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Chapter 13 - 13-O Primeiro Protótipo da Torre

Capítulo 13: O Primeiro Protótipo da Torre

Após o confronto na academia de magia Scalat, Heitor se afastou da agitação e procurou refúgio na floresta. A luta com Zadi Blackthorn havia deixado mais que exaustão física — acendeu também uma esperança inesperada. O despertar de seu núcleo de mana não só ampliara suas habilidades, como também reavivara fragmentos de memórias de uma vida passada, uma vida onde ele havia criado poderosos artefatos mágicos. Entre eles, o mais notável era a torre de mago que ele usava para amplificar suas capacidades e servir como um núcleo auxiliar de mana infinita.

Era uma estrutura majestosa e complexa, mas Heitor estava determinado a recriá-la, nem que fosse uma versão simplificada. Sabia que precisaria evoluir o protótipo aos poucos, ajustando e fortalecendo suas propriedades mágicas até que alcançasse seu potencial máximo. O projeto era ambicioso e desafiador, mas ele acreditava que a torre seria essencial para sua jornada, garantindo a força necessária para proteger aqueles que amava.

Preparação e Reunindo Materiais

Heitor começou pelo básico: reunir materiais. Ele adquiriu cristais de mana puro branco, ainda em estado bruto, e uma quantidade suficiente de pedras robustas para erguer uma estrutura de porte pequeno. Embora o artefato em sua vida passada fosse imponente, ele sabia que teria de começar com algo simples e ajustável, como uma espécie de "casinha" de mana que suportasse as experimentações iniciais.

Na clareira, ele organizou cada elemento com precisão. Os cristais, que seriam a fonte primária de canalização de mana, foram dispostos em pontos específicos do círculo de pedras, que formavam a base da estrutura. Com cada pedra posicionada com cuidado, Heitor sentiu o ambiente ao redor carregar-se de expectativa.

O Ritual de Construção: Invocando Runas e Feitiços

Concentrado e focado, Heitor começou a traçar runas no ar, cada movimento acompanhado por uma leve descarga de mana. A energia fluía de sua mão, moldando símbolos complexos e arcanos. Cada rastro brilhante ressoava com o mana do ambiente, formando um campo vibrante ao redor da construção.

Para a criação da torre, ele dividiu o ritual em etapas:

1. Núcleos Auxiliares — Como primeira etapa, Heitor lançou três feitiços específicos para formar núcleos auxiliares. Cada núcleo foi posicionado em uma pedra estratégica, funcionando como pontos de concentração que iriam capturar e armazenar mana. Esses núcleos auxiliares permitiriam uma estabilidade maior e controlariam o fluxo de energia com precisão, sustentando a base da torre.

2. Canais de Mana — Com os núcleos estabelecidos, Heitor deu início à segunda etapa: a criação dos canais de mana. Ele traçou runas adicionais para conectar os núcleos entre si, formando canais que permitiriam o fluxo contínuo de energia. Esses canais eram como o sistema nervoso da torre, responsáveis por distribuir o mana de forma equilibrada e potencializar o poder de cada núcleo.

3. Reforço Estrutural — Sabendo que a estrutura suportaria grandes pressões de mana, Heitor lançou um feitiço para fortalecer as pedras. Esse feitiço de reforço transformava as pedras em uma espécie de âncora mágica, resistente o bastante para conter o poder da torre sem rachar ou se desgastar. À medida que as runas se fixavam, as pedras começaram a brilhar levemente, como se estivessem infundidas com uma força invisível.

4. Feitiço de União — Finalmente, chegou o momento de lançar o feitiço de união. Esse feitiço era o mais complexo, pois unia os cristais e pedras em um único circuito mágico. Heitor executou movimentos cuidadosos, cada gesto entrelaçando-se com as runas e canalizando o mana para unir todos os elementos. Quando o feitiço de união começou a agir, ele sentiu o fluxo de mana sendo integrado, como se os cristais e as pedras tivessem se tornado partes de um único organismo vivo.

Derramando a Última Gota de Mana

Com a estrutura pulsando em energia, Heitor sentiu que o protótipo estava quase pronto. No entanto, para ativar a torre e torná-la verdadeiramente funcional, ele sabia que precisaria canalizar toda sua mana. A estrutura exigia uma força inicial poderosa para dar início ao fluxo constante de mana.

Com determinação, Heitor fechou os olhos, concentrou-se e começou a transferir sua mana até a última gota para a torre. O processo foi exaustivo, drenando suas reservas rapidamente, mas ele resistiu, comprometido em fazer a torre funcionar. Quando sua energia foi completamente esgotada, a torre começou a brilhar intensamente, as runas irradiando luz e o mana fluindo pelos circuitos como rios de poder.

A estrutura finalmente ganhou vida própria, irradiando uma suave pulsação. Heitor cambaleou para trás, exausto mas satisfeito. O protótipo, ainda rudimentar, era uma realização extraordinária — um pequeno núcleo mágico que serviria como o primeiro passo para sua torre completa.

Uma Promessa para o Futuro

Observando a torre pulsando, Heitor sentiu que esse era apenas o início de uma longa jornada de aprimoramentos. O protótipo ainda estava longe de alcançar o poder da torre que ele possuía em sua vida passada, mas ele sabia que, com paciência e dedicação, seria capaz de torná-la cada vez mais forte. Em sua mente, já visualizava novas camadas de runas e circuitos, aperfeiçoamentos que dariam à torre uma força inigualável.

Para Heitor, aquele pequeno artefato recém-criado representava mais que poder. Representava também sua conexão com seu passado e a promessa de um futuro onde estaria mais preparado para proteger aqueles que amava.