Lágrimas brotaram em seus olhos, não só de medo, mas da tristeza profunda de mais uma traição.
Ela havia pensado, talvez, apenas talvez, Su Jiyai poderia ser diferente.
Mas como ela poderia? O mundo nunca havia mostrado a Huo Ning verdadeira bondade.
Preparando-se para o pior, Huo Ning colocou a pílula em sua boca e engoliu, fechando os olhos apertadamente enquanto esperava pela familiar onda de dor invadi-la.
Seu corpo ficou tenso, os músculos se contraíram, esperando pela queimadura, pela agonia que ela conhecia tão bem.
Segundos se passaram.
Mas ao invés de dor, uma suavidade reconfortante começou a se espalhar do seu estômago, desdobrando-se gentilmente por suas veias.
Era sutil no início, como o mais leve toque de sol em um dia frio, mas foi ficando mais forte, mais quente, até envolvê-la completamente.
A suavidade não era abrasadora ou dura como as drogas do instituto; era tranquilizadora, confortante, como um cobertor macio envolvendo seu corpo dolorido.