A pouco mais de um ano, eu era apenas mais um adulto, vivendo tranquilamente na terra.

Bom... não tão tranquilamente, mas, eu era feliz.

Uns rachas aqui, uns assaltos ali, de vez em quando, uns bicos de mercenário.

A vida era cheia de possibilidades, e meu coração, vibrava com isso.

Então um dia os os céus se abriram, anjos começaram a descer com suas armaduras brilhantes e penas brancas.

Muitas pessoas pensaram que eles estavam ali para cumprir as promessas descritas na Bíblia.

Mas...

Aqueles malditos penas brancas, so vieram por mim. Me acusaram de reter sozinho, cinco por cento dos pecados da humanidade. E de causar o desequilíbrio entre o bem e o mal na terra.

Serio!? Nao existe ninguem pior do que eu nesse mundo!? Certeza que estão me visando.

Tolos ignorantes. Se eu tivesse força...Suspiro.

Mas eu não podia fazer nada naquele momento. Sem força, sem apoio. So pude aceitar meu destino. Minha visão ficou turva e minha consciência desapareceu.

Quando acordei, estava boiando sobre um lago de fogo. Me assustei, mas o fato de não me estar me queimando, meio que anestesiou meu medo.

Decidi ir ate a margem, era estranho nadar em um lago de fogo mas eu nao podia evitar. Ao chegar olhei em volta, fora pedras carbonizadas e cheiro de carne queimada, não avia nada. Então fui mais longe.

Quais as chances de encontrar algo que me tirasse dali. Enfim, a esperança é a última que morre.

Enquanto caminhava pelo inferno... vi muitas... coisas... dificeis de descrever.

Outras, nem tanto, humanos torturando humanos. Demônios, ou o que pareciam ser demônios, se banqueteando com o sofrimento a sua volta.

Eles não me atacavam, não sei por que. Era como se não me vissem.

Caminhei por dias sem parar, mas era só mais do mesmo. Parecia um ciclo sem fim. Seria essa minha punição?

Um certo dia, acabei encontrando uma pedra negra caída no chão.

Cheio de tédio, agarrei e lancei a pedra.

Era só para aliviar um pouco, mas acabou batendo na cabeça de um pobre coitado. Eu nem tinha visto ele ali.

Então veio aquela voz! E tudo começou.

"Você se tornou o ser mais maligno do inferno. O inferno não te suporta. Adeus.

O mundo, começou a girar, e eu, cai na inconsciência.

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As estrelas brilhavam intensamente acima do império das águas, refletindo sua luz nas sombras da noite.

No centro da cidade, um grupo de pessoas, observava um jovem caído no meio da rua. Suas vestes rasgadas, cheio de ematomas e Encharcado de sangue. Ninguém viu como ele foi parar ali.

"Quem pode ser tão cruel?"

"Ele deve ter ofendido alguém?"

"Ele está acabado"

"Será que foi um dos nobres?"

"Xiii, cale a boca, você quer acabar assim também!?"

Enquanto as pessoas sussurravam, um velho acopanhado por três guardas se aproximou do local. Depois de olhar para o jovem por um tempo, ele ergueu a mão e o corpo flutuou em sua direção.

Assim que o corpo se aproximou o suficiente, ele pressionou sua mão na área entre as sobrancelhas do jovem.

"Eles realmente queriam te destruir. Vamos ver se você ainda tem vontade de viver." O velho formou um simbolo com a outra mão, e uma luz disparou atraves dos seus dedos e cobriu todo o corpo do jovem.

"Por que eu não consigo acordar? Que ódio. Que luz e essa? E tão quente. Ah..." se aquecendo na luz, lucius se sentiu tranquilo.

"Você quer viver!?" Uma voz soou em sua mente. Lucios só queria que a voz fosse embora. Quem faria esse tipo de pergunta idiota.

"Se você quiser viver, tem que agarrar-se a dor, ou você definitivamente vai morrer." A voz soou novamente.

"Agarrar a dor? Que dor? Eu não sinto nada. Espera, eu não sinto nada." Como se tivesse levado um choque, Lucius começou a tentar acordar novamente, mas ele não sabia o que fazer. Então começou a tentar de tudo. Sua mente pulsando, como se quisesse descansar. "Eu não quero morrer!" Com um grito ele abriu os olhos, vendo o velho com seus guardas e a multidão de pessoas atrás deles.

"Bem vindo de volta, foi por pouco" disse o velho com um sorriso no rosto.

Lucius encarou o velho com seu olhar. Como se perguntasse "o que esta acontecendo?" A luz em em seu corpo estava curando suas feridas. Mas como isso era possivel. Cheio de confusão, mas sem meios de fazer perguntas, ele continuou a encarar o velho, que formava mantinha o mesmo símbolo com a mão, guiando a energia luminosa pelo corpo de Lucius.