*Theo*
A janela do meu escritório tinha vista para o jardim. Na maior parte do tempo, eu não prestava atenção alguma nela, mas hoje, parecia que eu não conseguia parar de olhar para fora.
Ela se foi. Realmente se foi desta vez. E eu não poderia segui-la como fiz na última vez que ela fugiu. Não, era melhor assim. E mesmo que doesse agora, eu sabia que eventualmente superaria.
Com toda a experiência que eu tinha em estar completamente sozinho, eu sabia do passado que eventualmente esqueceria tudo sobre ela.
Eu esqueceria o formato do rosto dela, como a boca dela se curvava para cima nos cantos quando ela sorria, o brilho nos olhos dela quando ela estava feliz.
Eu esqueceria o cheiro dela—aquela fragrância fresca e calorosa de todas as coisas adoráveis e acolhedoras.
Eu esqueceria a maciez da pele dela e como os lábios dela se encaixavam perfeitamente nos meus.