"Eles vão se arrepender! Com certeza vão se arrepender." Harold empurrou o vaso perto da porta e a peça antiga se quebrou imediatamente. Mas sua raiva não diminuiu. Ele então chutou a mesa e a lançou voando pelo chão.
Ele jogou o quadro do marquês em seguida. Seu vidro se estilhaçou e os cacos caíram por todo o chão. Depois as almofadas, o sofá, as cadeiras. Tudo foi sendo jogado pelo quarto ou quebrado.
Os serventes se esconderam nos cantos ou se encostaram na parede tentando desaparecer. Eles nunca tinham visto o marquês agindo assim antes. Ele sempre fora tão calmo e controlado, pensando com a razão e nunca deixava suas emoções transparecerem. Até Callum estava chocado.
Quando Harold desapareceu da cidade, ele procurou seu mestre por toda parte. Mais tarde ele soube pelos mendigos que a senhora fora levada pelo duque, mas ele não ficou nem um pouco preocupado. Sabia que isso poderia ser benéfico para o mestre. Seu mestre usaria isso para chantagear o duque e ganhar bastante riqueza como compensação.
Mas... seu mestre voltou com arranhões no corpo. Corpo machucado e braço ferido.
"Mestre..." ele chamou, mas Harold estava além de qualquer escuta. Seus olhos ardiam de ódio e raiva.
"Ela ousou recusar-me e tocar em outro homem. Ela estava tendo um caso e a prostituta tentou me fazer sentir culpado pelas artimanhas de Elene. Como ela se atreve!" Outro quadro caiu no chão.
"Meu senhor! A senhora..." Elene desceu as escadas, seus olhos varreram a bagunça que Harold tinha feito e pararam quando ela notou suas mãos sangrando.
Ela olhou para Callum questionadora. O homem fez uma pausa e foi até Elene. Ele informou onde Evangeline estava e deu uma ideia geral do que havia acontecido quando Harold foi buscá-la.
Os olhos de Elene cintilaram. Ela tinha ouvido falar do duque amaldiçoado e o tinha visto de longe. O homem tinha o rosto mais bonito que ela já havia visto. Mas seu corpo era melhor. Ele tinha o corpo pelo qual se poderia morrer. Mas ele estava amaldiçoado! Acreditava-se que toda mulher de sua família tinha morrido uma morte miserável após dar à luz. Elas não conseguiam suportar a aflição da maldição em sua família. Se ele passasse uma noite com a irmã dela e ela engravidasse... seus olhos brilharam de alegria.
Seria a morte merecida e ninguém poderia culpá-los. Mas por agora, ela tinha que acalmar esse homem. A esposa dele tinha fugido. Mesmo que ele não a amasse, seu ego deve ter sido ferido.
Ela sorriu suavemente e se aproximou dele como se não fosse afetada por sua raiva.
"Harold!" sua voz era macia e sedutora. "Eu ouvi o que aconteceu e estou chocada." ela sentiu a respiração dele se acelerar. Sua camisa estava cortada e seus olhos se fixaram no peito forte dele. Ele era uma besta forte ele mesmo. De sua aparência ao seu corpo... Tudo era tão perfeito! Ela envolveu os braços em volta de suas costas e o abraçou com força.
"Eu não posso acreditar que ela fez algo tão degradante. Mas sua raiva não a trará de volta. Você deveria dizer ao mundo porque ela fez isso. Embora possa afetar a sua imagem, o nome da família será arruinado também. Eu conheço minha irmã. Ela nunca suportaria prejudicar o nome da família. Ela voltaria num instante. Confie em mim... Eu posso ajudar você a trazê-la de volta." ela prometeu com voz suave enquanto o olhar de Harold vacilou. Ele a olhou sabendo bem o quanto ela odiava Evangeline.
Não havia como ela querer sua irmã de volta. Mas... ela queria sua irmã arruinada. Ele teria recusado em um caso normal, mas desta vez... Ele concordou.
"Avise as empregadas que ela correu para o duque amaldiçoado ontem à noite. Ela passou três noites lá e quando fui buscá-la, o duque me atacou e soltou seus cães. Voltei ferido somente com a ajuda do meu auxiliar." ele olhou para Callum enquanto Elene sinalizava para todas as empregadas. Elas se curvaram e saíram do quarto.
"Devemos reclamar à família real também. Eles trarão minha irmã de volta." Harold concordou. Embora isso os colocasse em uma situação complicada, já que o duque havia investido uma boa quantia em seus projetos, ele não podia deixar que aquele homem o chantageasse por essa razão.
"Harold.." Elene acariciou o peito dele, "você parece muito tenso. Claro, você ficaria horrorizado ao ver sua esposa nos braços de outro homem. Deixe-me ajudar você esta noite. Eu não suporto ver você sofrendo." ela se aproximou mais e sua veste solta escorregou de seus ombros fazendo com que seus olhos escurecessem.
Ela sorriu para ele e pressionou o peito dele, "deixe-me compartilhar sua dor. Tenho certeza de que tudo ficará melhor." O homem não precisava de um convite. Ele a segurou pelos cabelos e os puxou. Ela deu um gemido, mas seus olhos se encheram de emoção pelo que estava por vir.
"Evangeline passou dos limites ao tocar outro homem. Eu vou me certificar de que ela receba punição suficiente para aprender a lição. Se você está me usando para machucá-la, não precisa." ele soltou Elene mas a menina não se foi. Em vez disso, ela se aproximou mais.
"Ah Harold. Não estou mais interessada na minha irmã. É você quem eu quero." Ela beijou o peito dele e ele a puxou novamente. Mas desta vez quando ele encarou o rosto dela, estava cheio de luxúria e espesso de desejo quando beijou os lábios dela.
Seus gestos eram rudes, sem nada de doce neles. Mas ela não se importava. Ela tinha aprendido a amar este homem. Ela sabia que ele não iria se fixar na sua irmã fria que nem sequer conseguia demonstrar amor ou quaisquer expressões.
Ele rasgou a veste dela enquanto Callum fechava a porta atrás dele e a jogou no sofá...
"Esta vai ser uma noite intensa para você, Elene."