Capítulo 6: Conclusões de Lorde Mormont
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Lorde Jeor Mormont, o Velho Urso, sentava-se à mesa de pedra em sua câmara na Muralha. Em frente a ele, Mestre Aemon, o conselheiro de sabedoria inigualável, mantinha o olhar sereno, estudando um pergaminho que tinha em mãos. Ambos haviam recebido o último relatório de um patrulheiro enviado a Durolar para observar os movimentos do povo livre, especialmente as negociações incomuns que haviam ocorrido.
"Aemon," disse Mormont, rompendo o silêncio, "o que pensa sobre isso? Selvagens fazendo comércio em Braavos… e navios braavosi envolvidos. Algo está mudando além da Muralha."
Mestre Aemon pousou o pergaminho sobre a mesa. "Parece que sim, Lorde Comandante. Nosso patrulheiro descreveu algo que, de fato, jamais havíamos visto. Não apenas houve a entrega de obsidiana ao povo livre, mas também uma transferência de selvagens para esses navios braavosi. Um movimento surpreendente, mas sem evidência de que sejam forçados ou vendidos."
Mormont resmungou, inquieto. "A Patrulha da Noite jurou proteger o reino de ameaças vindas do Norte, e não estamos aqui para intervir em como o povo livre escolhe lidar com os homens de Braavos. Ainda assim, devemos ter certeza de que isso não trará problemas para este lado da Muralha."
Aemon, com sua calma habitual, prosseguiu. "As notícias sobre a chamada Guarda Varequi estão se espalhando pelo Norte e chegando até nós. Essa força de selvagens, agora sob comando de alguém chamado Ivar, parece estar em Essos a serviço de interesses que não conhecemos bem, mas que também não parecem ameaçar Westeros. E sobre os selvagens que Mance enviou para os navios braavosi, o patrulheiro relatou que eles partiram voluntariamente."
O Velho Urso refletiu sobre o que acabara de ouvir. "Desde que os braavosi não estejam... traficando selvagens para o Norte, não temos motivo para intervir. Essos é um problema distante, desde que nada desse comércio ou dessas forças mercenárias cruze nossas fronteiras."
Aemon assentiu, pensativo. "O povo livre parece estar tomando decisões incomuns, buscando sobrevivência de um modo que não víamos antes. Talvez até o próprio Mance esteja disposto a alianças que preservem sua gente da verdadeira ameaça que ele, assim como nós, conhece."
Mormont fez um aceno de cabeça. "Precisamos manter os olhos atentos. Nosso dever não mudou. E se esse tal de Ivar ou outros líderes do povo livre se afastarem, que assim seja. Desde que essa colaboração com Braavos não cause problemas ao Norte, continuaremos observando. Mas, Aemon, prepare relatórios regulares sobre qualquer atividade incomum além da Muralha."
"Claro, Lorde Comandante," respondeu Mestre Aemon. "A Patrulha da Noite permanecerá vigilante, como sempre."
Enquanto o som dos ventos gelados se intensificava lá fora, Mormont e Aemon sabiam que, mesmo em meio a mudanças e alianças improváveis, a Patrulha da Noite deveria se manter
fiel ao seu juramento.