Capítulo: A Queda do Castelo
O castelo de Heliópolis, antes imponente e repleto de brilho, agora era um cenário de desolação. As paredes, rachadas pela força de Heitor, tremiam com cada passo que ele dava. O ar dentro do castelo estava denso, carregado com a energia mágica da batalha externa que ainda ecoava. Heitor, com sua armadura imponente, fundida com a Torre Mágica, irradiava um poder que fazia o próprio castelo parecer pequeno diante dele.
Enquanto ele caminhava pelos corredores, os últimos vestígios de resistência do Império Solariano surgiam diante dele: os Corvos Negros, a unidade de elite do imperador, estavam posicionados para o confronto. Seus olhos, frios e calculistas, observavam cada movimento de Heitor, mas nenhum deles sabia o que esperar. Aquela era uma luta que estava além de suas capacidades.
Heitor chegou ao salão do trono. O som dos seus passos ecoava com uma clareza ameaçadora. No centro, o imperador Andrew Solarian aguardava, rodeado pelos últimos homens da sua guarda. Ele estava preparado para enfrentar Heitor, mas sabia, no fundo, que o fim estava próximo.
Sem dizer uma palavra, Heitor ergueu a mão, ativando o feitiço Passos Elementais. A sala parecia distorcer ao seu redor enquanto ele piscava entre os portais formados pelos seis elementos que dominava. Cada movimento seu parecia aniquilar a realidade ao seu redor, tornando-se uma sombra implacável que se movia de um ponto a outro com velocidade e precisão sobrenaturais. Os Corvos Negros tentaram reagir, mas não conseguiram sequer ver Heitor antes de cairem, derrotados e impotentes, seus feitiços desintegrando-se no ar, sem nunca encontrar seu alvo.
Os soldados tentaram se reagrupar, mas era inútil. Heitor estava em todos os lugares ao mesmo tempo. Seus ataques eram rápidos e precisos, com um poder devastador que tornava impossível para qualquer um manter a defesa. Um feitiço de luz cegante explodiu quando Heitor apareceu à frente de um dos Corvos, o mago não teve tempo nem de gritar antes de ser consumido pelo poder absoluto do feitiço.
O imperador, impotente, observava seu império desmoronar diante de seus olhos. Ele sabia que não poderia mais contar com seus soldados ou com qualquer tipo de magia para reverter a situação.
Heitor finalmente se aproximou de Andrew, que estava de pé, com a espada em punho, mas os braços tremendo. O trono, ao redor, parecia uma reliquia de algo que já não existia mais. A resistência de Andrew era a última coisa que restava do Império Solariano.
"Você realmente acredita que pode me deter?" Heitor disse, com uma calma imperturbável. Seus olhos negros, como a noite, fixaram-se no imperador, que, mesmo com todo seu poder, não podia mais se esconder da verdade: a era Solariana chegara ao fim.
Andrew deu um passo à frente, tentando mostrar coragem, mas sua voz falhou. "Você não pode... destruir tudo..."
Heitor não se moveu. A tensão no ar era palpável. "Não há mais império, Andrew. Não há mais poder. Tudo o que você construiu foi reduzido a poeira. Sua jornada terminou."
Com um movimento rápido, Heitor levantou a mão, e um feitiço de energia pura, uma mistura de luz e escuridão, se formou, envolvendo o trono de Andrew. O castelo, que já estava à beira da destruição, agora parecia estar se despedaçando de dentro para fora. Um último suspiro, e o Império Solariano se desfez completamente.
O que restou foi apenas silêncio, o eco da queda de uma nação. Heitor, cumprindo sua missão, olhou uma última vez para o trono vazio. Ele não precisava mais falar. O castelo de Heliópolis, o símbolo de todo um império, estava agora reduzido a ruínas. E com isso, a vingança de Heitor foi finalmente concluída.