A mulher de cabelos ruivos curvou os lábios num sorriso radiante.
"Vim para acompanhá-la em segurança até a carruagem, Sua Alteza," ela reverenciou levemente e rapidamente se ergueu da saudação.
Como eu gostaria de despedaçar esse sorriso seu, Elise.
Esses eram os pensamentos de Cynthia, mas ela não podia ser transparente. Ela não havia aprendido a ser transparente.
Não nesta vida.
No passado, houve incontáveis vezes em que Elise a prejudicou. Sempre que isso acontecia, Cynthia buscava ajuda de Lucian, o mordomo que mal podia fazer algo a respeito, e da chefe das empregadas, que nunca se deu ao trabalho de ouvir seus apelos.
Ela havia perdido a esperança conforme o tempo passou.
"Qual é o ponto de lutar contra tudo isso? Este é o inferno para o qual o irmão— não, Rei Alistair me lançou também. Ele sabe o que está acontecendo… Eu lhe enviei incontáveis cartas… então… então por que ele não vem me procurar?…"