A inquietação que Ayla sentia só aumentava com o passar dos dias. Era como se o sonho da floresta e do lobo tivesse deixado algo em seu peito, algo que ela não conseguia compreender. Certo dia, enquanto caminhava para a escola, sentiu novamente aquela presença familiar. Era sutil, como um calor em sua nuca, um pressentimento que a fazia olhar ao redor.
Decidiu mudar sua rota e entrar pela trilha da floresta que ficava perto de sua casa. Não era algo que fazia normalmente, mas, de alguma forma, ela sabia que precisava ir até lá. À medida que avançava, o som da cidade ficava distante, e tudo o que restava era o som de suas pegadas sobre as folhas secas e o som do vento nas árvores .
A trilha parecia diferente daquela vez, como se algo a esperasse. De repente, Ayla parou. Diante dela havia uma árvore imensa, mais velha que qualquer outra na floresta. Seu tronco era coberto por marcas estranhas, como símbolos entalhados à mão. Ela estendeu a mão, atraída por aquelas inscrições.
Ao tocar o tronco, uma onda de energia percorreu seu corpo, fazendo-a perder o equilíbrio. Ayla caiu de joelhos, ofegante, enquanto uma visão invadia sua mente: a mesma floresta, a mesma lua, mas dessa vez, havia uma voz feminina, suave e poderosa, que dizia: "Você está destinada a algo maior."
Ayla acordou alguns minutos depois, sem saber quanto tempo havia passado. Quando olhou ao redor, percebeu que estava sozinha, mas sentia que alguém — ou algo — havia estado ali com ela.
E o pânico a pegou de surpresa então ela resolveu sair correndo em direção a sua casa !