Chapter 6 - Amarre suas mãos

De repente, a porta se abriu com força e um homem de terno preto entrou no café-livraria. Tanto Layla quanto Ruby voltaram seus olhares para a porta.

"Você não pode entrar na loja porque está fechada. Você não viu o aviso lá fora?" Ruby disse ao homem.

"Eu estou aqui pela senhora Layla," o homem disse com uma voz profunda.

"Eu? Por quê? Quem é você?" Layla o questionou enquanto se levantava. "Não me diga que o Lucius mandou você aqui," ela afirmou.

"Por favor, venha comigo," o homem disse.

"Não vou a lugar nenhum. Diga ao seu senhor que ele não pode me fazer trabalhar de acordo com a vontade dele," Layla afirmou.

"Realmente, Layla?" A voz profunda e rouca de Lucius alcançou seus ouvidos. O homem se afastou, dando passagem para Lucius entrar. "Eu pensei que você me pertencia," ele proclamou, fechando a distância entre eles e segurando o queixo dela firmemente.

Layla piscou rapidamente. Ela queria dizer NÃO imediatamente, mas as palavras não saíram de sua boca. Ela apenas encarou nos seus olhos azuis profundos como o oceano, perdendo-se neles.

"Vamos embora," Lucius disse e no momento seguinte ele carregou Layla no estilo nupcial.

Ruby cobriu a boca com as duas mãos com os olhos arregalados. Lucius não era um homem velho, mas a definição perfeita de um homem bonito com alguns encantos que poderiam levar mulheres a se ajoelhar diante dele.

"Me solte, Lucius. Estou na casa de uma amiga," Layla disse pressionando as mãos no peito dele.

"Não tenho intenção de te soltar," Lucius anunciou e saiu correndo do café-livraria enquanto Layla se debatia em seus braços.

Ele a jogou dentro do carro enquanto pairava seu corpo sobre ela. "Não me faça amarrar suas mãos e pés," ele disse e moveu suas pernas para baixo, sobre o tapete do carro. O mesmo homem fechou a porta de dentro antes de entrar no assento do passageiro.

"Você poderia ter encontrado sua amiga amanhã, mas escolheu correr aqui e até ameaçou meu motorista com sua vida. Nem consegui me concentrar na tarefa que deveria terminar. Como vai pagar por isso?" A voz ameaçadora de Lucius fez Layla engolir em seco.

"Apenas vim aqui para ver a Ruby. O que há de errado nisso? Não é como se eu tivesse encontrado algum cara," Layla comentou e mordeu a língua ao perceber o que acabara de dizer.

A expressão facial de Lucius escureceu. "Um cara? Hã? Nem pense nisso. Eu posso fazê-la matá-lo com suas próprias mãos," ele declarou com um tom intimidador.

Layla o empurrou para longe. "Eu não sou assim. Foi um ato falho," ela afirmou. "Pelo menos, você deveria ter me deixado falar com a Ruby. Ela é minha melhor amiga. Eu queria falar com ela," ela declarou. Ela não quis discutir com Lucius depois de ver a arma no assento mais cedo.

"Amanhã, você poderá fazer isso," Lucius disse.

"Por que não agora?" Layla perguntou.

"Porque seu marido precisa de você agora. Sua amiga disse palavras muito carinhosas sobre mim. Que eu uso mulheres como brinquedos de prazer. Então, acho que é hora de fazer o que não consegui fazer na última noite, Baby," Lucius disse com um sorriso malicioso.

Os olhos dela se arregalaram ao ouvi-lo. "Você ouviu nossa conversa. Como?"

"Eu tenho ouvidos, Layla," Lucius respondeu e zombou dela. "Vocês duas falavam bem alto sobre esse homem velho. Você acha que eu pareço tão velho?" Seus lábios se curvaram em um sorriso malicioso.

"Ruby não quis dizer isso. É só um mal-entendido," Layla tentou se explicar.

Lucius levantou uma sobrancelha afiada para ela. "Eu não acho, Layla. Você disse que não se importaria se eu deixasse outra mulher na minha cama. Você não me ama e quer me usar para sua vingança, para queimar aqueles que a humilharam por toda a sua vida," ele pronunciou, enfatizando a palavra toda.

"Eu-Eu não quis dizer isso," Layla gaguejou e mordeu o lábio inferior enquanto ficava nervosa sob seu olhar predatório.

"Não minta, Layla. Eu ouvi cada palavra com muita clareza," Lucius disse enquanto se inclinava em direção a ela. Seu polegar traçou seus lábios molhados que ela tinha lambido um momento atrás.

'Não! Não! Não me beije agora. Dois homens estão sentados diante de nós. Como ele pode ser tão sem vergonha?'

"Bem, eu adoro ser sem vergonha," Lucius pronunciou como se lesse os pensamentos dela.

"Como você—" as palavras cessaram em sua boca e ela puxou a mão dele antes de virar a cabeça.

"Suas expressões faciais disseram isso," Lucius respondeu. Ele a puxou em sua direção, direto no colo dele, as costas dela pressionando seu peito enquanto o rosto dele se enterrou no côncavo de seu pescoço, fazendo-a ofegar.

"O que você acha desta posição, Layla? Você não deveria deixar os rumores se espalharem sobre seu marido," Lucius disse.

"Me deixa ir. Você está me deixando desconfortável." Ela olhou para ele com os olhos estreitos e notou o sorriso em seus lábios.

"Você não tem graça, Layla." Lucius soltou a pegada em volta da barriga dela e se recostou no assento, mantendo o olhar fixo nela.

Layla rezava em sua mente para chegar logo à mansão. Ela podia sentir o olhar dele sobre ela como se estivesse olhando diretamente em sua alma.

Finalmente, eles chegaram à mansão. Layla não esperou para sair e rapidamente deixou o carro. Lucius saiu do seu lado e olhou para Layla, que correu para dentro.

"Chefe, parece que sua esposa está com medo do senhor. Ao mesmo tempo, ela quer te usar," o homem de traje preto disse.

"Roger, vai ser um jogo divertido. Eu não jogava há tanto tempo. Certifique-se de limpar esses rumores sujos sobre mim. E traga para mim aquele que espalhou tais rumores," Lucius ordenou antes de caminhar para dentro da mansão.

Parando na sala de estar, ele viu Layla sentada no centro do sofá.

"Por que você mandou a proposta para o meu pai? Eu sei que não é porque sou Layla Rosenzweig. O motivo é algo mais profundo," ela disse.

"Bem, você está certa," Lucius disse, ainda sorrindo para ela.

"Diga-me o verdadeiro motivo," Layla exigiu, sem deixar seu olhar se desviar dele.

"E o que você fará por mim se eu te contar o motivo?" Lucius caminhou lentamente até ela e desta vez parou bem à sua frente. Sua mão segurou o queixo dela para fazê-la olhar para ele.

"O que você quer que eu faça?" Layla perguntou.

Lucius se inclinou e sussurrou em seu ouvido, deixando o rosto dela pálido.