Na época, eu não entendi o porquê de minha vida não ser igual ao das outras crianças, minha mãe era uma prostituta viciada que em vez de tentar melhor para seu filho, ela preferiu vender seu corpo para sustenta seu vício em heroína e pó nas horas vagas.
Constantemente, homens e até mesmo mulheres, ia na nossa casa para poder se satisfazer como bem entendesse com a mulher que eu chamava de mãe, no início, eu achei que minha mãe era uma vítima e tentei defendê-la, tinha 10 anos, eu recebi uma surra como forma dela me repreender por ter feito ela perde um cliente extremamente importante, como se todos os seus clientes não fossem de "extrema importância"
Por um tempo, um cara, um namorado traficante, veio mora conosco e o inferno só piorava, eles brigavam todos os dias por nada, no início eu ainda tentava a defender, realmente acreditava que ela mudaria, mas me cansei daquela merda e com 15 anos eu fugir de casa, fui mora na rua, meus avós não me queriam, diziam que eu era fruto do mal, da abominação... Meus avós eram fanáticos religiosos e como minha mãe era uma prostituta viciada, que de quebra teve filho com um homem casado, eu não era bem-vindo então aprendi a me cuidar sem nenhum deles.
E em um dia enquanto dormia na rua, tava frio, era inverno, aquela mulher me achou... Me lembro exatamente bem, como se fosse hoje.
— Qual o seu nome criança? – Uma mulher linda, robusta e com roupas bem elegantes para aquele lugar.
— Haru... – Eu falava com medo, para um garoto de 15 anos... Ela tinhas unhas grandes e na hora que ela tocou meu rosto, para limpa algo que estava na minha bochecha, pude jura que ela arranharia meu rosto.
— E por que estar aqui Haru? Deveria estar em casa – Lembro bem de ter olhado pro lado com um certo receio, naquela época, tinha muitos contrabando de menores e não que eu fosse um galã de novela, mas meus órgãos ainda prestavam.
— Eu... Não tenho nada... — Aquela linda mulher me analisou dos pés até a cabeça e com um sorriso gentil ela disse:.
— Agora tem
E assim começou minha história com a família Kurayami.
Japão
15 anos depois
casa dos Kurayami
Terminou que eu vim morar com essa família, ganhei quatro novos irmão, descobri que a mulher que me tirou da rua é uma mexicana que foi vendida para esse japonês e que a família Kurayami chega a bater de frente com a famosa Yakuza, em algumas ocasiões, já tive o desprazer de me bater com líderes de algumas organizações da Yakuza quando vinham para cá.
Felizmente, ninguém me obriga a fazer nada, nem quado Elektra me tirou da rua, antes dela me trazer para casa fiquei na boate dela, achei que viveria como minha mãe para sobreviver, transando com mulheres ou até mesmo com homens ou até mesmo servir como aviãozinho para suas drogas, mas Elektra me deixou na mão de uma anfitriã da casa e deixou claro que eu somente limparia os quartos e foi nesse que eu conheci meu irmão mais novo, Atlas Karayami, na época, ele tinha 14 anos, ele era bem pequeno para fala à verdade hahaha era fofo... Mas também gostava de enfrentar seus pais e sua mãe o repreendia o dando tapas tão fortes em seu rosto que suas unhas machucaram o seu rosto uma vez... As vezes ele chegava com curativos, hematomas... Quando ele fez 16 anos, ele foi embora, foi para os Estados Unidos e nunca mais voltou e isso já se passou 15 anos, me pergunto se ele um dia voltará.
— Haru – Me assustei com a voz de Rika, a filha mais nova de Elektra, eu meio que era irmão/ajudando então nesse momento eu estava distraído enquanto enchia um copo com café, mas o alerta de Rika me fez perceber que eu tinha enchido o copo até a boca e estava prestes à derrama.
— Vem, o papai estar nos chamando – Eu concordei.
— Já vou, vou termina de limpa isso – Ela abriu um sorriso amigável e saiu, a casa era grande, extremamente grande, vários andares, algumas portas eram de correr e outras eram portas lisas, mesmo que o senhor Kurayami prezasse por manter suas "origens" a atualidade atinge a todos e já que ele não mora conosco, Ryota decidiu mudar a casa – Arrumei as coisas e fui o mais rápido possível para o andar aonde eles estavam, tinham empregados para todos os lados, eu respirei fundo e abri a porta vendo todos sentados ali, pedi perdão pelo atraso, entrei e fechei a porta e me sentei do lado de Emi.
— Já que estão todos aqui, posso começar... – Ryota pigarrou e estava prestes a iniciar sua fala mas alguém abriu a porta com tanta brutalidade que o barulho ecoou pela sala, o que fez todos nós olhamos para trás, eu arregalei os olhos quando vi quem era na porta.
— Como poderia começar sem o seu primogênito? – Aquele homem que não reconhecia, abriu um sorriso de canto, mostrando sua satisfação em chamar a atenção para si.
— Atlas....