Saí cambaleando do elevador para um saguão bonito, completo com um guarda de segurança.
Dane-se a minha vida.
Eu sabia que tinha sangue escorrendo pelo meu braço direito; Eu podia senti-lo secando e ficando pegajoso a cada momento que passava.
"Com licença, senhorita?" perguntou o guarda, contornando a mesa e vindo direto para mim.
Eu não podia esperar. Ele chamaria a polícia, e eu seria presa por assassinato. E se eu fosse, minha carreira acabaria. Ninguém contrataria um médico que foi condenado por assassinato. De jeito nenhum.
Não, eu tinha que correr.
Antes que ele pudesse se aproximar mais, eu corri para as portas, feliz ao ver que elas se abriram automaticamente para mim. Eu era pequena o suficiente para nem precisar esperar por elas.
Espremendo-me pela estreita fresta, saí do apartamento e corri rua abaixo. Eu não sabia para onde estava indo, e francamente, não me importava. Eu só precisava me afastar daquele lugar e do homem que eu tinha matado.