Ao passar da meia-noite, até a mansão luxuosa estava envolta em uma cortina de escuridão, como se a alegria anterior nada mais fosse do que glória passada. Em um quarto onde duas pessoas dormiam abraçadas em um sofá, apenas um leve lampejo dentro de um par de olhos escuros indicava a presença de mais alguém ali.
Não havia barulho enquanto o homem passava, nem sequer o som da respiração. E quando os olhos escuros olharam para o par no sofá, sua figura parecia imóvel como uma estátua. Sob a proteção da noite, ninguém poderia senti-lo a menos que ele quisesse ser encontrado.
Como agora.
"Fofos, não são?" ele disse com um sorriso fácil, para o homem que parou na entrada com um cobertor nos braços.
Os olhos cor de carmesim olhavam para ele com uma leve tremura, antes de o dono fechá-los por um segundo. Sem responder, Radia se aproximou do sofá e espalhou o cobertor que segurava por cima do par.