Chereads / Parceiro Cativo / Chapter 10 - +Capítulo 10+

Chapter 10 - +Capítulo 10+

Jael voltou pouco tempo depois, franzindo a testa para a expressão distante no rosto de seu chefe.

Asher entrou em foco quando ele se aproximou, "Cancele o resto dos meus compromissos para hoje à noite."

Em qualquer outra hora, Jael teria dito alguma coisa, mas até ele estava um pouco tenso com a aparição repentina de Nikolai.

Reis da Máfia não invadiam descaradamente os territórios uns dos outros para fazer exigências, a menos que tivessem um ou dois ases na manga.

Ele conseguiu segurar suas perguntas até entrarem no carro. Ele era tão ocupado quanto Asher, mas preferia ser quem dirigia para seu chefe sempre que podia.

Eram apenas os dois no carro, Asher no banco de trás. A oportunidade perfeita para pressioná-lo.

"Então..." Ele arrastou as palavras, a voz seca como o deserto. "Uma escrava sexual?"

"Cala a boca," disse Asher, mas suas palavras não tinham força.

"Se você queria uma, era só ter dito," Ele deu de ombros, "E eu arranjaria uma que não fosse uma drogada acabada, se vendendo como última opção."

"Seria ótimo se sua boca parasse de fazer barulho," Asher o interrompeu de novo, claramente sem interesse em ter essa conversa.

Mas Jael não desistia, "Eu só nunca pensei que você fosse desse jeito," Ele continuou atrasadamente.

Asher não lhe deu resposta desta vez, e embora Jael soubesse que deveria parar de provocar, não era muito frequente ele ter a chance de tirar sarro de seu chefe.

"Eu não achei que você sentiria a necessidade de conseguir uma parceira que não tentasse sair-"

Uma bala se alojando no para-brisa bem na frente da cabeça de Jael o calou rapidamente, uma risada sombria escapando. Ele meio que mereceu aquilo.

Asher não estava chateado, francamente, esperava que Jael o repreendesse por gastar dinheiro em algo que claramente não valia tanto.

Mas se provocações irritantes fossem o que teria que suportar em vez disso, ele preferiria ser repreendido.

"Você gostaria que eu fizesse uma verificação de antecedentes dela?" Jael retomou a conversa, conseguindo dirigir com desenvoltura apesar do para-brisa trincado enquanto usava óculos escuros.

"Não."

A finalidade no tom de seu chefe lhe disse para encerrar a conversa ali, ele ainda faria uma verificação de antecedentes de qualquer forma.

Ele nem sabia por que se dava ao trabalho de perguntar a Asher, o Alfa fazia coisas por impulso e simplesmente danava-se as consequências. Era por isso que ele tinha que estar no ápice do controle de danos.

Ele tinha certeza de que isso era mais um desses impulsos, ele se cansaria da Ômega em pouco tempo, e caberia a ele cuidar de se livrar dela.

-+-

Caspian tirou os sapatos para ter melhor aderência, eles eram sapatos baixos e pesados, brancos para combinar com o vestido que ele usava.

Era bom que não o tivessem colocado em saltos altos, pois ele teria caído de cara no chão assim que tentasse dar um passo neles.

Era azar que a cor de seu vestido fosse altamente refletiva, mas ele não podia simplesmente tirá-lo como fez com os sapatos.

Caspian deu seu primeiro passo tentativo para fora da janela, tremendo de medo pelo risco perigoso e estúpido que estava prestes a correr.

Ele não poderia dizer exatamente como chegou ao chão, mas de alguma forma ele conseguiu, suas mãos e pernas machucadas cruamente por segurar nas reentrâncias do lado do prédio.

Ele teve que parar um momento para descansar, os músculos doendo pelo esforço que tinha feito para descer sem cair.

Felizmente, a janela o levou para o lado da mansão, então ele não caiu no meio de um grupo de guardas.

Caspian estava fora, mas não sabia para onde ir dali, não tinha tido a chance de planejar mais. Honestamente, ele nem esperava chegar ao chão despercebido.

Ele andou cuidadosamente para espiar por trás de uma coluna, e, como quando foi trazido, a maior concentração de guardas estava no portão da frente.

Não era surpresa que não sentissem a necessidade de vigiar também os muros. Os muros eram tão altos, que eram praticamente impossíveis de escalar. Ele tinha certeza que também eram fortificados, então seria um desperdício ter pessoas guardando-os.

O único portão de saída que ele podia ver era o enorme portão principal, mas a menos que se tornasse invisível, não tinha como passar por todos aqueles guardas.

Ele recuou, indo para a parte de trás da mansão investigar. Teve que se agachar rapidamente nas sombras quando quase fez contato visual com mais guardas.

Caspian se pressionou contra a parede, rezando para que os guardas não viessem investigar, o peito arfando.

Se as janelas estivessem na frente ou atrás da mansão, ele teria sido pego no momento em que tentasse sair pelas janelas.

O som de mulheres conversando e rindo vindo da frente da mansão chamou sua atenção, levando-o a se aproximar na ponta dos pés.

Elas pareciam ser funcionárias indo embora do trabalho, um portão menor ao lado estava aberto para elas saírem.

Caspian foi subitamente atingido por uma ideia estúpida, as chances de falhar eram enormes, mas era isso ou ele escalava um andar para voltar ao quarto de onde tinha sido deixado.

Ele tinha certeza de que se destacaria como um polegar machucado se saísse das sombras para se juntar a elas enquanto saíam, mas o pior que poderia acontecer seria ser pego, e o melhor? Seria livre.

Coincidentemente, uma leva de carros estava entrando pelo portão principal naquele exato momento, era quase como se o destino finalmente estivesse tendo pena dele.

Porque, na confusão de ações, ele conseguiu se misturar sem esforços ao grupo de mulheres saindo do trabalho.

Ele estava descalço e desarrumado, sua peruca uma bagunça, mas ninguém lhe deu atenção enquanto ele saía sorrateiramente. Parecia que o ar estava mais fresco quando ele se viu livre dos muros, seus dedos gelados pela apreensão.