida.

— A "Singularidade" desse garoto é forte. Parece ser uma Benção do tipo 7.

— Uma Benção do tipo 7?!? — Tec perguntou impressionado e em choque.

— Sim. — Tatooh respondeu calmamente. — Você, Sairu Techno, se não me engano, foi um dos últimos Sepultadores contratados que tem uma Benção do tipo 7. Tem um tempinho que não recebemos Sepultadores com uma Benção nesse nível.

Tec coçou o queixo, agora com uma expressão mais calculada. — Pelo visto eu não tava errado. O potencial que vi nesse garoto faz todo sentido agora. Senti uma grande presença espíritual nele, e não é atoa. — Tec então cruzou os braços novamente, olhando para Tatooh. — E então, qual é a Benção dele?

— É isso que vamos descobrir agora. — Tatooh colocou a língua pra fora.

— Ah, não, esse negócio nojento. Vou nem olhar. — Tec ficou de costas pra cena que se desenrola.

Tatooh pegou sua língua, e provou um pouco do sangue de Danme misturado com a tinta e o fogo azulado. Ele experimentou bem a essência de Danme, passando a linha entre os dentes, provando cada detalhe. Por um segundo, Tatooh teve um choque em sua mente, se encontrando em uma outra realidade, um lugar vazio e escuro, com Danme coberto por chamas azuis mais a frente. Assim que Tatooh piscou, voltou a realidade.

Tatooh ajustou seu óculos, recuperando a sua postura calma e descontraída. — Interessante. O garoto pode apagar almas.

— QUE?!? — Tec soltou um grito, logo em seguida batendo na maca com as mãos.

Tatooh ficou ajustando seus óculos escuros. — Levando em consideração que, toda Benção tem uma consequência relativa ao poder, ele com certeza deve ter uma consequência bem severa pra utilizar esses poderes. E claro, não sabemos 100% como funciona sua Benção, ele vai precisar de um treinamento intensivo.

Tec então olhou pra mim, um olhar analisador e frio, mas logo deu um sorriso. — Ok! Let's go baby.