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Chapter 26 - A nova Rival

Capítulo: A Trégua Temporária

A carruagem de Takanarraba parou em frente ao hotel, quase ao mesmo tempo que a da Assistente. O motorista da outra carruagem saltou para ajudar, mas ambas as jovens já estavam fora, olhando-se com surpresa.

TAKANARRABA (com um sorriso provocativo): "Nossa, amiga! Até que você se arrumou rápido. Não esperava isso de quem precisa de um caminhão de maquiagem pra parecer apresentável."

A Assistente sorriu com a calma de quem guardava uma resposta afiada.

ASSISTENTE (desdenhosa, ajeitando os cabelos soltos): "E eu que achei que a vaquinha aqui ia demorar, com todo esse tempo perdido escolhendo entre parecer cute ou adulta."

As duas se encararam por um momento, os olhares medindo-se mutuamente, antes de se virarem para subir os degraus do hotel.

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Takanarraba estava deslumbrante. Seus longos cabelos, metade pretos e metade brancos, caíam soltos, emoldurando um rosto maquiado na medida certa para acentuar sua doçura. A roupa justa que usava destacava suas curvas de forma que, pela primeira vez, parecia menos uma garota fofa e mais uma mulher madura, confiante e extremamente atraente.

A Assistente, por sua vez, surpreendia. Trocara sua calça e camisa sociais, que lhe conferiam uma aparência séria e masculina, por um vestido casual azul de corte elegante. O cabelo loiro, solto e bem cuidado, combinava perfeitamente com a leve maquiagem e o batom vermelho que lhe davam um ar sofisticado e de classe burguesa.

As duas caminhavam lado a lado, o clima ainda carregado de tensão.

TAKANARRABA (sorrindo de canto): "Preciso admitir... Você sabe se arrumar. Tá até parecendo que tem sangue nobre."

ASSISTENTE (arqueando uma sobrancelha): "E você, decidindo finalmente usar roupas que te servem. Quem diria que a vaquinha sabia como valorizar o que tem?"

Takanarraba riu, mas logo voltou a encarar a rival.

ASSISTENTE (de repente mais séria, mas calma): "Sabe, eu gosto de homens altos. Sempre gostei. E... o Sempai, ele é especial pra mim."

A híbrida piscou surpresa, sentindo o rosto esquentar com a confissão inesperada. Ainda assim, tentou manter o controle, cruzando os braços.

TAKANARRABA (fingindo confiança): "Que bom que gosta dele! Assim fica mais fácil te aceitar como concubina quando nos casarmos."

A Assistente parou no meio do corredor, apertando os olhos. Ela sorriu com ironia.

ASSISTENTE: "Concubina, é? Engraçado você dizer isso... Porque já estou bem à frente. Já beijei o Sempai."

A provocação fez Takanarraba arregalar os olhos, a cor sumindo de seu rosto. Ela abriu a boca, mas as palavras ficaram presas.

TAKANARRABA (murmurando): "B-b-... beijou? Ele?"

A loira assentiu com um sorriso satisfeito. Mas antes que pudesse dizer algo mais, Takanarraba ergueu o queixo, tentando recuperar a compostura.

TAKANARRABA (nervosa): "E daí? Quando éramos crianças, eu e o Sempai sempre nos banhávamos juntos no rio. Sem roupas!"

A risada da Assistente ecoou pelo corredor, forte e sem controle.

ASSISTENTE (entre risos): "Minha criança, isso não conta! Mas, se isso tivesse acontecido agora, quando vocês já são adultos... aí sim seria algo pra me preocupar."

Takanarraba ficou confusa, o rosto corando ainda mais enquanto ponderava as palavras. A Assistente, por sua vez, lançou-lhe um olhar divertido enquanto subiam as escadas.

ASSISTENTE (provocativa): "Ficou quieta, hein? Que foi? Já desisti--"

TAKANARRABA (interrompendo, triste): "Você... roubou o que era pra ser meu."

O sorriso da Assistente desapareceu por um instante. Ela parou no meio do lance de escadas e virou-se para Takanarraba, que evitava seu olhar, os olhos brilhando com lágrimas contidas.

ASSISTENTE (suspirando): "Tá bom... Eu fui longe demais. Me desculpe. Eu não sou esse monstro sem coração."

Ela aproximou-se e, hesitante, abraçou Takanarraba.

ASSISTENTE: "Vamos lá, amiga. Ainda faltam três andares. Não queremos nos atrasar, né?"

TAKANARRABA (murmurando): "Eu sempre quis que meu primeiro beijo fosse com ele. E queria que fosse o primeiro dele também."

A Assistente pareceu hesitar antes de tentar aliviar a situação.

ASSISTENTE: "Olha, se isso te confortar, não foi nada apaixonado. Só um selinho."

TAKANARRABA (seca): "Não quero falar sobre isso. E não vou deixar você ir muito além."

A loira apenas assentiu, respeitando o limite.

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Quando chegaram ao andar, ambas pararam abruptamente. Em frente ao quarto de Loko, estava uma mulher alta e elegante. Os cabelos negros brilhavam sob a luz, e seus olhos azuis observavam as duas com um misto de curiosidade e diversão. Ela sorriu, doce e maliciosa ao mesmo tempo.

ASSISTENTE (com firmeza): "E aí, garota. Tá perdida?"

MULHER (voz suave e inocente): "Perdida? Eu?" (sorriso malicioso) "Claro que não. Estou esperando o meu homem terminar de se arrumar. A noite Hoje promete né?."

Assistente (irônica): "Serio? Que bom pra você vadia, quero dizer, amiga, mas só tem um probleminha!"

Mulher (tocando os lábios pensativa): "Nossa, qual problema? Eu não vejo nenhum."

Takanarraba (direta): "Você deve não saber ler!"

Mulher (Sorrindo): "Acho que é um engano da sua parte, é claro que sei ler, Fofa!"

Assistente (séria): "Então por que está na frente da porta do nosso queridinho?"

Mulher (disfarçando e sorrindo de um jeito fofo): "Nossa, e bem óbvio né!" (ficando séria) "E quê... Ora... O cabelinho verde é meu!"

As palavras pairaram no ar como um soco. A Assistente e Takanarraba trocaram olhares, entendendo imediatamente: uma nova rival.

Sem dizer nada, as duas ergueram os mindinhos, unindo-os como em um pacto silencioso.

TAKANARRABA: "Quer fazer uma trégua, amiga?"

ASSISTENTE: "Claro. Só até derrubarmos esse urubu."

A mulher misteriosa continuou sorrindo, fingindo ignorância, enquanto Takanarraba e a Assistente a encaravam com olhares tão ferozes que era quase possível ver faíscas entre elas.

MULHER (sorriso inocente): "nossa!" (fingindo espanto) "Não me digam que as duas amiguinhas também vão sair com ele?"