Meses se passaram enquanto eu vivia aqui, neste quarto assombroso. Consegui reunir informações nesse meio tempo, ou melhor Aurora falou tudo o que sei pra mim.
Sendo bem sincero, odiava o fato da minha mãe ficar conversando comigo, porque ainda estava digerindo tudo o que aconteceu, mas agora sou muito agradecido a ela.
Aurora conta diversas coisas engraçadas e importante desse mundo, fora tem seus cuidados e atenção enormes por mim, ela se importa mais comigo do que minha mãe biológica dessa vida, a qual me abandonou, e da minha vida passada que se me desse um 'oi' era muito.
1. Aurora e sua família não são demônios, mas sim dragões (e aparentemente eu também).
2. Este castelo pertence a uma família de dragões nobres e renomados.
3. Essas partículas brancas são conhecidas como mana, isso é basicamente uma bateria pra se fazer mágica.
4. Essa mana é dominada através de um núcleo, quanto mais puro e mais mana em seu núcleo melhor.
5. Qualquer um pode fazer magia, desde que o indivíduo tenha mana suficiente e consiga administrá-la para executar o feitiço.
Enquanto ainda estou nessa idade, não consigo fazer nada além de dormir, então arrumei formas de me distrair nos meus momentos em que estou acordado e sozinho, a primeira seria tentar controlar meu corpo melhor, mas isso gasta muita energia, quando fico cansado, começo a reunir mana na esperança de obter um núcleo.
Sem nenhuma ideia melhor, continuei praticando essa rotina, até finalmente conseguir andar! Depois de dois messes me esforçando, eu consegui.
A princípio queria monstrar aos meus pais, nos dias em que estavam em casa ou ao meu lado, mas na hora que monstrei a minha mãe ela reagiu de uma forma peculiar. " Oh meu Deus, Matteo, você já sabe andar! - todas as mães reagem assim, então por que eu estou tão feliz, saindo de meus pensamentos Aurora prosseguiu - Hugo, venha ver o que o nosso filho sabe fazer!"
"Já estou indo, espere um pouco." Disse Hugo/ meu pai se aproximando em uma velocidade assustadora. Assim que a porta abriu meu pai ficou chocado. "Ele começou a andar com só dois meses?!"
"Sim, amor! Ele está bem aqui, andando na sua frente."
Nunca havia visto Hugo tão feliz, ele abriu um sorriso quase diabólico. "Estão... Aurora Silverback, seu amado marido Hugo Silverback solicita poder ensinar a arte da batalha ao nosso filho."
"Essa foi realmente uma ótima tentativa, mas definitivamente não, pelo menos por agora. Não importa que ele tenha começado a andar, ele tem só dois meses e não sabe nem falar ainda."
Eu admito que almejava poder aprender a lutar e sobre magia, mas estava surpreso por esta oportunidade aperecer bem antes do que eu imaginava, jamais iria perder essa oportunidade. Juntei toda a minha força, coragem e treinamento para fazer o que poderia ser a coisa mais importante da minha vida. "Mamãe."
"Olha só - disse meu pai com o maior sorriso do mundo estampado no rosto - ele aprendeu a falar e agora."
"Oww, meu filho me ama mais. Que fofo. Mesmo assim não!"
O sorriso desapareceu. "Nunca que ele ama mais você do que eu!" Estava me divertindo observando eles brigando por mim, portanto taquei lenha na fogueira. "Papai."
Papai se alegrou com o argumento dele sendo validado. "Tá vendo, você não é a favorita, mas sim eu!"
Mamãe ficou enfurecida. "Eu sou a mãe, óbvio que ele me ama mais."
"Mamãe." Falei novamente.
"Viu eu disse."
"Aurora, você está enganada! Eu sou o pai, ele me ama mais!"
Pra minha mãe foi a gota d'água, ela começou a manifestar sua aura, estava me sentindo sufocado. Tinha que acabar com isso antes de levar proporções maiores. "Buaaaa, eu amu us dois - falei em meio de um choro - num qué vê papai e mamãe bigando."(Buaaa, eu amo os dois, não quero ver papai e mamãe brigando).
"Oh, descupas Matteo, não vamos mais brigar." Minha mãe foi a primeira a se desculpar.
"Isso mesmo, não vamos mais brigar, desculpas Teo."
"Obigadu." (Obrigado)
Depois disso eles se depediram e saíram do meu quarto. Agora que eu consiguia controlar meu corpo relativamente bem, poderia me concentrar completamente no meu núcleo de mana.
A todo momento sozinho, me sentava e meditava, dia e noite, fazia isso até não aguentar mais. Quanto mais cedo eu conseguisse o núcleo melhor seria, até porque consiguiria aprender magia, combate e sobre esse mundo mais rápido.
Ao decorrer da minha absorção e junção de mana, notei que meu corpo pedia por isso ele implorava para eu não parar. Depois de 3 meses formado meu núcleo, podia controlar a mana bem melhor.
Meu único desafio era esconder o que estava fazendo, escondido dos meus pais. Embora não fosse tão difícil, pois os passos deles eram lentos e desleixados. Presumi que eles faziam isto devido ao fato de se sentirem seguros.
Numa tarde, depois de adormecer a manhã toda, acordei e fui praticar minha rotina. Podia sentir, eu estou perto, após cerca de uma hora juntando mana, me senti meio diferente.
Abri os olhos para ver meu corpo no ar, flutuando, comecei a brilhar e raios brancos se envolveram ao meu redor, fiquei desesperado. Depois de cinco minutos assim, os raios ficaram mais fortes e cintilantes até que houve uma explosão enorme e estrondosa.
Pov: Aurora Silverback
Estava preparando minhas coisas para uma missão, quando do nada ouvi uma explosão. Veio do quarto do Matteo!
Larguei a mochila que segurava e sai correndo. Corri o mais rápido possível pra mim. Se alguém tiver atacado meu filho vai morrer! Passei pelo labirinto de corredores, para finalmente chegar ao que custumava ser quarto do Teo.
Via destroços da explosão em todo lugar, no centro estava Matteo, expressando confusão. Fiquei aliviada por ninguém ter ousado atacar meu filho, mas quando finalmente percebi porque tudo em um raio de 30 metros de uma criança de 10 meses estava destruido, me senti surpresa, absorta por um bebê, o qual nem tinha 1 ano ainda, ter despertado seu núcleo de mana.
Deixando de lado meus pensamentos, corri até ele. "Matteo você está bem?" Falei em meio de lágrimas.
"Sim, mamãe, eu tô." Matteo disse, ainda confuso pelo ocorrido.
"Hahaha - virei pra ver de onde vinha a risado, era Hugo quem estava rindo - mas nem fudendo que o Matteo despertou! Esse é o meu filho estou muito orgulhoso, agora sim podemos começar a treinar!"
Pov: Matteo
"Hugo! Nosso filho podia ter se machucado, e você aí pensando em treino! Seja um pai por um momento e não um guardião!"
A cara do meu pai mudou, ele ficou sério. "Aurora... Eu concordaria com você, se ele fosse mais velho e se fóssemos uma família normal ou humana. Mas ele não tem nem um ano e somos uma das famílias mais ricas e poderosas de dragões. Qualquer pessoa a 500 quilômetros de distância pode ouvir esse som estrondo, fora que magos capacitados poderiam sentir alguém despertando num raio de dez quilômetros, quando os rumores se espalharem descobrirão que temos um filhor e virão atrás dele."
"Podemos designar um guarda pra cuidar dele, não precisamos ser exagerados a esse ponto."
"Um guarda pode cuidar dele até certo ponto, Matteo precisa saber se defender quando nescessário! Não estou dizendo que começaremos a treinar agora, mas quanto mais cedo começarmos melhor."
"Merda! Você está certo, com três anos, essa é idade para ele começar a treinar. Desde que ele passe em um teste feito por mim antes."
"Fechado, mas temos que ver se ele concorda. Matteo você aceita?" Ambos olharam pra mim, não podia perder essa chance, mas o que poderia ser esse teste. Não importa, quero ficar mais forte, ter uma vida agitada, nunca mais quero viver que nem minha última vida monótona.
"Aceito." Disse com a maior seriedade possível.
"Saiba que meu teste não vai ser fácil. Ainda assim quer continuar?"
"Sim."