No ano de 13.024, em um universo vasto e complexo, onde múltiplos mundos coexistem, habitados por uma diversidade de espécies, eu, Angel Seraphim, vivo em Terra Celestis, um planeta de beleza e mistério.
Minha cidade natal é Elyria, uma metrópole vibrante e cheia de segredos, localizada no coração do continente de Aethoria. Aqui, a vida é uma tapeçaria de contrastes, onde o luxo e a pobreza convivem lado a lado.
Mas Terra Celestis não é o único mundo habitado. Existem outros, cada um com sua própria história e habitantes. Alguns dizem que há mundos de fogo e gelo, enquanto outros são reinos de sombra e luz.
Em meio a essa complexidade, facções poderosas operam nas sombras, influenciando o destino de nossos mundos. Mas eu ainda não entendo completamente suas intenções.
Minha vida em Elyria é incoveniente e tediosa, não é oque pensam, pra eles pessoas ricas estão satisfeitos com seu dinheiro. No entanto, sinto que há mais além do que posso ver, mais do que posso tocar. Uma sensação de que meu destino está ligado a algo maior.
E assim, eu continuo minha busca, procurando respostas sobre habilidades que posso adquirir ou entender em um universo grande e assustador.
A Rotina Silenciosa
A mansão Angelin erguia-se como um monumento de luxo e isolamento, cercada por jardins impecáveis e muros altos. Dentro de suas paredes, Angel Seraphim vivia uma vida de rotina silenciosa.
Ela acordou antes do sol nascer, quando o céu ainda estava pintado de tons de azul e roxo. Seu quarto era um santuário de calma, com cortinas brancas que filtram a luz e um piano que parecia esperar por suas mãos, seus quadros de pinturas belas e que passam sentimentos estranhos mas confortáveis.
Angel se levantou da cama e começou sua rotina matinal. Seu cabelo loiro quase branco, cortado no comprimento médio, caía suavemente em torno de seu rosto. Seus olhos, da mesma cor que seus cabelos, sua pele mais branca que neve, pálida como um defunto, brilhava com uma luz suave.
Seu corpo esbelto e quase perfeito, fruto de uma genética privilegiada, se movia com cansaço, com fadiga e sono enquanto se vestia com suas vestimentas. Desceu para o café da manhã.
A cozinha da mansão era um local aconchegante, cheio de cheiros deliciosos e a presença calorosa das empregadas. Angel cumprimentou-as com um sorriso discreto e sentou-se à mesa.
Enquanto comia, ela pensava na sua vida. A mansão Angelin era seu lar desde que se lembrava. Seu pai, Seven Angelin, era um homem poderoso e distante, que sempre parecia ter mais coisa a fazer do que passar tempo com ela, não era importante para Angel, não fazia diferença a presença de seu pai em casa.
Angel sentia uma curiosidade profunda sobre sua mãe, ou quem acreditava ser sua mãe,Cily, que havia falecido antes de ela nascer. Sua tia, Angya, não dava a mínima a Angel, mas Angel sempre se sentiu como uma estranha em sua própria família.
Sempre soube que sua tia não ia com a sua cara, já é de se esperar vindo da "família"
Angelin.
Depois do café, Angel foi para o jardim, onde passou horas tocando seu violino, ela havia acabado os estudos e não precisava trabalhar.
A música era sua refúgio, seu modo de expressar o que não conseguia dizer.
Enquanto tocava, Angel sentiu uma presença atrás dela. Era Mia, sua pequena prima, com olhos brilhantes e cabelo loiro encaracolado, parecia um pequeno anjinho.
"Angel, toca aquela música de novo!", pediu Mia, subindo no banco ao lado dela.
Angel sorriu e começou a tocar uma melodia animada. Mia cantou junto ao som do violino, sua voz doce e inocente. Por um momento, Angel esqueceu suas preocupações e se deixou levar pela alegria da música.
Mas, quando a música acabou, a realidade voltou a se impor. Angel sentiu uma dor familiar em sua cabeça e costas, como se algo quisesse emergir. Ela fechou os olhos, esperando que a dor passa-se.
Ela se senta no chão do jardim, a dor passa e agora ela sentia a grama em suas mãos... pensando qual seria o motivo dessas dores constantes.
Era apenas mais uma noite na mansão Angelin, mais uma rotina silenciosa e monótona de Angel Seraphim.