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Chapter 4 - Ato 01 - O Peso De Ser Um Herói.

[ Anteriormente ]

Correndo escada acima em direção à torre onde Gohan antes pousara, ele prontamente levantara um veloz voo em velocidades extremas, que fizeram um enorme estrondo de vento ser cortado.

Tal som que apavorou todos os alunos da escola, mas que permitiu Gohan chegar velozmente na direção do ônibus e assim pressentir o medo exalando de Videl, quando notara o ônibus despencar precipício abaixo.

 

 

- Merda. - Gohan praguejou não parando de voar e assim com uma sensação de fúria odiosa, o mesmo gritara numa transformação luminosa se propagando de si, indo direto para baixo do ônibus onde pouco a pouco ele ia impedindo a queda, mas sem travar simplesmente o ônibus no ar, pois com certeza o efeito chicote esmagaria todos no chão do ônibus, e até tomando cuidado Gohan tinha que ficar extremamente alerta pelo peso do ônibus querer se partir em pedaços com as duas forças se colidindo, tendo que reduzir sua força e manejar sua velocidade em perfeita sincronia.

 

 

Todos aplaudiam euforicamente dentro do ônibus, pois novamente o guerreiro dourado se mostrava ajudando ao povo, uma figura heroica que estava presente no mundo todo e pelo visto novamente interagia com o povo de Tóquio, mas que Gohan balançava a cabeça sob como os velhinhos pareciam estar pouco se fodendo para todo o caos e só aproveitando a aventura, tirando diversas fotos dele elevando o ônibus em pleno voo e pousando-o calmamente numa área segura do solo.

 

 

- E agora, o que fazer com vocês? - Gohan perguntou seriamente ao adentrar o ônibus e caminhar furiosamente em direção aos bandidos.

 

 

- Espere, guerreiro dourado, eu já dei um jeito neles. - Videl disse interrompendo o caminho de Gohan. - Não precisa de mais nada.

 

 

- Quando a polícia não dá conta de meros bandidos como esses, acho que não dariam conta de julgar adequadamente em uma prisão, é preciso um choque de realidade para que raízes podres como essas não voltem a infectar o restante da árvore. - Gohan em sua forma Super Saiyajin, que era uma transformação voltada a puro sentimento raivoso e odioso, disse colocando Videl em um dos bancos e assim puxando ônibus afora o grupo de bandidos presos a uma corda. - Gostam de voar? Realmente, espero que não. - Gohan perguntou ainda seriamente, no qual, em pura força física, jogara os bandidos para cima, que praticamente voaram absurdamente rápido e sumiram em meio às nuvens dos céus.

 

 

- Mas o que pensa que está fazendo!? - Era Videl, furiosa, que saíra do ônibus e dera um tapa na cara de Gohan, ato que não repercutiu em nada nele, somente deixando a mão dela avermelhada e dolorida. - Agindo dessa forma, você não é juiz para decidir sentença alguma de ninguém para simplesmente matá-los.

 

 

- Sério, e quem deveria ter esse direito, a polícia? Devo lembrá-la de que foram eles os incompetentes que contataram uma estudante em meio à aula para correr perigo no lugar deles, ou talvez o juiz que pode muito bem ser subornado e assim deixar esses merdinhas livres com um mero tapinha na cabeça... não seria a primeira vez. - Gohan respondera seriamente com todos gravando lives ao vivo para redes sociais a sua volta. - Olhe para tudo à sua volta, é aqui onde o livre arbítrio permitiu que a sociedade moderna chegasse, e um sistema falho só vai produzir uma população falha, enquanto as de bem são condenadas injustamente ou até mortas no processo. - Era incrível a forma que Videl não sabia como responder a isso, mas como poderia, era uma estudante de ensino médio, louvável seus atos heroicos para a sociedade, mas que não deveriam ser postos nos ombros de uma adolescente que só deveria se preocupar com sua vida estudantil. - E eu não mato simplesmente por matar, só permito que as pessoas saibam que atos podem ter resultados negativos. - E assim com o som de puro grito horrorizado e em coro, foi que Gohan levantara voo a frente, pegando os bandidos que caíram em seus braços, os girando várias vezes enquanto sua velocidade diminuía aos pouco para não matá-los destroçados, os pousando no solo de modo que a viagem pode ter sido aterrorizante e mortal ao ponto de quase os congelarem e sufocarem em tais alturas que alcançaram, mas que no fim ele impediu a morte de cada um e o trauma estava evidente nos olhares chocados e aterrorizado dos bandidos.

 

- Pois, meus queridos, será que vamos sequestrar um ônibus cheio de idosos e ameaçar a vida deles novamente? - Gohan perguntou furiosamente, sob olhar amedrontado deles, que só podiam acenar negativamente com a cabeça quando enxergaram a aura luminosa dele se fortalecer, junto a seu poder de luta, que se encontravam agora em exatos 3.500.000.000.

 

- Vamos continuar realizando quaisquer atos criminosos? - Gohan perguntara com uma sensação de ódio ainda maior, deixando os bandidos aterrorizados quando sua aura luminosa se fortalecera com pura estática se instaurando à sua volta, em uma pura pressurização odiosa do Super Saiyajin 2, tendo seu poder de luta se encontrando em exatos 7.000.000.000.

 

- Ótimo, pois se eu descobrir que voltaram a fazer isso e eu irei descobrir... não terão um segundo aviso e não medirei esforços em atomizar a existência de vocês da forma mais odiosa e brutal possível. - Finalizou Gohan com sua aura e ódio se fortalecendo ainda mais e seu poder de luta se elevando tanto que quase beiraram o 21.000.000.000, tendo seus cabelos aparentando querer crescer para trás das costas e as sobrancelhas desaparecerem, mas que Gohan abandonara tudo antes da terra começar a sofrer um terremoto pela sua área de efeito, vendo que seu aviso estava dado e enfim ele levantara voo em puro estrondo sônico, onde o mesmo sumira de imediato dali com seu trabalho feito e tudo gravado para ser exposto ao mundo em um aviso claro das consequências que teriam se Gohan visse tal crime novamente se repetindo pelo planeta.

[ Atualmente ]

 

[ 1º Arco: Vida Escolar ]

Herói: Era disso que chamavam o guerreiro dourado nesta sexta-feira, quando o mesmo desceu dos céus com sua aura luminosa feito a de um anjo vingador, relâmpagos o acompanhavam no horizonte de sua área de efeito em puro e imensurável poder na sua face estoica que sempre utilizava contra os inimigos, mas que agora eram de uma calmaria e gentileza sem igual pela civil que o mesmo salvara do enorme incêndio, a entregando aos braços da mãe e sendo aclamado no processo como uma divindade.

Benção de Deus, salvador, o poder maior, messias... diversos títulos que o mundo inteiro vinha-o chamando.

Ninguém sabia quem era, somente sabiam que ele sempre estava lá como se já soubesse que algo iria ocorrer, descendo dos céus na velocidade da luz feito um anjo com asas e impedindo catástrofes desde as mais baixas as mais altas, foram casos como estupro, violência doméstica, agressões, assassinatos, roubos, acidentes e tudo mais que era diariamente interferido pelo que também chamavam de o Guerreiro Dourado, o Bem Maior da Humanidade.

O número de pessoas que conheciam seus atos cresciam a níveis alarmantes, a esperança de um povo, a corrupção diminuindo e junto a isso é claro, o ódio e inveja vieram juntos.

 

 

- "Nós, como toda a população deste planeta, temos procurado por um salvador... conseguimos um quando o Torneio de Cell ocorreu e esse monstro foi destruído, mas infelizmente no processo nosso salvador, Goku, veio a falecer junto." - Era o que dizia um entrevistado na televisão. - "90% do povo acreditam em um poder maior e toda religião acredita em algum tipo de figura messiânica, o que mais acho engraçado é que finalmente temos essa figura e eles não estão satisfeitos, não estão satisfeitos, pois tal figura não é relacionada a suas crenças, religiões ou doutrinas, é simplesmente uma figura que não busca atenção em entrevistas de televisão ou cargos políticos, uma figura tão bondosa que está sempre lá proteger a tudo e todos, sem cobrar nada de ninguém."

 

- "De fato, quando esse salvador enfim vem para a terra, nós queremos obrigá-lo a seguir nossas regras e forçar nossas ideologias nele." - Dizia o entrevistado, com diversos vídeos captados dos feitos heroicos do guerreiro dourado nos últimos anos. - "Temos que entender isso como uma mudança de paradigma, uma mudança de eras, um fim de restrições religiosas sob uma única figura autoritária divina e começar a pensar além da religião e política, esse ser, ele não quer status, ele quer paz e harmonia, ele não age contra inocentes, ele defende os inocentes, ele não mata os vilões, ele dá a chance de redenção para cada um deles... é incrível a forma que ele cativa até o ser mais asqueroso de nossa sociedade, como ele parece servir de benção terapêutica divina para todos eles e engraçado como as pessoas que se dizem de bem em nossa sociedade política e religiosa, é quem mais se prostram contra ele."

 

 

- "Existe alguma restrição moral nessa pessoa?" - O entrevistador perguntou rudemente, enquanto logo atrás mostrava uma gravação de Gohan carregando calmamente uma enorme corrente atrelada a um navio encalhado, com todas as pessoas em cima. - "Temos leis nesse planeta, todo ato é um ato político, uma tentativa de controle mundial e governamental."

 

 

- "O que eu acho, é que desde o primórdio da criação mundial temos vivido com o direito do livre arbítrio... e olhe só onde isso nos levou... catástrofes, genocídios, furtos, assassinatos, estupros e guerras por meros territórios e especiarias." - O entrevistado respondeu. - "E agora temos uma figura que não demonstra desejo político ou religioso, somente uma figura que está ali por justiça a todos os inocentes e redenção para todos que desejam ela, tudo bem que existem baixas inimigas no processo... desde que seus atos são digamos, violentos quando necessários, mas me diga... alguma vez ele aparentou não dar chances a elas, não, acho que o governo mundial está é com medo do que alguém com esse ser pode fazer contra eles, pois claramente a corrupção nesse mundo e ele tem erradicado toda a raiz podre de forma brilhante nos últimos anos."

 

 

Mudando de canal, Gohan logo vira que era outro noticiário sobre ele em respeito ao vazamento de como ele cuidou dos sequestradores de idosos do dia anterior:

 

- "Os seres humanos, tem um histórico terrível de seguir figuras com grande poder a caminhos que nos levam a fazer grandes atrocidades humanas." - Outro entrevistado falava, dessa vez num tipo de entrevista coletiva com várias pessoas.

 

 

- "Nós sempre criamos ícones segundo a nossa imagem, o que atualmente fazemos é projetar a nós mesmos nesse guerreiro dourado." - Outra entrevistada dizia, dessa vez defendendo o salvador, que mostrava ao fundo uma gravação dele salvando pessoas de uma explosão em uma base espacial. - "O fato é que talvez ele não seja alguém como o Diabo ou Jesus, talvez seja só um cara que tem o poder e a moral honrável de tentar fazer a coisa certa e, a meu ver, com toda a estatística de como o crime num termo geral caiu absurdamente, creio que está dando muito certo."

 

 

- "Acho que o que a religião tem tanto medo, é que lutam e pregam tanto por um poder maior, que quando um ser desses surge, se apavoram, pois ele não segue suas doutrinas, ou seja, ele pode ver todos seus pecados e crimes e não se vitimizar como eles querem, já que em si ele não os tem em nada como aliados e os julgaria por seus crimes com julga ao restante do mundo de forma igual." - Uma pessoa respondeu a uma pergunta em relação à religião, onde logo atrás mostrava uma gravação de Gohan salvando uma família de um local alagado, sendo essa família um casal homossexual que haviam adotado recentemente uma garotinha, nos quais muitos fanáticos religiosos julgavam como desperdício de esforço por gente que queimaria no inferno, mas que na gravação mostrava um Gohan gentil e acolhedor para a família, sem julgamento e preconceito algum aparente.

 

 

- "E o que a política tem tanto medo, é que com o surgimento de uma força maior como essa, outras ocultas se sintam corajosas o suficiente para aparecer, assim desafiando seus postos de poder que na real é totalmente vulnerável contra algo assim, é por isso de estarem amedrontados." - Outra respondeu em relação à política, onde Gohan tivera seu alvo um membro importante do governo, onde invadira o parlamento do Reino Unido e exporá sem medo algum todos os pecados de tal pessoa em rede nacional, que tinha relação com abuso infantil, sequestro, tráfico e assassinato. Assim, não se importando nenhum pouco de ter atomizado tal injustiça da sociedade ao vivo para toda a rede que o gravava no momento.

 

 

- Ah... sempre o mesmo. - Gohan suspirou, ajeitando sua gravata. - Acho que os humanos nunca estarão satisfeitos, mesmo que isso signifique o paraíso na terra, sempre irão tentar estragar tudo por seus objetivos mesquinhos ou pelo fato de eu não me ajoelhar para suas doutrinas e ideais. - Finalizara ele com uma espécie de rugido de concordância surgindo em seus ouvidos, fazendo ele rir por realmente ter sido a melhor coisa ele ter obtido daquelas sete, o poder de defender o mundo todo antes de catástrofes ocorrerem, pois por mais forte e rápido que fosse, ele precisava ser capaz de prever as coisas.

 

Assim, terminando de se vestir, Gohan se encarara no espelho, onde, com um suspiro, colocara em meta dar atenção para Videl, se sentia meio que culpado pela maneira rude que agiu com ela no dia anterior, mas como ele podia se conter? Quando sua aura Saiyajin por mais que aparentasse linda e angelical nas palavras dos humanos, era repleta de raiva e ódio bestial, fazendo seus sentidos se tornarem um pouco sádicos ao estilo da antiga raça guerreira Saiyajin.

 

 

- "É, vamos ver o que ela tanto queria." - Gohan pensou mordendo um sanduíche com presunto e queijo. - "Quem sabe enfim consigo me enturmar com alguém nessa escola de merda." - Finalizou ele, trancando sua casa e indo para a garagem dos fundos, onde, ao se ajeitar, levantara voo em um estrondo sônico e se prostrara em direção ao colégio para mais um dia de aula.

 

 

[ ... ]

Intervalo escolar, a melhor hora do dia, momentos em que ele sempre conseguia paz para dormir como bem precisava ou comer absurdamente para se recuperar dos treinamentos e confrontos diários a que sempre se metia pelo planeta.

Sempre solitário e imerso em sua paz, somente tendo atenção dos professores e funcionários da escola que pareciam cada dia mais cativados com o rapaz, seja por sua inteligência, intelecto, responsabilidade e até cuidado extremo com sua saúde, onde o mesmo até que gostava bastante de passar certo tempo conversando com eles na sala de direção.

Como se o público adulto fosse o ideal para ele ter uma conversa e debate sensato, desde que adolescentes só sabiam falar, de... bom, coisas de adolescentes.

Mas dessa vez não estava ele na sala de direção, almoçando com professores e a diretora, ou muito menos encontrando seu cantinho solitário e pacifico para dormir na ala hospitalar em que era mimado pela enfermeira linda que trabalhava lá, estava ele no refeitório principal do campus que juntava o ensino fundamental, médio e facultativo.

A sua volta havia uma diversidade de estudantes, sejam as crianças correndo e brincando com seus colegas, os adolescentes conversando e secando Gohan na cara dura e até mesmo os de ensino facultativo, que por mais que tinham certa atenção voltada a Gohan não podiam se deixar relaxar, já que mal entraram nas aulas e já tinham uma carga horária inundada de matérias e pesquisas a se realizar.

 

A atenção em si que recebia de todo o público não era algo sexual ou coisa do tipo, ninguém é tão cara de pau para secar alguém assim na cara dura, a não ser é claro um trio de pervertidos de outra classe do ensino médio, os quais sempre apanhavam das meninas da escola por suas perversidades. Na verdade, a atenção que Gohan recebia era por estar ocupando uma mesa solitária, mas não vazia, estava ela repleta de pratos de comida de todas as variedades disponíveis no campus.

O mesmo em si não comia vorazmente e sem classe, na verdade, era bem-educado ao comer tudo, porém em quantidades extremas que faziam a garota ao seu lado soar frio com a sensação de sua carteira sendo esvaziada.

 

 

- Sabe, Videl, eu te disse que não precisa pagar um almoço para conversar comigo. - Gohan disse sorrindo para ela, ao terminar de comer um x-tudo. - Meu metabolismo é extremamente acelerado e requer muitas calorias diariamente, então, já pode ver o estrago financeiro, certo?

 

 

- N-não se preocupe. - Videl respondeu incerta. - Meu pai é dono da escola, então não há problema algum eu pagar por isso.

 

 

- Se você diz. - Gohan sorriu novamente para ela, onde voltara a comer. - Mas me diga, o que tanto queria falar comigo ontem? Estive um pouco ocupado ontem para parar e conversar.

 

 

- Tudo bem, eu te desculpo por me deixar em segundo plano. - Videl iniciou, sob arquear de sobrancelhas de Gohan.

 

 

- Cara vossa senhoria... primeiramente muito prazer em vos conhecer, em meu nascimento minha matriarca junto a meu patriarca me intitulou como Son Gohan, creio que os pontos de intimidade são insuficientes no momento, o pacote que você possui, está no nível "colega de classe" e a ferramenta que você está tentando utilizar só está disponível no pacote "relacionamento sério". - Gohan ditou fingindo total classe, sob risinhos das pessoas à sua volta. - Gostaria de pagar 500 pontos mensais por mês a fim de aprimorar seu pacote?

 

 

- Vai à merda, Son Gohan. - Videl exasperou-se com ele, sob riso do garoto.

 

 

- A qual é Videl, não pode querer me cobrar intimidade ou submissão assim, eu detesto... mas até que é engraçado ver você tentar - Gohan disse bebendo uma lata de refrigerante. - Quem sabe no futuro eu te dê uma chance de sair com minha honrável pessoa. - Finalizou ele, piscando um dos olhos maliciosamente, sob ruborização dela, tanto por tal afronta quanto pela atenção que estavam recebendo.

 

- Mas, certo... se não tinha nada a conversar, creio que irei cuidar da minha vida. - Levantara Gohan, já empilhando prato por prato que utilizara, a fim de ir embora.

 

 

- Não! Só espere. - Videl murmurou gritando no começo, mas logo controlando seu tom de voz. Ato que fizera Gohan voltar a se sentar e ter total atenção na garota. - Escute, nossa classe, por mais que seja a 1-A, está num estado lamentável tanto em notas quanto em desempenho.

 

 

Começara ela ali a citar tudo que Gohan vinha vendo desde o início das aulas e principalmente como tudo isso refletia no cargo de diretor de seu pai. Demorara um pouco para ela citar tudo e explicar o que tanto queria, mas Gohan fora um ótimo ouvinte e não a interrompeu, muito menos foi sarcástico em momento algum, quando viu que para ela realmente era um assunto sério.

 

 

- Deixe-me ver se entendi tudo resumidamente. - Gohan iniciou quando a garota finalizara seu discurso, que parecia muito bem preparado. - O desempenho de alunos está refletindo no nome e status de seu pai? - Disse ele sob concordância de Videl.

 

- Você deseja montar um grupo de estudos para essas crianças caírem na real e enfim começarem a receber seus salários, ao invés de mendigarem centavos pelo campus? - Continuava ele sob concordância dela, num tom de voz eufórico do rapaz.

 

- E tudo isso tendo eu como líder a fim de ensiná-los? - Finalizou ele animado, com a menina concordando sorridente agora. - Não, obrigado. - Cortou-o de forma direta, fazendo o sorriso da garota despencar.

 

 

- Quê!? - Videl esbravejou, pensando que enfim tinha ganhado o rapaz por ser tão receptivo e ouvinte.

 

 

- Não grite e não me leve a mal, mas por que eu ajudaria crianças que claramente me odeiam? - Gohan perguntou seriamente enquanto levantava facilmente todos os pratos com as mãos e levava em direção à cozinha.

 

 

- Porque precisamos, odeio admitir, mas você é o aluno mais inteligente do ensino médio... e ninguém aqui te odeia, só não gostam de você, sua personalidade, seu status de aborto na classe elite e como você sempre parece apresentar uma presença dominante sob todos. - Videl citava a tudo, fazendo Gohan afiar os olhos a ela.

 

 

- Valeu, sua sinceridade é comovente. - Gohan riu sarcasticamente. - Não muda o fato de isso acabar por se intrometer em minha rotina e teria que ser um ótimo motivo para impedir minha seção de treinamentos.

 

 

- Você treina? - Videl perguntou, vendo Gohan colocar os pratos na pia enorme da cozinha e passar a lavá-los, ao invés de somente deixá-los ali para os funcionários lavarem.

 

 

- Doeu, tá. - Gohan fingiu piada enquanto forçou seus bíceps, feito um fisiculturista. - E sim, artes marciais, em geral, desde que me lembro por gente..., mas isso não importa agora. - Gohan ditou, fazendo a garota voltar ao tópico.

 

 

- Olhe, sei que é ocupado e não vou me meter em sua vida. - Videl iniciou recebendo um prato limpo, onde Gohan indicara com os olhos para ela secar com o pano e empilhá-los. - Mas, se eu tentasse criar um clube de estudos, toda a escola se juntaria só para me bajular e conseguirem favores com meu pai.

 

- Agora, se você conseguir alguns membros para elevar o status de nossa turma, seriam pessoas realmente focadas nisso e que prefeririam engolir o próprio orgulho e mesquinhez para aceitarem sua ajuda. - Finalizara ela, com Gohan vendo um ponto aí.

 

 

- Faz sentido. - Gohan disse sob sorriso dela. - Mas ainda seria trabalhoso, precisaríamos de um local específico para estudarmos e se eu fosse ser o instrutor disso tudo não me contentaria com pouca coisa, sei como é estudar somente com livros, mas isso é mais pressão psicológica do que algo que atrairá a vontade dos estudantes, precisaria de um ambiente atrativo onde poderia iniciar estilos de palestras estudantis e não somente leituras entediantes de livros.

 

 

 - Gohan, sou filha do diretor e posso conseguir o que quiser. - Videl tentara ganhar o Saiyaman com isso, mas ele a encarara seriamente enquanto lhe entregava mais um prato.

 

 

- Também, quero que o clube seja criado como todos os outros, sendo feito uma petição que será votada pelo conselho estudantil e de direção, a fim de ser aprovado financeiramente ou não. - Gohan ditou seriamente. - Não quero parecer nenhum babaca puxa saco da filha do diretor, se é para fazer as coisas será como todos aqui, sem favores e nem status, quer minha ajuda então será a meus termos e eu prometo que farei os membros desse clube passarem com notas perfeitas nesse segundo mês.

 

 

- Você... - Videl iniciou, com Gohan já pensando vir uma birra pela frente. - É realmente diferente de todos.

 

 

- Eu sei, gracinha. - Gohan disse, piscando um dos olhos maliciosamente para ela, fazendo ela ruborizar-se. - Vai por mim, fazer as coisas por si próprio e não pelo nome dos pais é libertador como você nunca pensou ser, experiência própria falando aqui. - Gohan aconselhou, gostando de mexer psicologicamente com ela.

 

 

- Você tem um pai? - Videl perguntou curiosamente.

 

 

- Sim, mas morreu anos atrás. - Gohan disse com certo orgulho ao lembrar dele. - Imaturo demais para viver nessa sociedade, mas puro e honrado como nunca vi em ninguém.

 

 

- Sinto muito por isso. - Videl disse em relação à morte dele e como, anos atrás, quase perdera a mãe em um assalto, mas que a tivera salva pelo guerreiro dourado, um herói que a motivou desde então a proteger os inocentes, mal sabendo ela que esse guerreiro estava bem a seu lado.

 

 

- Não sinta, foi escolha dele continuar no mundo dos mortos para proteção de todos, no início, eu me senti irritado, mas com o tempo entendi tamanha preocupação e relutância. - Gohan disse, terminando de lavar os pratos e entregando o último a ela. - No mínimo, espero que ele esteja orgulhoso de como tenho cuidado das coisas nesse planeta. - Finalizara ele sob o olhar da garota, que estranhava esse jeito do rapaz falar, quase como se ele não fosse um humano.

 

Assim passaram os dois em meio a esse intervalo, conversando e planejando como abrir um clube, qual nome utilizar, que matérias abordar, como Gohan abordaria as palestras e principalmente quais estudantes convidar primeiro.

Em si, pouco notando ambos que acabaram de dar início a uma amizade entre eles, sem bajulações ou busca por status do nome de seus pais.

 

 

[ ... ]

Erasa, certo? - Gohan perguntou quando esperara do lado de fora da porta da sala de aula, onde vira uma garota de cabelos louros e olhos esmeralda, saindo com o celular entre as mãos.

 

 

- Son Gohan? - Ela perguntara com certo olhar de cima para baixo nele, não vendo nada do que reclamar, logo seguiu o mesmo quando começaram a caminhar pelo corredor.

 

 

- Estive vendo suas notas e até que não são nada mal. - Gohan dizia onde mostrava o percentual de classe a ela. - Mas que sua presença em sala de aula é em si medíocres, se posso dizer. - Disse ele direto ao ponto, fazendo a menina afiar o olhar para ele.

 

 

- E daí, vai me julgar agora, ó preferidinho da professora. - Erasa ditou sarcasticamente. - O que importa como estou em classe quando minhas notas beiram a perfeição.

 

 

- Importa quando a presença em classe é um dos fatores a lhe fazer receber seu salário e sabemos bem que você torrou todo o primeiro com maquiagens ou sabe lá o que. - Gohan a pegou num ponto fraco, mas que pelo visto ela não admitiria.

 

- Mas não estou aqui para te julgar e sim te ajudar. - Gohan disse entregando um panfleto onde ele editara graficamente na sala dos professores. - Clube do Livro das classes do ensino médio, se quiser entrar é só se inscrever.

 

 

- E por que eu entraria em um clubezinho de nerds? - Perguntou ela, quando Gohan já ia embora.

 

 

- Porque o clubezinho de nerds é que te dará certeza de receber seu salário completo todo início de mês. - Gohan disse seriamente. - Mas, sem pressão, não estou forçando-a nem nada, a muitas outras que posso chamar no seu lugar. - Finalizou ele indo embora, deixando a menina pensativa para trás, e até insultada por ser considerada normal como as outras.

 

 

[ ... ]

- Son Gohan, favor comparecer ao escritório principal do conselho estudantil.

Gohan escutara um anúncio duplo em seu nome, onde pensara que teria tempo de correr até o próximo suposto integrante do clube, mas que agora teria de interferir sua rotina e deixar para depois das aulas.

 

 

== Escritório do Conselho Estudantil ==

Era o que Gohan lera anunciado na porta, onde ao bater fracamente, pode escutar o som de alguns passos apressados e cadeiras arrastadas, seguido de uma resposta permitindo-o entrar:

 

- Com licença. - Gohan anunciou ao abrir a porta e ver de cara uma mesa retangular com dez cadeiras por toda sua extensão, sete delas estavam ocupadas por garotas, com o mesmo só reconhecendo duas delas de sua classe.

 

 

- Bem-vindo! - Anunciou Rias, no canto da mesa de frente para ele. - Não tenha vergonha, pode entrar. - Continuou ela, com Gohan indo em direção à mesa e estudando automaticamente a aura de cada um dali.

 

- Já nos apresentamos na cerimônia, mas só para garantir... sou Gremory Rias, presidente do conselho estudantil das classes do ensino médio. - Disse a ruiva de olhos azulados de frente para ele.

 

- Essa a meu lado direito é Himejima Akeno, vice-presidente e nossa colega de classe. - Apresentou ela a morena de olhos lilás.

 

- Essa do meu lado esquerdo é Sitri Sona, nossa conselheira, da classe 1-B. - Apresentou ela a outra morena de olhos arroxeados, porém essa com um estilo de corte curto em seus cabelos.

 

- Em seguida temos nossa tesoureira, Ichihara Suzune, também da classe 1-B. - Dessa vez era uma morena com cabelos escuros e olhos castanhos.

 

- Logo temos Watanabe Mari, presidente do comitê disciplinar, classe 1-C. - Era uma morena de cabelos curtos, com olhos caramelo claro.

 

- Essa é nossa secretária, Nakajo Azusa, conhecida como Azinha, também da classe 1-C! - Rias riu do olhar fulminante que a garotinha de cabelos claros e olhos esmeralda deu a ela.

 

- E por fim, mas não menos importante, temos Saegusa Mayumi, encarregada do comitê de clubes escolares. Sendo a única da classe 1-D.

 

- Agora que as apresentações foram feitas, gostaríamos de abordar dois tópicos com você, o primeiro estudado e aprovado já tem um tempo pelo setor de funcionários da escola e outro sobre um recente clube visando se instaurar após o período de inscrições. - Rias disse ao indicar para Gohan se sentar.

 

 

- Ah, isso... - Gohan murmurou. - Não tem muito mistério sobre o clube, Rias e Akeno sabem bem do estado patético de nossa classe e no mínimo quero que alguns estudantes possam garantir uma nota considerável. - Ditava ele sem uso nenhum de honoríficos padrões do Japão, nos quais atraia certa atenção, mas que para ele era tão natural desde que nunca em sua infância visou utilizá-los e em si nunca viveu em sociedade para se adequar a elas e suas leis.

 

 

- E isso não tem nada a ver com Satan Videl? - Akeno perguntou com um olhar malicioso ao Saiyaman.

 

 

- Heh, é... acho que em partes sim. - Gohan respondeu fingindo certo ato adolescente com um olhar malicioso contra a vice-presidente, sob ruborização das outras garotas.

 

 

- Bom, em si o setor de professores aprovou no mesmo instante quando descobriram que você seria um dos líderes do clube, desta forma o financiamento poderá muito bem ser abordado aqui no conselho estudantil todos os meses, junto a lista de matriculados e temas abordados. - Dessa vez foi Sona quem explicou, sob consentimento de Gohan.

 

 

- É claro, com uma única condição. - Foi Mayumi quem interrompeu gentilmente.

 

 

- Que seriam? - Gohan indagou curiosamente, enquanto juntava as mãos apoiando seu queixo nelas.

 

 

- Que o conselho estudantil tenha liberdade de participar das palestras do Clube do Livro, junto é claro ao primeiro tópico de nossa questão, a sua eleição como novo membro do comitê disciplinar.

 

 

- Comitê disciplinar? - Gohan voltou seu olhar para Mari, que era a presidente de tal comitê.

 

 

- Gohan, o comitê disciplinar é aquilo que coloca ordem em nosso campus por um todo, é o único setor independente que age sem restrições do conselho estudantil, por isso de ter Mari-chan como nossa presidente, sendo que já temos esse cargo e o de vice no conselho. - Rias explicou.

 

 

- Certo, interessante até, mas eu não tenho tempo. - Gohan disse sob atenção delas. - Digo, tubo bem que estou criando um Clube do Livro, mas isso é mais pelo fato de eu tentar criar alguma relação nessa escola, ou falando sério minha mãe viria voando para cá só para me espancar por continuar sendo um solitário recluso sem vontade de viver em sociedade feito meu pai. - Riu Gohan do fato de sua mãe não gostar nada dele, só estar treinando e lutando fora das aulas e não criando amizades.

 

 

- Bom, mas não acha que participar como membro do conselho seria ainda mais benéfico? - Riu levemente Mayumi quando viu que Gohan não tinha vergonha de fingir ser o filhinho da mamãe como muitos outros de sua idade tinham, na verdade, parecia ter até orgulho.

 

 

- É complicado, digo... tem momentos do meu dia que eu literalmente tenho que correr para outras responsabilidades de meu trabalho, às vezes até em sala de aula, mas normalmente minha agenda é bem mais ocupada no período da tarde até a madrugada. - Gohan explicava seriamente. - Isso não é algo que posso deixar de lado e nem entrar em detalhes, pois não irei, mas... se fosse para participar desse comitê disciplinar, então eu precisaria de liberdade para escapar de vez em quando.

 

 

- Bom, não seria o melhor dos exemplos ter um de nossos membros fugindo de seus deveres no meio do expediente, mas acho que podemos dar um jeito. - Mari explicou pensando em toda a equipe que tinha. - Mas, isso é claro se você conseguir manter um status de ordem adequado e isso é sério mesmo, sem brigas em corredores, sem correrias, vandalismos, bullying e ações do tipo e principalmente, sem uso acidental de magia, pois nossos estudantes continuam em processo de adaptação mágica antes do início das aulas reais e qualquer descuido, pode causar um caos.

 

 

- Vou ter liberdade de usar força física contra eles? - Gohan perguntou seriamente, não brincando em momento algum e fazendo as garotas recordarem dos pontos físicos que ele teve na cerimônia de início escolar.

 

 

- Com juízo e mantendo a ordem em nosso campus, sim. - Mari também respondeu seriamente.

 

 

- Bom, então acho que tudo bem largar algumas horinhas do meu trabalho e continuar aqui na escola até mais tarde. - Gohan explicou, suspirando e largando o ar de seriedade na sala.

 

 

Ato que fez todas suspirarem em alívio, notando-se só agora como o ar da classe ficou denso no estado levemente autoritário e de debate de Gohan.

Assim, com eles continuando tudo numa conversa calma e fluida, onde era explicado agora seus deveres e relatórios semanais que deveria escrever ao conselho.

A conversa, na verdade, estava bem animada com o passar do tempo e foi aí que as coisas começaram a desandar.

Quando um dos membros do comitê disciplinar chegou para realizar seu relatório semanal, chegou para realizar seu relatório semanal.

Seu nome sendo: Hattori Gyobu, e era uma espécie perfeita de aluno engomadinho, vindo de uma família rica e com um pensamento retrógrado completamente esnobe, que fazia Gohan querer só cair fora dali com o quanto de besteira essa criança falava, a cada frase dita era mais como se ele puxasse o saco do conselho estudantil e principalmente hostilizava qualquer aluno de categoria Aborto, enquanto estimulava os de categoria Elite.

 

 

- Bom, vamos lá, Gohan-kun. - Mari chamou ao recolher o relatório e assim ir em direção à porta.

 

 

- Para onde? - Gohan perguntou, acompanhando.

 

 

- Quero lhe mostrar nosso "quartel-general", será lá onde você receberá seu uniforme como membro do comitê disciplinar. - Mari explicou de forma brincalhona, com Azusa dando indício de que os acompanharia.

 

 

- Watanabe-senpai, espere um pouco. - A única voz masculina restante na sala interrompeu a mesma de abrir a porta.

 

 

 - Que foi, vice-presidente Hattori Gyobushojo Hanzo? - Mari perguntou, com Gohan estranhando ao pensar que a maneira como o rapaz havia se apresentado fosse o seu nome.

 

 

- Por favor, não me chame pelo nome completo! – Esbravejou, envergonhado, o rapaz.

 

 

- Tá bom, vice-presidente Hattori Hanzo. - Mari novamente disse, com o rapaz se aproximando dela.

 

 

- É Hattori Gyobu! - Censurou ele. - Antes era um nome político, mas agora é como me registraram na escola. - Explicou ele sob a situação de sua família, dando a entender que queria explorar tal título através de seus méritos.

 

- Ah, esquece, não é disso que precisamos conversar. - Cortou-o, sob qualquer argumento dela. - Sou contra aquele calouro ser incluído no comitê disciplinar.

 

- Jamais um Aborto fez parte do comitê e não é agora que finalmente entrei no ensino médio que verei algo assim manchar nosso nome. - O rapaz dizia, encarando Gohan de forma hostil, fazendo o Saiyaman no mínimo se divertir com algo tão patético assim.

 

 

- Deixe-me lembrá-lo de uma coisa muito simples, nossa escola por um todo é dividida em classes de Abortos e Elites somente para melhor classificar as matérias a serem abordadas e nada mais que isso. - Mari respondeu seriamente. - É proibido hostilidades de alunos, independente de seus status escolares ou familiar fora daqui.

 

- Você é bem ousado para falar esse termo na minha frente. - Mari continuou dando um passo à frente, fazendo o rapaz vacilar. - Principalmente alguém no cargo de vice-presidente do comitê disciplinar da escola mais renomada do país. - Finalizou ela, com o peso do cargo dele sendo sentido agora.

 

 

- Não vai adiantar nada ficar falando disso ou tentar me ameaçar. - Gyobu citou, tomando certa coragem. - Meus pais são patrocinadores importantes dessa escola.

 

 

- Em termos simples, só quer dizer que compraram seu cargo antes das aulas começarem, somente não podendo comprar o meu já que havia sido abordada antes disso. - Mari explicou, sabendo bem da situação.

 

 

- Sim, você pretende lidar com um terço de todo o corpo estudantil, só para proteger esse Aborto inútil. - Disse o rapaz arrogantemente, fazendo Gohan arquear uma sobrancelha pela audácia desse garoto, quando na sua visão era como um protozoário querendo se fazer de importante. - O trabalho do comitê disciplinar é inibir os estudantes de violar as regras do uso de habilidades práticas.

 

- Um mero Aborto que nunca nem mesmo treinou magia não saberia o que é o peso dessa responsabilidade.

 

 

- Caso não esteja se lembrando, ele foi o único estudante a completar todas as opções de Liberações Magicas em seu percentual, algo que pode muito bem ir além, pois não temos capacidade de leitura a todos os elementos presentes em nosso planeta. - Mari contra respondeu.

 

 

- Não muda o fato de ele não saber usá-las, ou seja, um mero Aborto inútil. - Gyobu explicou elevando a voz, devido a não gostar dessa discussão. - Diferente do meu caso, fui treinado desde cedo nas áreas magicas mais famosas desse mundo.

 

 

- Recém-nascidas. - Gohan interrompeu, já não gostando de estar perdendo tempo.

 

 

- O-oque? - Gyobu perguntou, não acreditando na audácia desse aborto em interrompê-lo.

 

 

- Habilidades magicas recém-nascidas, como um bebê prematuro que ainda tem muito o que evoluir pela frente. - Gohan citou. - Não adianta de nada dizer que domina uma área só porque sabe soltar faíscas das mãos ou soprar labaredas de chamas, controle é algo total e os humanos estão muito, muito longe de alcançar isso quando nem conseguiram vislumbrar o KI. - Gohan finalizou teoricamente em relação a tudo que vinha estudando dessa nova abordagem dos humanos no uso diluído que é o KI, pois o manejo deles e o método total que sua raça e amigos utilizam era a verdadeira essência.

 

 

- Ora, seu Aborto maldito e o que saberia de tudo isso... nem para se tornar uma Elite real serviu, meros poder de luta de 5,5, comparados aos 10 em que eu estou. - Esbravejou Gyobu, com Gohan rindo sob a atenção de todas as garotas que se reuniam agora em um canto para assistir à discussão.

 

 

- O que foi? - Gohan riu sarcasticamente. - Vamos medir o tamanho com uma régua? - O mesmo foi irônico enquanto deixava o duplo sentido ali. - Cresça, menino, o que os humanos alcançaram hoje na era moderna foi uma bela evolução quando nunca tiveram nada para manipular de seus corpos, mas ainda tem muito o que se evoluir e mal saíram das fraldas para já estar se achando com isso.

 

 

- M-maldito. - Praguejou o rapaz devido às meninas estarem rindo da discussão. Ao mesmo tempo, tocava seu pulso e apontava para Gohan.

 

 

"Espíritos do trovão, subjugai com vossa eletricidade e devastai num choque."

Anunciava ele o feitiço de três frases com um círculo rúnico arroxeado se formando, junto a um choque elétrico, explodindo em direção a Gohan.

 

 

As meninas até tentaram se levantar para impedir isso, mas era um relâmpago e muito rápido, onde ao se chocar contra Gohan, fora simplesmente...

 

Anulado?

Era a pergunta que cada um fazia ali, pois Gohan nada mais fez que suspirar quando o relâmpago veio em sua direção.

Ao menos foi o que todos viram, exceto três garotas de cabelos ruivos e morenos que cochicharam umas com as outras, quando viram o suspiro de Gohan cortar o vento e criar uma leve ondulação que impediu a eletricidade de tocar seu uniforme.

 

 

- Hm... magia do livro escolar, pensei que seria praticada em sala de aula na próxima semana. - Gohan murmurou, sob arregalar de olhos do seu adversário. - Pois bem. - Continuou ele se virando para a esquerda e ficando de lado, enquanto apontava a palma de sua mão em direção à parede, fazendo seu adversário estranhar a isso e não sair do lugar devido a não estar no ponto alvo, um grande erro é claro.

 

 

"Espíritos do trovão, subjugai, com vossa eletricidade e devastai num choque."

Gohan ditou o feitiço com quatro frases e não o comumente de três frases, fazendo seu adversário rir arrogantemente pela falha que seria isso, mas que arregalara os olhos em seguida quando a runa magica arroxeada se formou, com um relâmpago se propagando reto e velozmente se curvando para direita, indo direto no rapaz que o fizera rolar no chão eletrocutado.

 

O arregalar de olhos foi até engraçado na visão de Gohan, mas logo ele se cansou de ver a cena boba e fragilizada do rapaz.

 

 

- Já pode parar com a encenação, suprimi meu KI ao mínimo de sua raça, então o choque foi até inferior ao de uma cerca elétrica. - Gohan explicou, onde via o rapaz se levantar. - Você se diz tão forte e evoluído comparado a um Aborto que nem eu, mas nem ao menos se tocou de que feitiços podem ter suas frases alteradas e que no processo sua funcionalidade se alteraria... por isso digo que são recém-nascidos com brinquedinhos novos.

 

- Devo te lembrar que ainda é um mero estudante do primeiro ano do ensino médio? - Gohan dava mais uma dura do que perguntava.

 

- Isso que vocês humanos chamam de magia, eu também chamo de KI. - Gohan disse sob atenção de Rias, Sona e Akeno, nas quais somente escutaram isso uma única vez e não foi nenhum pouco perto do plano que elas estavam. - A magia, é uma forma avançada de autossugestão, é uma linguagem rúnica e espiritual que usamos para realizar encantamentos e reformular o subconsciente para como objetivo final interferir nos princípios do mundo. Ou seja, as palavras têm poder e não importa se você é um Aborto ou uma Elite... todos podem fazer o mesmo, contanto que saibam manipular isso a sua capacidade interior.

 

- E os humanos acabaram de nascer comparados a todo o potencial vasto universal, acha mesmo que essa arrogância toda e superioridade são reais? - Gohan citou. - Realmente não é, já conheci alguém assim, alguém extremamente forte hoje em dia, que no passado se aclamava como o melhor e superior de tudo, no fim era só ele brincando em um castelinho de areia, um castelo complexo de criar, sim..., mas muito mais fácil de desmoronar quando ele decidia fechar as portas e janelas, excluindo todo o mundo restante de fora.

 

- Hnpf... - Gohan suspirou agora, encarando o grupo de garotas. - Desculpe a cena toda... podemos ir, Mari?

 

 

- Claro. - Respondeu ela sorrindo e seguindo sala afora, junto a Azusa, deixando um adolescente em puro estado de choque, tanto pela bronca, quanto pela intenção assassina que Gohan exalava inconscientemente ao formar círculos rúnicos.

 

Passando assim o tempo final de Gohan, sendo instruído em tudo que deveria fazer com uma nova instrutora de combate, junto a seu novo uniforme e equipamento de segurança, a fim de atuar em suas funções.

 

 

[ ... ]

Sharpner, espera! - Gohan chamara o rapaz quando o vira saindo do ginásio de esportes, as aulas já terminavam e era fim da tarde quando Gohan finalmente teve tempo de ir encontrar o rapaz.

 

Vendo que o mesmo acabara de sair do ginásio de artes marciais, tendo também alguns equipamentos de beisebol em mãos, Gohan vira que com esse rapaz seria um pouco mais difícil de persuadir, claramente ele julgaria negativamente qualquer coisa relacionada a livros, mas comparado ao garoto anterior, Gohan via potencial nesse aqui.

 

 

- Ora, ora, ora... se não é o Aborto do ensino médio. - Sharpner disse fingindo arrogância, mas Gohan podia ver que era só brincadeira dele, já que não sentia hostilidade vinda do rapaz.

 

 

- Vou direto ao ponto, acho que você é bem burro por fechar o mês e iniciar outro com a conta bancária zerada. - Gohan disse, com agora a sensação de irritação exalando do rapaz. - De verdade mesmo, digo... o suposto Aborto aqui começou o mês com a carteira cheia, mas o filhinho de papai aí nem conseguiu dar conta. - Gohan o provocava extremamente perto do rapaz, onde já estava dentro do espaço pessoal dele, com o previsível acontecendo.

 

 

Gohan foi empurrado fortemente contra a parede, mas foi o rapaz loiro quem se impulsionou contra o chão, tendo Gohan se prostrado totalmente inabalado feito uma parede de aço.

 

 

- Mas... também vejo potencial em você nas artes marciais e nos esportes. - Gohan dizia, sem dar chances de o rapaz falar ou esbravejar qualquer coisa. - Aqui! - Gohan disse, entregando um folheto a ele. - Se for inteligente, no mínimo isso... vai procurar nosso clube amanhã à noite.

 

 

[ ... ]

Eram 21:00 da noite quando Gohan enfim chegara em casa, tivera que ser apressado com Sharpner, pois uma emergência urgente precisou ser tratada no Canadá, mas que felizmente ele conseguiu manter tudo bem e sem nenhuma baixa.

Só pensava o mesmo em tomar um banho e comer loucamente, como só os Saiyajins sabiam fazer e era para lá que estava indo.

Demorara cerca de meia hora na banheira, só saíra quando vira sua pele enrugar pelo alto tempo no banheiro, que mais parecia uma sauna pela alta temperatura da água, assim com o mesmo somente vestindo uma cueca e calça comprida, mantendo seu tórax desnudo onde apresentava uma tatuagem de dragão em suas costas, junto a tatuagem de sete esferas no peitoral e barriga. 

 

- "Hm... verdade, tinha que comunicar ela ainda." - Gohan se lembrou quando pegara uma jarra de suco de laranja, e bebia dali mesmo. - "Vamos ver... cadê aquela coisa?" - Continuava ele, pensando enquanto seu corpo relaxava cada vez mais da recente onda de adrenalina diária que teve, sendo agora seu momento solitário de paz.

 

 

Pegando sua mochila escolar, revirava o mesmo enquanto tirava um aparelho dado por Bulma, onde ele mantinha contatos privados salvos, retirava a tarja de membro de defesa que recebeu de Kurokami Medaka, a instrutora de combate físico e magico do comitê disciplinar da classe 1-D, a garota que mais parecia uma singularidade pela força que ele sentiu exalar dela.

Seguidamente por seus cadernos de anotações, livros, estojo com canetas, lápis, borrachas, lapiseiras e marca-textos coloridos.

Seus óculos presenteados por Bulma e enfim chegando a seu segundo aparelho celular. 

 

- Vejamos. - Gohan matutou enquanto ia até a lista de contatos, vendo o número salvo de todos os membros do conselho estudantil, de suas professoras, diretora e finalmente chegando na letra "v", onde achara quem estava procurando, clicando rapidamente em iniciar ligação. - Será que coloquei crédito?... Ah, é, a escola paga esse daqui. - Lembrou Gohan que estava segurando o aparelho dado por sua professora e não o de Bulma, que era bem mais independente e automatizado.

 

 

- Alô, aqui é a Videl. - Foi a voz que ele escutara do aparelho.

 

 

- Videl, é o Gohan... queria dizer que em relação ao grupo deu tudo certo, pelo menos na parte burocrática sim. - Gohan disse de início.

 

 

- Fiz minha parte também, consegui apoio dos funcionários e sem bajulações como você pediu, mas é... um local como o que pedimos está sendo feito esta noite e amanhã à noite já poderemos dar início em nosso clube de estudos.

 

 

- Sim, sobre isso... - Gohan disse, sentindo que não seria muito bem aceito. - Algumas pessoas tiveram que ser inclusas para isso acontecer.

 

 

- Que pessoas? - Era desconfiada a voz que ele escutou e mentalmente podia imaginar a face mandona de Videl no processo.

 

 

- Gremory Rias, Himejima Akeno e mais um bando do conselho estudantil irão participar das palestras. - Gohan começou, só para ter a ligação encerrada, quando iria continuar. - Quê?

 

 

Ligando novamente, Gohan logo escutou ser atendido no mesmo momento:

 

- Acho que a ligação caiu, estava dizendo que o conselho estudantil far... - Novamente ligação encerrada e agora Gohan sabia que não era acidental, principalmente pelo bufo irritado que escutara de Videl antes dela encerrar a chamada. - Essa garota.

 

 

Ligando novamente:

 

- Vid... - Ligação encerrada, de novo.

 

 

Ligando novamente:

 

- SE DESLIGAR, SEU PAI É CORNO! - Gohan gritou, só para ter a ligação encerrada, seguidamente ele riu altamente quando vira que na tela de seu celular, que agora era Videl quem estava ligando para ele. - Alô, minha querida.

 

 

- Vai se fuder, Son Gohan! - Videl esbravejou com raiva. - Pegue seu harém escolar e fique longe do meu grupo. - E assim novamente a ligação foi encerrada.

 

 

- Tá bom, que se foda. - Gohan se levantou. - Essa menina já tá me irritando mais que o governo, só porque eu sonego imposto ao invés de dar de mão beijada meu tão suado dinheirinho... canalhas. - Seguindo porta dos fundos, Gohan rapidamente a trancara, enquanto ia até a área de pouso e assim levantara voo, dessa vez veloz, mas sem quebrar a barreira do som, na qual com certeza perturbaria seus vizinhos. 

 

 

[ ... ]

{ 21:45 }

== Colégio Particular Satan: Dormitório Feminino ==

Gohan estava irritado, irritado não, estava puto da vida mesmo.

Tivera um dia cheio, seguido de combates do outro lado do planeta, só para ter a mídia xingando-o nos jornais e, após tentar colocar certa importância nesses assuntos escolares, ter essa menininha pagando de deus para cima dele e ainda alegar ele estar formando um harém.

 

 

- "Hm... se bem que essa parte eu não me importei." - Pensou ele tendo um vislumbre mental de todos os membros do conselho estudantil. - "Não, Gohan, foco..." - Finalizou ele mentalmente enquanto voava pelos prédios e enfim encontrava o KI de Videl.

 

 

Dando curtos toques na janela de vidro entreaberta do quarto iluminado pelas lâmpadas, porém oculto pelas cortinas, Gohan vira uma sombra feminina se aproximar enquanto abria as cortinas, era Videl, com um olhar de puro desprezo..., mas que lentamente iam se arregalando quando vira Gohan sem camisa e de braços cruzados ali, bem ali... janela afora.

Mas não era seu estado físico que mais faziam ela estar sem reação, era o fato de os dormitórios femininos do ensino médio estarem no sexto andar de tamanho prédio.

Vendo que ela não reagiria por um tempo, Gohan abrira a janela entreaberta e assim flutuara quarto adentro.

 

 

- Precisamos conversar. - Gohan disse se sentando na cadeira da mesa do computador, fazendo assim a menina enfim se tocar e agora encarar seguidamente ele, a janela, o chão e o céu do campus estudantil.

 

 

- M-mas... que porra! - Videl gritou, agora focando sua atenção toda nele.

 

 

- Magica, minha querida. - Gohan fingiu uma cena com os braços, sorrindo no processo. - E não desligue na minha cara, eu detesto.

 

 

Escutando passos porta afora, Gohan afiou o olhar quando viu a porta ser aberta lentamente, com uma mulher de cabeleira loura aparecendo.

Pensara ele que tal KI era de outro dormitório, mas subestimara-o o tamanho que tal local era, o que podia dizer, né... filha do diretor.

 

 

- Olá, eu sou o Gohan! - Acenou o Saiyaman para a mulher, com um gesto tão semelhante ao de seu pai no passado, seguido de ver agora uma figura masculina de cabelos afro surgir ali. Esse ele conhecia: era Hércule Satan, o humano mestre das artes marciais da cidade Tóquio.

 

Para ele, a situação ali era bem simples, conversar com Videl cara a cara e resolver logo essa situação, para assim voltar para casa, jantar, seguidamente de seu corpo dormir e alma meditar em puro treinamento astral.

Mas aos olhos dos adultos não era bem isso, de um lado tínhamos Videl, com seu pijama de dormir que era bem decotado e do outro um homem bombado, sem camisa e com tatuagens, agindo todo autoconfiante no quarto da princesinha da família Satan.

Resultando em só uma coisa pelo olhar atrevido da loira e fulminante do moreno, é claro: Muita confusão.

E com isso dou fim ao quarto capítulo da Mystic Saiyaman.

Espero que todos estejam gostando, e não pensem que esqueci das artes magicas que Gohan pode desenvolver com o Ki, um curto vislumbre disso foi lembrado no capítulo hoje, junto ao fato de cada vez mais apresentarmos como Gohan atua heroicamente no mundo, estilo Superman dos filmes de Zack Snyder.

Principalmente tendo a visão do público perante seus atos, que o enxergam como um Deus na terra, e com isso vindo o ódio de muitos e gratidão de poucos.

De todo modo, espero que estejam gostando, deixarei fotos de cada personagem apresentado no capítulo, e sim, eles pertencem a outros animes, mas não é um crossover, é só a aparência e personalidade sendo aproveitadas aqui.

Enfim, aguardo geral na seção de comentários. XD

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Vídeo que Serviu de Inspiração para criar uma imagem de como Gohan atua como Herói pelo Mundo, e como o mundo responde.

Obs: Imaginem Gohan como Super Saiyajin 1 no lugar do Superman do vídeo.

https://www.youtube.com/watch?v=qwRVNc7Qp78

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== Personagens Apresentados ==

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Satan Videl (Estudante 1-A):

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Erasa (Estudante 1-A):

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Gremory Rias (Presidente do Conselho Estudantil 1-A):

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Himejima Akeno (Vice-Presidente do Conselho Estudantil 1-A):

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Sitri Sona (Conselheira 1-B):

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Ichihara Suzune (Tesoureira 1-B):

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Watanabe Mari (Presidente do Comitê Disciplinar 1-C):

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Nakajo Azusa (Secretaria 1-C):

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Saegusa Mayumi (Encarregada do Comitê de Clubes Escolares 1-D):

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Hattori Gyobu (Vice-presidente do Comitê Disciplinar):

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Sharpner (Estudante 1-A):

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Kurokami Medaka (Instrutora de Combate Físico e Mágico do Comitê Disciplinar):

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Satan Mitsuki (Mãe de Videl):

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Satan Hércule (Pai de Videl):

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