Meu nome é Leonard, mas sou conhecido apenas como Léo; sou filho de dois refugiados da cidade de Ottawa, Canadá. Meus pais vieram para Bluerylandia assim que descobriram que eu seria um gênese y+, a decisão deles de vim morar nesse país foi para me proteger da perseguição do governo canadense e com a ajuda do médico que fez o parto da minha mãe...
- Léo? Já acordou? – grita a minha mãe ainda da cozinha.
- Já mãe.
Viemos morar aqui e mantenho os meus poderes escondido, já que a única coisa que sei fazer com a minha habilidade é causar algum tremor na terra tipo um terremoto.
Pego a minha bolsa da escola, abro a porta e saio. Na cozinha encontro a minha mãe colocando o café da manhã na mesa, o café típico bluerylandês: queijo do leite da cabra, com café com leite, o leite também da cabra e uma farofa de ovo de pato com tapioca levemente queimada.
- Bom dia mãe! – digo lhe dando um beijo na bochecha.
- Bom dia!
Puxo a cadeira e me sento. A nossa casa é bem simples: cozinha e sala integrada, decoração rústica, poucos móveis e a mesa onde nos juntamos para a refeição é uma mesa redonda de quatro lugares, que fica entre a sala e a cozinha.
- Aonde está o papai? – pergunto enquanto me sirvo com um pedaço de tapioca logo após já ter colocado o café na caneca.
- Foi ajudar o senhor Marco com o carro que está sem querer pegar – responde a minha mãe, se juntando a me à mesa.
Abro a porta, vou na garagem, pego a minha bicicleta, monto e saio pedalando.
Moro em um vilarejo que fica cerca de trinta quilômetros da capital Green city, gasto em torno de trinta minutos até o colégio onde estudo. Tenho a opção de ir no ônibus que vem até o meu vilarejo buscar os alunos, mas prefiro ir de bicicleta porque assim me exercito e consigo controlar o meu poder, já que o sedentarismo é o inimigo das pessoas com o gênese y+.
Todos os dias percorro esse mesmo caminho, passando pelas casas feitas de madeira bem simples em um local só de terra. Aos sábados e domingos vou jogar com os meus colegas do colégio para não ficar parado.
No centro da cidade, onde tem a pista de ciclista, passo em alta velocidade compressa de chegar logo no colégio, a rua está movimentada tanto de carros quanto de pedestres; olho para o telão gigante que tem pregado em um dos prédios de cem andares do centro e vejo que está passando uma das propagandas da empresa Baskerville, e o seu filho primogênito Kael Baskerville é quem está atuando. A empresa Baskerville, é uma das maiores empresas de tecnologia e tem sede espalhada pela Americana do Norte e duas na Europa. Ouvir falar que além do Kael, o senhor Baskerville tem um outro filho da minha idade, entretanto nunca o vir ao lado dos pais em fotos nos jornais e nem em rede social, parece que ele gosta de uma vida longe dos holofotes, só sei que o seu nome é David Baskerville.
Chego no colégio, estaciono a minha bicicleta no local reservado para estudantes guardarem as suas bicicletas, ando para dentro do colégio tirando os fones do ouvido e guardando no bolso do blazer. Logo na entrada encontro dois amigos meu e Julia, a garota que estou tendo um caso sem compromisso.
- Chegou o astro – diz Guilherme tocando em minha mão. – E aí Belê?
- Belê – faço o mesmo cumprimento que ele, cumprimento o outro rapaz, abraço Julia e lhe dou um beijo rápido e suave nela.
- Cara... já tá na hora de assumir a Julia como namorada – diz Guilherme
- Ainda não – digo passando o meu braço atrás das costas de Julia, segurando em seu ombro e entrando abraçados para dentro do colégio, sendo acompanhados por os dois rapazes.
No colégio, eu sou o mais popular. Muitas garotas já me enviaram bilhetes secreto, me passou cantada durante algum evento esportivo, mas ainda não encontrei a garota que realmente me faz querer namorar, só estou com a Júlia porque ela me pediu em namoro, neguei o seu pedido e ela acabou se alto mutilando, os professores disse que ela sofre de depressão e isso me fez ter pena dela e disse que eu ia ficar com ela apenas para ver se realmente daria certo sermos namorados.
Na sala, durante as aulas de geografia, Guilherme e eu conversamos e rimos de coisas aleatória.
- Léo e Guilherme? Se for para ficar rindo na minha aula vou levar os dois para a diretoria. – grita a professora
- Desculpa professora! – peso desculpas para ela e olho para algumas crianças do fundamental brincando na quadra em frente a minha sala.
Estiquei a minha mão em direção a eles, sem que ninguém ver, e fiz a quadra tremer. Um deles pegou a bola assustado e saiu correndo para fora da quadra gritando o professor que está tendo terremoto. Abro um leve sorriso.
Na última aula do dia, em torno de onze e meia do dia, comecei a sentir um calor fora do normal, mesmo estando na época do verão e temperatura está em quarenta graus celsius, o calor que eu sentia era de sessenta graus celsius. Esfreguei o meu pescoço na intenção de disfarçar, olhei para o professor na frente, escrevendo uma equação no quadro negro, olhei para Julia no meu lado, acompanhando o professor e escrevendo a mesma equação em seu caderno de cabeça baixa, e o calor está só aumentando.
Isso não é normal – pensei enquanto encarava o professor novamente.
- Professor? – ergo a mão e ele olha para mim – Posso ir ao banheiro? – Todos da sala também olha para mim.
- Pode – diz o professor voltando a escrever no quadro.
- Você está sentindo alguma coisa? – pergunta Julia me segurando pelo blazer.
- Estou – me soltou dela e vou para o banheiro.
Dentro do banheiro, lavei o meu rosto com água umas duas vezes, molhei o meu cabelo e nada do calor aliviar, parecia aumentar cada vez mais. De repente começou a sair fogo da minha mão, eu fui afastando de costas, olhei no espelho, assustado e vir que o meu cabelo está se tornando fogo; corri para dentro do box do banheiro, tranquei a porta com o pé porque todas as duas mãos minha tinha sido tomada por fogo.
Outra habilidade?! O normal não é apenas uma habilidade – ficou com os meus pensamentos confuso, enquanto o meu corpo é tomado por chamas e aos poucos fico desesperado ao ver o meu uniforme escolar sendo queimado pelas chamas e deixando o meu corpo a mostra.
- O banheiro está pegando fogo – escuto alguém gritando do lado de fora.
Olho para cima do box, olho para o meu corpo completamente nú e em chamas espalhado por ele todo sem queima-lo e fico sem saída.
E agora, o que eu faço? Se eu sair assim todo mundo vai descobrir que eu possuo o gênese y+, além do constrangimento que irei passar em sair pelado no corredor.
- Tem alguém aí? – ouço uma voz feminina e fico em silêncio.
Não poderia ser pior...
De repente ouço uma voz feminina invadindo a minha mente
Não se preocupe, também tenho o gênese y+ igual a você. Saí e irei ajudá-lo antes que seus colegas cheguem.
Não posso! Estou nú – apenas penso na intenção dela ouvir com os seus poderes.
Ela joga um casaco cumprido por cima da porta do box e eu aparo com minhas mãos já sem chamas.
Você ainda está em chamas? Se estiver, tenta acalmar os seus pensamentos e assim você consegue controlar os seus poderes.
Olhei para o meu corpo e vir que as chamas já estavam apagando. Vestir o casaco como saia e deixei a parte de cima nú, porque ele não cobriria todo o meu corpo se eu vestisse normal. Abrir a porta e encontrei com a orientadora do colégio parada do lado de fora esperando por mim.
- Vamos? – diz ela saindo rápido do banheiro e eu vou atrás dela com passos rápido também antes que alguém nos veja.