Chereads / The Last Demonic Dragon King / Chapter 2 - A Família Woly

Chapter 2 - A Família Woly

Naquele mesmo dia, o senhor de cabelos vermelhos e a empregada me levaram para um porão. Lá embaixo, me despiram e me colocaram no meio de um círculo que parecia ser mágico. Logo, ele começou a entoar, estendendo sua mão para mim. Eu não entendi o que estava acontecendo. Quando o círculo mágico começou a brilhar em um tom de amarelo, o brilho durou cerca de dez segundos. Logo, a empregada me pegou, sorridente, me cobriu e me levou de volta para o quarto.

Chegando no quarto, o senhor de cabelos vermelhos veio com uma mulher diferente, dessa vez. Ela tinha cabelos rosa e olhos azuis, era encantadora e se vestia como uma nobre. Do jeito que ela abraçava o senhor de cabelos vermelhos e sorria, deduzi que ela seria a esposa dele, talvez.

Ela me pegou em seu colo, que parecia tão quente e macio, me sentindo confortável. Ao mesmo instante, o homem de cabelo vermelho trouxe um pó mágico e jogou sobre meu cabelo e rosto. Quando percebi, meu cabelo, que antes era branco como as neves do inverno, agora era vermelho como chamas, iguais ao daquele senhor. A cor do meu olho também mudou, que antes era vermelho carmesim, agora ficou azul, igual ao da moça que me segurava.

Cinco anos se passaram. Meus pais me deram o nome de Brahm Woly. Eu aprendi completamente a língua nativa deste mundo e consegui compreender que o homem de cabelo vermelho se chamava Peter Woly, e a mulher de cabelo rosa, Jessy Woly. Eles se tornaram meus pais desde aquele dia que os vi pela primeira vez.

Também aprendi a ler e escrever, ainda tão novo. Meus pais diziam que eu era um jovem prodígio, mas eu sempre tive os melhores professores do reino, devido à posição da minha família, que era uma das principais casas nobres que apoiavam o rei.

Com os meus cinco anos de idade, comecei a mostrar interesse pela espada. Afinal, eu queria testar se ainda tinha minha habilidade com a espada, igual à minha vida passada. Meu pai era um guerreiro habilidoso na arte da espada; no seu auge, ele era um dos dez espadachins mais fortes do reino. Hoje, esse rank foi atualizado, e ele não faz parte desses dez, pois alguns guerreiros conseguiram superar alguns dos dez melhores.

Atendendo ao meu pedido, meu pai, alegre por ver meu interesse na arte da espada, não hesitou em me treinar. Fomos para o nosso jardim, que ficava na frente da nossa mansão. No nosso primeiro dia, treinamos com espadas de madeira. Meu pai me passou alguns movimentos básicos de espadachim. Logo, percebi que não era diferente do meu estilo da vida anterior. Confiante nas minhas habilidades e também querendo saber como meu corpo, ainda tão jovem, reagiria aos meus comandos.

Meu pai aceitou o duelo. Minha mãe, vendo nosso treinamento, sentou-se na escadaria da frente da mansão. Naquele final da tarde, com o sol se pondo, prestei bastante atenção na postura do meu pai e a cada movimento que ele fazia. Não era difícil ler qual movimento ele iria fazer a seguir. Porém, meu corpo não acompanhava a velocidade de reação.

Com muita dificuldade de reação, consegui rebater todos os golpes. Então, vi uma abertura para atacar na sua costela esquerda. Logo, desferi um golpe. Quando abriu mais uma abertura na direita, desferi mais outro ataque. Tentei desferir um ataque em sua canela para deixá-lo de joelhos. Porém, meu corpo ainda era limitado, e então meu pai não conseguiu só bloquear, mas também contra-atacou, tirando a espada da minha mão com sua espada e a apontando para meu pescoço, enquanto eu caía de bunda no chão.

Minha mãe, sorrindo, batia palmas, dizendo: "Muito bem, meu amor!" Não sei por que, mas essas palavras alegraram meu coração. Como resposta, sorri para ela e disse: "Obrigado, mãe."

Meu pai, muito orgulhoso, olhou para mim e disse: "É inacreditável que, com o primeiro treino, você consiga lutar desse jeito. Você tem um futuro brilhante, parabéns, filho!" Com o mesmo sorriso, respondeu a ele: "Obrigado, pai, tudo graças ao senhor."

Fomos para dentro, e eu fui para o banheiro tomar banho, enquanto minha mãe e meu pai conversavam na sala.

POV Peter Woly:

"Você viu isso?" Perguntei para minha esposa, espantado.

"Sim, talvez o efeito do selo que prende a verdadeira força dele, que você colocou quando ele ainda era recém-nascido, esteja se desfazendo," Jessy falou, enquanto se sentava na poltrona da sala.

"Não pode ser. O selo segura as habilidades mágicas e a aura assustadora de um dragão que ele pode emitir. Não deveria ter nada a ver com a habilidade com espadas. E até onde eu sei, dragões não tinham habilidade com qualquer arma de ataque. Então, quer dizer que Brahm tem um grande talento para a arte da espada, independente da raça dele. Que menino assustador eu diria, mas é nosso filho," disse com a mão na cabeça.

Jessy saiu do ambiente, indo em direção ao quarto do Brahm. "Vou passar mais tempo como nosso filho," disse ela com um sorriso no rosto, enquanto olhava para mim por cima dos ombros.