Maeve
Não podia ser.
Aarão balançou a cabeça para mim, seus cachos caindo sobre seu rosto. "Maeve," ele disse, com uma voz séria, nada parecida com a do homem que eu havia conhecido horas antes. "Você está... bem."
Eu conseguia ver o sorriso escondido no canto da boca dele. Eu o encarei, o que o surpreendeu, uma de suas sobrancelhas escuras arqueando.
Ernesto estava parado entre nós, olhando de um para o outro esperançosamente, um sorriso largo e quase insano colado em seu rosto. "Isso é ótimo!"
"Fantástico," murmurei, sem tirar o contato visual com Aarão. "Você mudou bastante, Aarão."
Algo passou pelo rosto dele com isso, uma expressão de preocupação? Eu não consegui discernir direito.
"Já fazem dez anos, se bem me lembro." Ele deu um passo à frente, me olhando por entre um leque de cílios escuros. "Eu esperava estar diferente do que eu era aos, o que, quatorze?"