"Eu a entediei com as histórias da minha família, não é mesmo?"
"Você não me entediou."
"Parece injusto eu não ter perguntado sobre a sua."
Ela franziu a testa, o livro e aquela imagem sobre ele grande e borrada, desaparecendo e tornando-se apenas um pano de fundo, conforme sua mente se desviava para pensamentos diferentes do que estava diante dela.
Tudo o que conseguia pensar era em como sua família havia sido sua grande fraqueza, um desejo vulnerável que o Ladrão de Noivas tinha facilmente explorado e quase se safado, se ela não tivesse sido observadora. Sua mente girava em torno daquela lacuna e o vazio alimentava seu cérebro.
Ela não queria pensar sobre isso, então não diria.
"Você já sabe."
"Não há nada que você queira me contar pessoalmente?"
"Não, Eli. Não tenho nada a dizer." Ela retrucou, arrependendo-se imediatamente. Com mãos desajeitadas, ela empurrou o livro de volta para a prateleira, fazendo-o se misturar com os demais.