Ana não fazia ideia de quanto tempo havia passado desde que fora trazida para cá. Além de Narcissa e Ada, não parecia haver outros sinais de vida aqui embaixo.
Por mais que ela se esforçasse para ouvir além da porta fechada, nenhum som surgia e ela cerrava os dentes de frustração. O silêncio era ensurdecedor e agora ela havia perdido todo o sentimento nos braços.
Mesmo assim, a dormência ainda era preferível à dor ardente que havia percorrido seu corpo anteriormente.
Narcissa havia retornado pouco depois de ela e Ada terem removido Brad de sua cela e o levado para lugares desconhecidos. Ela entrou zumbindo para si mesma, empurrando uma mesa com rodas à frente dela, com uma tela de televisão empoleirada no topo.
Na prateleira inferior havia uma bandeja com alguns copos e uma jarra de algum tipo de bebida. Seja lá o que fosse, Ana não achava que aceitaria tão rapidamente. As chances eram de que ela acabasse morta com um gole se ousasse ceder à sua sede.