Os três donos de barraca não tinham terminado sua conversa quando Amália de repente começou a desmontar sua barraca e se preparava para partir. Eles quase pensaram que a conversa deles a tinha afetado.
"Indo embora tão cedo, irmãzinha? Ainda faltam várias horas até o pôr do sol," perguntou alegremente o dono da barraca gordinho.
"Sim, tenho algo para fazer, então estou fechando mais cedo hoje," respondeu Amália.
O dono da barraca magra suspirou sutilemente aliviado, notando de repente o dono da barraca velha sorrindo para ele, o que fez seu rosto se tensionar novamente.
Enquanto saía, Amália discou no comunicador de Samuel. "O que aconteceu com Carlos?"
Samuel parecia triste, ele disse: "Carlos está sofrendo por minha causa. Depois que o plano de Francisco fracassou, a culpa recaiu sobre Carlos. Eles sabotaram secretamente não apenas o negócio que os pais de Carlos lutaram tanto para construir, mas também os sobrecarregaram com dívidas."
Franzindo a testa, os olhos de Amália escureceram, lembrando-a de seus próprios pais. Por que essas pessoas gostavam tanto de usar tais artimanhas?
"Essa não é a pior parte para Carlos. O que realmente o faz sofrer é a traição da família do tio," explicou Samuel, com o rosto cada vez mais sombrio.
"Francisco sabe muito bem como atormentar alguém. Carlos já não gostava da família do tio e agora, incentivados por Francisco, estão tentando tomar os bens da família dele."
Pensar sobre isso fez Samuel se sentir desconfortável.
"Como ele está agora?" Amália perguntou.
"O que ele pode fazer? Ele está tentando ajudar os pais a pagar as dívidas e recuperar a propriedade arrebatada pelo tio," Samuel explicou.
"O poder da sua família deveria ser mais forte que o de Francisco. Você não pode ajudá-lo a recuperar? Seus métodos certamente deixam alguns rastros," sugeriu Amália.
Samuel sorriu amargamente, "Inicialmente pensei nisso, mas tenho medo pela minha própria segurança."
"Por quê?" Amália perguntou, confusa.
"Alguém está mirando minha família por trás dos panos, e isso coincide com os problemas na família de Carlos," Samuel explicou. "Não consigo deixar de pensar demais."
"Você tem certeza que está relacionado ao problema de Carlos?" Amália manteve um rosto sério. "Com a influência dos Salvador na Cidade da Grande Maçã, deveria haver muito poucos que pudessem enfrentar sua família."
"Embora pareça dessa forma, não significa que não seja possível. Investiguei, mas não consegui rastrear o mentor," Samuel disse com uma expressão inquieta.
"Geralmente, há apenas uma possibilidade - o status e o background familiar do mentor superam o meu."
"Você tem algum suspeito?" Amália perguntou.
"Os Yoder, os Rodriguez, os Zeigler e alguns outros," Samuel mencionou.
Ao ouvir 'Rodriguez,' a expressão de Amália subitamente esfriou. Ela pensou que poderia ser os Rodriguez, mas num instante, descartou a ideia.
Os Rodriguez não poderiam saber. Se Arthur soubesse sobre Carlos e sua relação com ela, ele não miraria apenas em Carlos; Mas provavelmente ameaçaria até os pais adotivos dela, o que seria mais eficaz.
"Não são os Rodriguez," Amália afirmou firmemente.
Samuel a olhou surpreso; o tom dela era muito certo, fazendo-o duvidar se Amália sabia de alguma coisa.
Entretanto, ele não perguntou, ele entende que todos têm seus próprios segredos. "Então provavelmente são os Yoder ou os Zeigler."