O Primeiro Ministro Raymond e Alwin acompanharam Arabella até seus aposentos uma vez que Ferdinand e os cavaleiros partiram.
Raymond estava todo sorridente. Ele agia todo gentil e acolhedor.
Por outro lado, Alwin estava tão frio com ela e não disse uma única palavra. Ele nem mesmo fingiu um sorriso para ser educado. Apenas a observava silenciosamente.
Até mesmo Raymond percebeu e deu uma cotovelada em Alwin, mas este ainda assim não fez nenhum esforço para fingir ser agradável com ela.
[O que há de errado com o Alwin? Eu notei isso da última vez também. Ele ousou encarar Sua Majestade. Ele acabou recebendo uma punição do Imperador, mas continua fazendo isso de novo. Ou será que ele está descontando na Imperatriz o fato de ter sido punido por Sua Majestade pela primeira vez? Se Sua Majestade relatar esse comportamento ao Imperador, Alwin receberá uma punição severa desta vez.]
Arabella aprendeu pelos pensamentos de Raymond; quando Alwin a encarou, Ferdinand fez o mago buscar algo difícil de obter de outro continente. Ela anteriormente pensava que Ferdinand não havia percebido, mas ele realmente percebeu e até puniu seu mago.
'Humf. Bem feito para você,' ela pensou vingativamente. Ela não entendia por que Alwin era hostil com ela.
Arabella pelo menos tentava agir de maneira gentil apesar de suas memórias do passado e sabendo quem entre essas pessoas do palácio eram escroques.
Alwin, no entanto, agia tão frio a ponto de ser rude com ela quando ela estava tentando ser educada com ele também.
Mesmo assim, ela deu de ombros e decidiu deixar pra lá já que estava de bom humor por causa de sua liberdade enquanto seu marido não estava por perto.
Com Ferdinand ausente, Arabella desfrutava fazer o que bem entendesse.
Por três dias, ela teve o que pareceu ser férias depois de tanto tempo. Provavelmente foi o único momento que ela passou descansando desde que começou seu plano de vingança contra Ferdinand em sua vida anterior.
Ela finalmente teve um pouco de paz e tempo para pensar sozinha sem que alguém a perturbasse.
Foi tão revigorante. Ela se sentiu tão livre por ter sua cama toda para si. Ela não precisava mais se preocupar em como fingir estar dormindo quando a noite chegasse.
Arabella dormiu profundamente em sua cama sem um Ferdinand lhe incomodando. Ela dormiu quanto quis e acordou tarde.
Ela também fez suas refeições sozinha em seu quarto sem muitos olhos vigiando cada movimento seu.
Foi um grande alívio. Ela não precisava mais se preocupar que Ferdinand pudesse estar em algum lugar a espreitando.
Todas as manhãs, Arabella até passava a hora do chá no jardim comendo algumas frutas enquanto admirava as flores.
Foi a primeira vez que ela apreciou flores em tanto tempo. Ela uma vez amou colher flores toda manhã quando ainda estava em Lobelius. Mas ela quase se esqueceu que isso já foi um de seus hobbies.
"Milady, quero dizer, Sua Majestade, devo colher algumas para você?" Aletha perguntou quando Arabella continuou olhando para as flores.
"Não. Vou apenas adorá-las como estão," ela recusou e apenas comeu algumas frutas.
As flores eram lindas, mas ela não estava tão absorta por elas como costumava estar. Ela estava mais interessada em comer as frutas em seu prato.
Arabella havia pedido por frutas Valerianas no outro dia e as empregadas ficaram felizes em apresentar as frutas para ela. Elas disseram que apenas as colheitas mais frescas eram trazidas para seus lanches e refeições.
Tudo tinha um gosto bom mesmo. E ela aprendeu pelos pensamentos delas como o Chefe de Cozinha tinha sido tão rigoroso e verificou as mercadorias entregues pessoalmente apenas para garantir que todas elas fossem da melhor qualidade.
"Saudações a Sua Majestade," Primeiro Ministro Raymond se aproximou e perturbou sua hora do chá.
Quando ela queria falar com ele, ele não estava por perto. Mas agora, quando ela estava relaxando, ele perturba sua paz.
Nos poucos dias antes de Ferdinand partir para as fronteiras, Arabella esteve indo ao seu estudo, o escritório da Imperatriz, todos os dias de propósito.
Ela estava insinuando que estava interessada em aprender a fazer seu trabalho. Contudo, ninguém a procurou. Ela pensou que Raymond perceberia e começaria a ensinar assim como fez em sua vida passada.
Contudo, ela logo aprendeu que Raymond estava inundado de trabalho. Mesmo que ele tenha ouvido falar dela indo ao seu estudo todos os dias, ele não tinha tempo para ensiná-la.
Se Arabella de repente fizesse seu trabalho sem ninguém lhe ensinar o que fazer, seria suspeito, já que o que foi ensinado a ela em Lobelius também tinha seus limites.
Além disso, todos estavam pensando que eles deveriam deixá-la focar primeiro em engravidar, então eles não lhe pediram para fazer nada.
Foi por isso que ela ficou à toa por três dias. Ela honestamente não tinha nada para fazer já que nenhum trabalho era trazido ao seu escritório mesmo que ela ficasse lá o dia todo.
Arabella queria ser uma Imperatriz funcional para ganhar algumas pessoas ao seu lado. Ela já conhecia suas responsabilidades, já que vinha fazendo o trabalho de uma Imperatriz por anos.
No entanto, eles não lhe davam trabalho quando ela queria fazer seu trabalho.
Com nada para fazer, ela facilmente ficou entediada de ficar à toa, então ela pediu a Eunice naquela manhã para enviar uma carta a Raymond perguntando quando ele teria tempo livre, já que ela queria conversar.
Ela estava determinada a pedir para Raymond ou fazer com que ele designasse alguém para iluminá-la sobre o que ela deveria fazer para poder começar a trabalhar.
Quem diria que Raymond apareceria imediatamente? E bem durante a hora do chá dela? Ela pensou que teria que esperar alguns dias, já que ele estava ocupado.
"Sua Majestade, eu li sua carta desta manhã. Eu estava prestes a escrever minha resposta quando a vi aqui. Se estiver tudo bem com você, podemos falar sobre suas preocupações agora?" Raymond perguntou depois que as devidas cortesias foram trocadas.
Ela concordou, já que Raymond talvez não estivesse livre durante um tempo. Esta pode ser a única oportunidade.
"Eu gostaria de começar a desempenhar minhas responsabilidades como Imperatriz. Procuro sua orientação, pois me sinto envergonhada de perguntar ao meu marido," Arabella explicou.