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Chapter 12 - Eu Preciso de Você.

Ponto de Vista de Dominick

Luna recuou um passo, com medo invadindo todo o seu corpo. Eu olhei para a minha mão e vi sangue escorrendo da lâmina. O desgraçado já estava morto por causa da minha maldita raiva; não era para ser assim. Eu queria que ele sofresse lentamente até morrer.

Levantei-me e olhei para os meus homens que estavam atrás de mim. "Cuidem dessa bagunça," ordenei antes de caminhar rapidamente em direção à Luna, agarrando seu braço. Ela ainda estava aturdida e me seguiu como um zumbi para a seção VIP. Estávamos só nós lá.

Tranquei a porta e virei para ela, deixando minha raiva transparecer na voz. "Que porra você está fazendo aqui?"

Ela recuou um pouco, dando passos para trás com medo. "Comece a falar, ou faço você falar!" eu gritei para ela, e ela deu um pulo. Eu não estava pronto para as bobagens dela.

"Nina... ela me pediu para seguir ela até a boate."

"E você nem quis pedir a minha maldita permissão?"

"Ela... disse que você não se importaria. Você nunca se importou quando era Sol."

"E você é a Sol?" Eu dei um passo mais perto, fazendo-a se encolher mais perto da parede com medo. "Sua irmã sabia se defender, e você?" Um riso seco escapou dos meus lábios. "Você não passa de uma fraca."

Ela desviou o olhar, lágrimas patéticas já correndo dos seus olhos de cervo. Era tudo o que ela sempre fazia, chorar!

"E que porra você está vestindo?" Eu a olhei de cima a baixo, um rosnado subindo do meu peito. "Queria que os homens te notassem? Está tão desesperada para ser fodida por qualquer João, Zé e Mané?"

"Pare, pare, por favor," ela balançou a cabeça, tentando bloquear a minha voz.

"Por quê? Eu menti?" Eu me inclinei, meu rosto a poucos centímetros do rosto corado dela. "O que você estava tentando conseguir vindo até aqui?"

"E quanto a você?" Ela se atreveu a levantar a voz para mim pela primeira vez, seus olhos magoados cheios de lágrimas. "Você é casado, mas continua trazendo sua amante para o seu lar matrimonial."

"Lar matrimonial?" Levantei minha sobrancelha, rindo da inocência dela. "Você realmente acha que é minha esposa?"

"Mas você me casou," ela rebateu, me surpreendendo de novo. Eu não sabia que ela tinha esse fogo nela. "Você... tirou minha virgindade... e agiu como se nada acontecesse. Você é tão brutal. Como pôde?"

Eu não a impedi quando ela começou a bater repetidamente no meu peito em frustração. Ela tinha um ponto; Eu tirei a virgindade dela e agi como se nada tivesse acontecido, provavelmente porque eu não me importava tanto assim. Eu detestava virgens para começar.

"Já chega!" Segurei sua mão, puxando-a para perto do meu peito. "Não foi minha maldita culpa; você é que quis me enganar."

Ela se engasgou em um soluço, tentando se soltar do meu abraço. "Me deixe ir, por favor... Eu quero partir. Eu não consigo... não aguento mais."

Eu inclinei minha cabeça na curva do pescoço dela, beijando-a. Eu senti ela estremecer levemente. "Me desculpe, eu não posso fazer isso."

Eu puxei minha cabeça para trás, mas seus pequenos braços envolveram meu pescoço, puxando-o de volta. "Então me tome... Eu... preciso de você."

Eu a encarei descrente. "Você está bêbada?"

"Não... Eu não bebi nada... por favor..."

Não esperei ela terminar a frase antes de envolver seu corpo em uma intensa sessão de beijos. Seu corpo se moldava perfeitamente ao meu, seus seios macios contra o meu peito, enquanto eu passava as mãos por todo o seu dorso.

Que porra eu estou fazendo? Eu de repente interrompi o beijo, me afastando. "Eu não posso fazer isso." Eu balançei minha cabeça para ela enquanto ela olhava decepcionada. Ela era inocente demais para mim.

"Por quê, você não acha que sou boa o suficiente?" Ela desviou o olhar, suas bochechas coradas.

Seus olhos pareciam tristes demais, e eu queria dizer a ela que não era o caso, mas também não tinha tanta certeza. Virei e saí da seção VIP sem lhe dar uma segunda olhada.

Ordenei aos meus homens do lado de fora que mantivessem um olhar atento sobre minha esposa antes de me direcionar ao quarto escondido para inspecionar a mercadoria. Minha mente ainda estava confusa daquele beijo, e de algum modo as lágrimas dela pareciam estar me incomodando.

"Chefe, bem-vindo, estávamos lhe esperando," Selene me cumprimentou.

Ela estava vestida em um vestido preto apertado com metade do seu colo quase saltando para fora. Eu percebi que quando Selene ou Sol se vestiam assim, eu não me importava, mas com Luna, era diferente. Talvez tivesse a ver com o fato de ela ser inocente, e de algum modo eu queria protegê-la.

Eu inspecionei a gama de armamentos espalhados pela mesa, examinando-os minuciosamente. "Eu pensei que tínhamos encomendado a mais recente coleção de armamentos, não vejo nenhum aqui," eu retruquei para Selene, que estava encarregada deste acordo.

"Eu... eu..." ela gaguejou, dando um passo para trás. "Eu cometi um erro com os pedidos."

"Você é estúpida? Você achou mesmo que eu não notaria isso?" Eu grunhi, perdendo a paciência.

"Eu juro que foi um erro."

Eu lhe dei um forte tapa na bochecha, e ela caiu no chão, segurando o rosto em lágrimas.

"Mais uma mentira, e eu juro..." eu parei, deixando a ameaça no ar. "Agora me diga o que você fez com o meu dinheiro."

"Eu usei para quitar minha dívida," ela se engasgou em um soluço. "Eu juro, eu vou te pagar."

"Temos só duas semanas até entregarmos isso para os nossos clientes. É melhor trazer essas armas, ou então..." Eu avisei antes de sair da sala.

O tráfico de armas, entre outros empreendimentos, era o tipo de negócio que eu me envolvia. Com isso, minha família conseguiu acumular uma grande fortuna. Tínhamos políticos, polícia e ricos na palma das nossas mãos. Eles estavam contando comigo, e eu não vou decepcioná-los.

Lá fora, encontrei Alen, que parecia ansioso com a testa franzida. "Dominick, tem um problema," ele declarou urgentemente.

"Qual é?"

"É o seu pai. Ele chamou uma reunião com todos os membros da Máfia sem te informar."

"O quê?" Minha raiva ferveu por dentro. Era totalmente desrespeitoso. Eu era o Don, e nenhuma reunião na minha Máfia deveria acontecer sem minha permissão.

"Tem mais," Alen hesitou, temendo minha reação, mas eu o encorajei com um aceno. "O tópico da reunião é sua incompetência como o Don."

"Porra!" Eu soquei a parede, tentando conter minha fúria. "Reúna os homens. Estamos indo para a mansão do meu pai. Acho que tenho que lembrá-los de quem é o chefe."