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Cora Coralina (1889-1985), pseudônimo de Anna Lins dos Guimarães Peixoto, nasceu no interior do estado de Goiás, do Brasil, e viveu por 95 anos, casou-se com um advogado chamado Cantídio Tolentino de Figueiredo Brêtas, com o qual teve 6 filhos, mas perdeu 2 filhos por morte prematura, filha de Francisco de Paula Lins dos Guimarães, que era magistrado, nomeado por Dom Pedro Segundo (Rei do Brasil), e filha de Jacyntha Couto Brandão.
Ela, Cora Coralina bem pequena ainda não sabia ler, e era bem difícil para ela, se não fosse a sua professora e maior mentora, Silvina Ermelinda Xavier de Brito, apesar de toda a sua família não acreditar que ela iria aprender a ler, foi essa professora que acreditou e lhe ensinou em toda a sua dificuldade, que até o fim da vida de Cora Coralina, ela nunca esqueceu de quem lhe ajudou.
E nos seus 14 anos, ela escreveu seu primeiros contos e poemas, que postou no jornal da cidade, mas com todo aquele preconceito que lhe envolvia que cada pessoa de sua família queria que ela fosse um tipo de pessoa que se encachace com seus pré-moldes, ela cansada queria fugir, e se casou com um homem que era 22 anos mais velho, pensando que seria livre, mas só para ver que de um passarinho preso em uma gaiola, para ser um passarinho ainda preso, mas agora depenado, viveu longe das cidades grandes, se mudou para São Paulo, e lá ficou, serviu ao lado do filho no exercito, como enfermeira e cozinheira, e depois foi ser doceira, um de muitos de seus trabalhos após a morte de seu marido, ela mesmo diz que era mais doceira que escritora.
E nos seus 76 anos, ela escreveu seu primeiro livro Poemas dos becos de Goiás e estórias mais, ela ficou tão feliz, depois ela escreveu 3 livros oficiais, e mais de 15 textos que ela escreveu em seu caderno durante sua vida.
Uma marca na história, ela deixou sua marca além de ser mulher, viver no interior, viver e lutar e vencer os preconceitos, e tudo de ruim naquele tempo, mas ainda sim foi uma grande mulher para todos no Brasil, e deixou sua marca no mundo, onde outrora era só para os homens, hoje é para tantos homens e mulheres, apesar dela nunca querer entrar nessa luta, mas ela foi um grande exemplo e ainda é.
Prêmios: O Troféu Jaburu, O Troféu Juca Pato e o título de doutora honoris causa da Universidade Federal de Goiás (UFG).
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Assim eu vejo a vida, de Cora Coralina
A vida tem duas faces:
Positiva e negativa
O passado foi duro
mas deixou o seu legado
Saber viver é a grande sabedoria
Que eu possa dignificar
Minha condição de mulher,
Aceitar suas limitações
E me fazer pedra de segurança
dos valores que vão desmoronando.
Nasci em tempos rudes
Aceitei contradições
lutas e pedras
como lições de vida
e delas me sirvo
Aprendi a viver.