Miguel assentiu, seu maxilar apertado. "Não foi um acidente. Quem dirigia aquele caminhão não me acertou por engano."
O policial anotou em seu caderno, com a testa franzida. "Você viu quem estava dirigindo? Ou notou alguma coisa incomum antes do acidente?"
Miguel balançou a cabeça. "Não. Eu vi o homem, mas estava embaçado, então ainda é um não. Mas recebi uma ligação justo antes de acontecer. Alguém sabia."
Antes do policial poder fazer mais perguntas, outro carro parou bruscamente perto deles, e uma figura emergiu, movendo-se rapidamente em direção a eles. Era Gio. Seus olhos aguçados vasculharam a cena, observando a visão do carro destroçado e os paramédicos trabalhando ao redor de Miguel. Seu rosto era uma máscara de fúria controlada, e assim que alcançou Miguel, ajoelhou-se ao lado dele.
"Miguel," disse Gio, sua voz baixa mas urgente. "O que diabos aconteceu?"
Miguel olhou para ele, seus olhos ardendo de raiva. "Alguém acabou de tentar me matar."