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O jovem Rei dos Reis , Romeo O Grande da Macedônia.

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Chapter 1 - Romeo , Príncipe do império Macedônico

323 a.C. – Império Macedônico

Geral:

Era um dia de luto em todo o império. O grande rei, o Rei dos Reis, havia falecido. Não em campanhas gloriosas ou lendárias, não de ferimentos de guerra, mas de um simples corpo cansado de tanta luta. E como sei disso? Porque eu sou Romeu Alexandre IV, filho e herdeiro deste grande homem. E esta é a história de como não só mantive o império, como conquistei o planeta inteiro.

Romeu:

Macedônia, Império Macedônico

Na grande mansão, localizada na área nobre da cidade de Pela, um jovem de 15 anos lia em uma enorme biblioteca. O jovem parecia forte para sua idade e alto, um típico macedônio. Ele usava roupas simples e confortáveis, com uma espada descansando ao seu lado.

Romeu já era conhecido, pelo menos na Macedônia, como um prodígio das artes marciais, e muitos diziam que sua força quase mítica provava as alegações de sua avó de que ele era descendente de Zeus.

Ele estava lendo sobre os grandes filósofos da Grécia, atualmente sobre Aristóteles, ex-professor de seu pai. Ironia, pensou Romeu. O destino parecia brincar com ele, pois ali estava ele, refletindo sobre as palavras do homem que havia ensinado seu pai.

De repente, as grandes portas da biblioteca se abriram, e um senhor de aparência forte, mas magra, entrou. Romeu levantou os olhos dos pergaminhos e fixou-os no seu mordomo.

Romeu:

— Lúpus! Bom dia, meu amigo. Alguma novidade?

Lúpus estava carregando uma bandeja com café e a colocou na mesa ao lado de Romeu, antes de se posicionar ao seu lado.

Lúpus:

— Bom dia, jovem príncipe. Tem uma notícia difícil para compartilhar. Seu pai, mestre Alexandre, faleceu. E com isso, chegou uma carta do general Pérdicas, endereçada a você.

Lúpus falou com um tom triste e apologético.

Romeu olhou para ele com surpresa.

Romeu:

— Droga, então ele morreu…?

Lúpus:

— Parece que sim, príncipe. Gostaria que eu chamasse sua mãe e avó?

Romeu:

— Sim, sim. Isso seria uma boa ideia. Chame-as. Quero conversar com elas.

Romeu parou por um momento e refletiu sobre tudo o que o trouxe até ali. Ele já fora um homem comum no século XXI, formado em engenharia, mas morreu em um acidente aos 30 anos. Quando despertou aos 5 anos nesta nova vida e recuperou as memórias da vida anterior, entrou em pânico. Mas com o tempo, se acostumou.

O amor de sua mãe e avó sempre foi seu apoio. Quando começou seu treinamento no exército aos 13 anos, percebeu algo estranho: quanto mais lutava, quanto mais levantava peso, menos as coisas pareciam pesadas. No começo, pensou que fosse uma ilusão, mas logo se deu conta: seu corpo se parecia com o do Capitão América. Ele mandou fazer uma festa para celebrar a descoberta. Não contou o motivo, mas foi um dia feliz. Estiveram presentes apenas sua mãe, avó e tio, mas foi um dia inesquecível.

Ele nunca foi próximo de seu pai. Alexandre estava sempre em campanha. O máximo que o viu foram cinco vezes, e todas muito breves. As melhores memórias que tinha com seu pai eram os treinos que fizeram juntos. Poderia parecer estranho uma criança lutando com um adulto, mas para Romeu não era. Ele já era uma lenda local em Pela. Certa vez, quando seu pai o desafiou para um duelo durante uma de suas raras visitas, os generais riram, achando que era uma piada. Surpreenderam-se, porém, quando Romeu não apenas não teve medo, mas aceitou o desafio com seriedade. Depois disso, os generais passaram a respeitá-lo.

Agora, seus pensamentos voltaram-se para Babilônia. Com a morte de seu pai, ele já sabia o que a carta dizia. Ele tinha uma rede de informações em todo o império. O que? Achou que fiquei parado todos esses anos, apenas lendo e treinando? Não! O império é meu! Não preciso de exército nem de dinheiro, sou filho de Alexandre, o Grande. O que eu queria, e ainda quero, é informação. Como Napoleão disse, "informação é poder". E se alguém tentar me usurpar, minha fama marcial será o suficiente para impedi-los.

Mas agora, o que eu preciso fazer é ir até Babilônia e assumir o império oficialmente. Mas antes, devo falar com minha família.

Enquanto ele pensava, as grandes portas da biblioteca se abriram novamente. Uma jovem mulher entrou. Ela era a jovem rainha da Macedônia, esposa de Alexandre, e com ela estava outra mulher mais velha, a ex-rainha viúva Olímpia.

Olímpia:

— Ah, Romeu, Lúpus acabou de me informar. Então é verdade?

Romeu:

— Sim, avó. Infelizmente, sim.

Ambos se abraçaram, compartilhando a dor da perda. Enquanto isso, Livia de Pela, rainha do império, olhava para a dupla com afeição e tristeza no rosto. Ela nunca foi apegada ao marido, especialmente depois de ser abandonada por ele para seguir o destino que ele acreditava ser seu. Casou-se muito jovem com Alexandre, engravidando logo na noite de núpcias, quando ambos tinham apenas 16 anos. E assim, Romeu nasceu.

Para muitos, Romeu era uma figura quase divina, mas para ela, ele ainda era apenas um menino tentando impressioná-la com seus movimentos de espada.

Babilônia, Império Macedônico – Palácio de Babilônia

Um dia antes da chegada das notícias em Pela…

O caos reinava na sala real. Generais e oficiais estavam em frenesi com a morte de Alexandre. No alto escalão, o general Pérdicas estava visivelmente nervoso. Não havia se passado nem um dia desde a morte de Alexandre, e a carta convocando Romeu já havia sido enviada.

Pérdicas:

— Deuses, o corpo dele ainda nem esfriou, e esses desgraçados já estão agindo como se o império fosse deles!

Durante a discussão acalorada entre os generais, Pérdicas gritou:

Pérdicas:

— Parem! Não vamos agir como completos idiotas. Sabemos bem o que devemos fazer agora!

O salão ficou em um silêncio mortal. Todos olharam para Pérdicas com os olhos semicerrados, esperando que ele continuasse.

Pérdicas percebeu que alguns generais estavam com rostos carrancudos, mas ele também via algo mais – a ganância nos olhos deles. Eles queriam o império para si mesmos. Não ouviram nada do que Alexandre havia dito?

Flashback:

O quarto estava lotado. Não era incomum, mas o homem deitado na cama não era um homem comum. Ele era o Rei dos Reis, Alexandre. Estava imóvel, com o rosto pálido e uma expressão de dor. Seus generais a sua volta estavam em frenesi, perguntando o que fazer, como crianças implorando por ordens.

Alexandre levantou a mão, fazendo um grande esforço para um simples gesto. Foi nesse momento que ele soube que não haveria retorno. Ele morreria.

Pérdicas, percebendo que Alexandre queria falar, gritou:

Pérdicas:

— SILÊNCIO!

Todos no quarto olharam para ele, e depois para Alexandre, que estava tão fraco que mal podia falar.

General:

— Por favor, meu rei. Diga-nos o que fazer!

A sala ficou em silêncio. Alexandre falou, com grande dificuldade:

Alexandre:

— Tolos! Vocês já sabem o que fazer! O trono será de meu filho e todos devem me obedecer!

Os generais trocaram olhares. Alguns pareciam resolutos, outros estoicos, e alguns, como Pérdicas, estavam com um olhar de pesar. Mas o que era esse pesar?

Pérdicas:

— Claro, meu rei. Convocarei seu filho imediatamente. Fique tranquilo.

Alexandre, com esforço, disse:

Alexandre:

— Então o que há para dizer, já está dito. Vão, me deixem.

Todos se retiraram, e o silêncio tomou conta do ambiente.

De volta ao presente:

Pérdicas:

— Mandei uma convocação ao príncipe herdeiro! Romeu deve chegar em no máximo um mês, e enquanto isso, devemos nos preparar para sua chegada e coroação. Vamos coroá-lo não apenas como rei da Macedônia, mas como o Rei dos Reis!

O salão ficou em silêncio gelado. Ninguém ousou se opor à decisão de Pérdicas.