Ciana sussurrou, "Você acha que ele pode nos ver? Como ele sabe que estamos aqui?"
"Mesmo que ele veja, não dirá nada."
"Tem certeza?"
Eu assenti. Eu conhecia meu sobrinho.
O pai do Alexandre era meu irmão mais velho, Justin, ele foi executado alguns anos atrás quando Alexandre tinha apenas um ou dois anos. Eu não sabia quanto ele se lembrava dos pais, mas isso não o traumatizou menos.
Sabendo que o rei estava chateado com Justin, ninguém neste palácio queria se associar ao herdeiro de um traidor. Alguns até intimidavam o garoto por diversão—provavelmente os fazia se sentir superiores enquanto contavam aos seus amigos bêbados que já haviam provocado um príncipe e saíram impunes.
Bem, se não encontrassem comigo. Esses bastardos receberam o que mereciam e eu me certifiquei de que eles nunca mais pisassem no palácio novamente. No entanto, eu sabia que não era a primeira vez, nem seria a última. E eu não estaria lá pelo Alexandre o tempo todo.
