Cena 1: Ecos do Desespero
A cena abre com Frida andando por uma cidade deserta ao amanhecer. Carros abandonados estão parados nas ruas, e os prédios estão cobertos de pichações que clamam pelo fim do mundo. Sons distantes de sirenes ecoam, misturados com gemidos de infectados ao longe. O céu está coberto de nuvens pesadas, prenunciando uma tempestade.
Frida (pensando): "Tão rápido… tudo está desmoronando, como se o mundo estivesse sendo despido de toda esperança."
Ela puxa o casaco mais perto do corpo, seus dedos instintivamente cobertos por um leve brilho de gelo enquanto caminha, seus olhos refletindo a determinação e o medo.
---
Cena 2: Um Novo Chamado
Frida retorna ao hospital, agora transformado em um centro de quarentena. Os corredores estão lotados de pessoas gemendo e se contorcendo. Médicos e enfermeiros estão em frangalhos, exaustos e desesperados. Dr. Evans a vê chegando e, com uma expressão de alívio, caminha até ela.
Dr. Evans: "Frida… eu não sei como você fez aquilo ontem, mas… precisamos de sua ajuda. Temos uma nova onda de infectados, e o tempo está acabando."
Frida (hesitante): "Eu… eu farei o que puder, mas não tenho todas as respostas, doutor."
Ela percebe o olhar de esperança nos olhos de Evans e se sente sobrecarregada pela responsabilidade que agora pesa sobre seus ombros.
---
Cena 3: Testando Limites
Sozinha em uma sala vazia, Frida estende as mãos, sentindo o gelo formar-se como se fizesse parte de sua própria respiração. Ela fecha os olhos e se concentra, tentando entender o alcance de seus poderes. Flocos de neve começam a girar ao seu redor, formando pequenos redemoinhos, enquanto uma camada de gelo se espalha pelo chão.
Frida (murmurando para si mesma): "Se realmente vou enfrentar o que está por vir… preciso entender o que sou capaz de fazer."
Ela tenta canalizar sua energia, mas um calor intenso surge em seu peito, fazendo-a perder o controle por um momento. O gelo ao redor se parte, criando pequenas fendas e rachaduras.
---
Cena 4: A Revelação do Anel
Frida senta-se no chão, respirando fundo, enquanto olha para o anel em seu dedo. Ela sente que o anel guarda mais segredos do que aparenta. De repente, uma voz baixa e antiga ecoa em sua mente.
Voz misteriosa: "Frida… o poder do gelo não é apenas seu. Este anel carrega a herança de uma força ancestral. Use-o com sabedoria."
Ela olha ao redor, assustada, mas não vê ninguém. O silêncio a envolve novamente, deixando-a com a sensação de que está sendo observada.
Frida (sussurrando): "Herança… uma força ancestral? Quem… ou o quê… está falando comigo?"
---
Cena 5: O Primeiro Encontro com os Infectados
Enquanto Frida ainda processa as palavras que ouviu, um grito interrompe seus pensamentos. Ela corre para o corredor e vê uma enfermeira tentando conter um paciente infectado que escapou. Os olhos do homem estão tomados por um vermelho intenso, e ele avança em direção à enfermeira com uma força sobrenatural.
Enfermeira: "Por favor, alguém ajude! Ele vai me matar!"
Sem hesitar, Frida ergue as mãos, e um raio de gelo dispara de seus dedos, congelando o homem onde está. Ele para, imóvel, seus olhos ainda abertos em um misto de terror e fúria. A enfermeira olha para Frida, chocada e grata.
Enfermeira: "Como… como você fez isso?"
Frida: "Apenas… fazendo o que é preciso. Vou protegê-los, a qualquer custo."
---
Cena 6: As Profecias e a Primeira Trombeta
Frida volta para casa naquela noite, com o som da trombeta ainda ecoando em sua mente, como um presságio do apocalipse. Ela se senta no chão da sala, refletindo sobre o que ouviu e viu ao longo do dia. As profecias que sua avó contava, sobre a trombeta que anunciaria o fim dos tempos, voltam à sua mente.
Frida (sussurrando para si mesma): "Se isso é o começo, então preciso me preparar para o pior… preciso entender o que realmente significa ser a portadora deste poder."
Ela fecha os olhos, deixando sua energia fluir enquanto forma uma esfera de gelo entre as mãos, sentindo a conexão profunda com o anel e os poderes que ele lhe concedeu.
---
Cena 7: Revelações com Dr. Evans
No dia seguinte, Frida encontra Dr. Evans, que a chama para conversar em particular. Eles se dirigem a uma sala segura, longe dos olhares curiosos.
Dr. Evans: "Frida, o que aconteceu ontem… não é natural. Sei que tem algo especial em você. As notícias estão falando sobre uma jovem com poderes de gelo. Preciso saber, é verdade?"
Frida hesita, olhando nos olhos do médico que tanto a ajudou. Ela respira fundo antes de responder.
Frida: "Sim, doutor. Eu… não sei explicar, mas este anel… ele me dá poderes. Eu não pedi por isso, mas talvez seja o que o mundo precisa agora."
Dr. Evans: "Entendo. Mas entenda que este é um fardo pesado. Se você continuar, precisará estar pronta para qualquer coisa… inclusive para ser vista como uma ameaça."
Frida assente, sentindo o peso das palavras de Evans, mas determinada a seguir em frente.
---
Cena 8: O Encontro com os Caçadores da Fé
No caminho de volta para casa, Frida é cercada por um grupo de homens encapuzados, conhecidos como "Caçadores da Fé". Eles acreditam que qualquer pessoa com habilidades sobrenaturais é um emissário do fim dos tempos e deve ser eliminada.
Líder dos Caçadores: "Você… a portadora do gelo. Sabemos o que você é. Uma abominação. Vamos purificar este mundo e impedir o seu poder."
Frida ergue as mãos em posição defensiva, seus olhos brilhando com uma determinação gélida.
Frida: "Eu não escolhi isso. Mas se querem lutar… estejam preparados para enfrentar o gelo eterno."
Ela conjura uma onda de gelo que avança sobre eles, criando uma barreira congelada entre si e os caçadores. Um deles tenta atacá-la, mas Frida ergue uma muralha de gelo, isolando-se da ameaça.
---
Cena 9: Uma Decisão Solitária
Em seu apartamento, Frida observa o anel, pensando na responsabilidade que agora carrega. Ela sente o isolamento pesando sobre ela, a ausência de familiares e amigos, a solidão que seu novo poder traz.
Frida (murmurando para si mesma): "Será que estou mesmo sozinha nessa luta? O que esse poder quer de mim?"
Ela sente um arrepio percorrer seu corpo, como se o próprio anel estivesse respondendo, e toma uma decisão: ela irá enfrentar o apocalipse, mesmo que isso signifique lutar contra o mundo inteiro.
---
Cena 10: A SEGUNDA TROMBETA
À meia-noite, Frida acorda com o som de uma segunda trombeta ecoando pelos céus. Ela corre até a janela e vê uma chuva de meteoros, alguns colidindo com a superfície da Terra, criando explosões que iluminam o céu. O impacto é visível até onde ela está.
Frida (murmurando): "Outro sinal… e o fim está cada vez mais próximo."
Ela fecha a mão, sentindo o poder do anel pulsar em seus dedos. Sabe que os dias que virão serão ainda mais sombrios, mas também sabe que não pode desistir.