Solaris e Nimbus estavam de frente para a floresta quando viram uma figura familiar se movendo entre as sombras. Era o cavaleiro de armadura negra que havia esbarrado em Nimbus na taberna.
Nimbus: estreitando os olhos
— Aquele cavaleiro... O que esbarrou em mim na taberna! O que ele está fazendo aqui?
Solaris: olhando para a figura desaparecer na escuridão
— Talvez ele saiba algo que nós não sabemos. Vamos seguir ele.
Os dois caminharam em direção à Floresta dos Pesadelos. Solaris, determinado, olhava adiante, como se pudesse sentir o poder do cristal violeta pulsando em algum lugar próximo.
Solaris: com o olhar fixo na vegetação
— Estamos perto... Eu consigo sentir. O cristal violeta está aqui, em algum lugar.
Nimbus, sempre o cético, olhou para o céu, que parecia ainda mais ameaçador agora que estavam próximos da floresta. As nuvens giravam em espirais escuras e densas, como se a natureza estivesse se preparando para algo sombrio.
Nimbus: com um suspiro e o tom sarcástico de sempre
— Ótimo. A natureza já está preparando nosso funeral. Só espero que esse cristal valha a pena. Não estou muito a fim de morrer em uma floresta com nome de filme de terror.
Enquanto eles avançavam, o ambiente começou a mudar de forma sutil, mas perturbadora. O ar se tornava cada vez mais gelado, e o vento parecia sussurrar entre as árvores torcidas, como se a própria floresta os estivesse observando. A luz do dia mal penetrava as copas densas, deixando a atmosfera ainda mais sufocante.
Solaris: determinado, com a mão próxima ao livro
— Se esse lugar nos causa medo, é porque estamos no caminho certo. O cristal deve estar protegendo algo poderoso.
Nimbus: dando um passo hesitante, segurando firme nas "Asas de Dragão"
— Sim, claro. "Medo significa progresso", é isso? Vou anotar essa sabedoria profunda no meu diário. No entanto, ainda prefiro enfrentar qualquer coisa fora dessa floresta.
Solaris: sorrindo levemente
— Relaxe, Nimbus. Você vai sobreviver a isso... provavelmente.
Nimbus: revirando os olhos
— Ah, ótimo, adoro quando "sobreviver" é colocado como uma possibilidade, e não uma certeza.
O som de gravetos quebrando sob os pés e o farfalhar das folhas secas ecoavam na escuridão, como se a floresta estivesse avisando que eles não eram bem-vindos. Nimbus, com seus instintos sempre em alerta, já estava com a mão na alça de sua engenhoca improvisada, pronto para qualquer coisa.
Nimbus: resmungando, olhando ao redor
— Sério, não gosto nem um pouco disso. Esse lugar está gritando "armadilha". Se uma árvore começar a falar ou nos atacar, eu juro que vou inventar algo para queimar tudo.
Solaris: mantendo o foco
— Fique calmo. Ainda não encontramos o que viemos buscar.
Nimbus: olhando de canto, com o humor ácido de sempre
— Calmo? Eu sou o retrato da calma. Mas, só por precaução, se eu sair correndo... é porque já foi tarde demais para você também.
Com isso, eles continuaram avançando, seguindo a trilha sombria que o cavaleiro negro havia tomado, cada um com seus próprios temores e incertezas, mas ambos determinados a alcançar o cristal violeta que tanto procuravam.
De repente uma figura preta aparece na frente de Solaris e Nimbus.
Nimbus: dando um passo para trás, franzindo o cenho — Figura preta? Cavaleiro sombrio? Ah, claro, porque isso não podia ficar mais estranho...
De repente, o cavaleiro de armadura negra se colocou à frente deles, bloqueando o caminho. Seu olhar penetrante se fixou em Solaris e Nimbus.
Cavaleiro: com voz firme e autoritária — Por que vocês estão me seguindo?
Nimbus: cruzando os braços e assumindo uma postura defensiva, com seu tom sarcástico de sempre — Seguindo você? Olha, meu amigo, se a gente quisesse seguir alguém, seria alguém com uma melhor escolha de vestuário. Essa armadura aí grita "problemas", sabe?
Solaris: mantendo a calma, mas visivelmente curioso — Como você nos viu? Nós estávamos sendo cuidadosos.
Cavaleiro: soltando uma risada curta, quase debochada — Porque alguém do seu grupo estava gritando. Difícil não notar, mesmo para quem está na minha frente.
Nimbus: arqueando as sobrancelhas e apontando para si mesmo, indignado — Gritando? Eu? Eu não grito. Eu só... faço comentários enfáticos quando a situação pede. Tem uma diferença enorme, senhor 'Cavaleiro do Destino Sombrio'.
Solaris: tentando apaziguar a tensão, com um tom calmo — Não estávamos seguindo você por mal. Só estamos em busca de algo, e vimos você na nossa frente, achamos que talvez você soubesse alguma coisa.
Cavaleiro: estreitando os olhos, ainda desconfiado — E o que exatamente vocês estão procurando nesta floresta?
Nimbus: com um sorriso meio debochado, meio defensivo — Ah, você sabe... apenas um cristal lendário, um artefato místico capaz de salvar o mundo. Coisa simples. Nada demais. E você, tá passeando ou o quê?
Solaris: ignorando o comentário de Nimbus, com uma expressão séria — O Cristal Violeta. Sabemos que ele está por aqui.
Cavaleiro: agora um pouco mais interessado, mas ainda cauteloso — Vocês não são os primeiros a tentar encontrar esse cristal... e todos que vieram antes de vocês falharam. Se acham que podem sobreviver a essa jornada, é melhor estarem preparados.
Nimbus: balançando a cabeça com um sorriso sarcástico — Ah, que ótimo, adoro uma boa motivação inspiradora. "Todos que vieram antes falharam!" Vamos, Solaris, o que pode dar errado, não é?
Solaris: olhando fixamente para o cavaleiro, determinado — Falhar não é uma opção para nós. Precisamos desse cristal. E você? O que faz aqui? Está atrás do mesmo objetivo?
O cavaleiro ficou em silêncio por alguns segundos, a tensão no ar ainda presente. A floresta ao redor parecia se fechar sobre eles, como se estivesse observando o desenrolar da conversa.
Cavaleiro: finalmente respondendo, em um tom mais neutro — Minhas razões são minhas. Mas se vocês forem mesmo tão determinados, fiquem longe do meu caminho.
Nimbus: levantando as mãos em um gesto teatral de rendição — Ei, relaxa, senhor Cavaleiro. Não precisamos fazer disso uma competição. Pode ficar tranquilo, só estamos tentando não morrer.
O cavaleiro deu meia-volta e continuou seu caminho pela floresta, sem olhar para trás.
Solaris: suspirando levemente — Isso foi... interessante.
Nimbus: ainda com seu humor ácido, mas com um toque de sinceridade — Interessante? Eu chamaria isso de encontro casual com a morte personificada. Vamos só torcer para que ele não decida que a gente tá no caminho errado.