Landon se despediu de Tim e remarcou com ele para amanhã, enquanto tentava não demonstrar estar nervoso.
Landon então deu uma desculpa qualquer e foi até a costa para ver se já o conseguia ver, e de longe, ele viu um pontinho bem pequeno marrom, Trey também viu isso e se assustou, Landon não perdeu tempo fez uma curva em U com Trey de volta para a região superior, Trey estava se controlando bastante, seguindo ele logo atrás, ainda com algumas dúvidas em mente.
Assim que Landon entrou no castelo, ele ignorou tudo e foi até o escritório de Lucius, onde já chegou dizendo:
"Lucius, há um navio vindo em direção à costa marítima de Baymard, por favor, reúna 100 homens e venha comigo em direção à costa."
Lucius se levantou da cadeira calmamente, e pegou sua espada em sua cintura e saiu com passos rápidos, enquanto corriam, Lucius perguntou de forma autoritária:
"Quanto tempo você estima que eles levarão para chegar?"
"2 horas." Landon respondeu de forma que um subordinado responderia, abandonando a ideia de que era um comandante do exercito.
Tudo aconteceu muito rápido e Lucius estava confuso e ansioso, mesmo assim confiou na análise de Landon.
Lucius soube que Landon e Trey tinha ido a costa apreciar a vista e acabaram notando um pontinho marrom e vieram correndo até ele para o avisar, um comandante consagrado em guerra.
1 hora depois, enquanto eles reuniam homens suficientes, um soldado que guardava o porto correu até eles gritando ansioso.
"Meu rei, um grande navio está se aproximando da costa, estima-se que eles chegarão em uma hora." Disse o soldado muito nervoso.
"Você fez bem, soldado... Obrigado pelo seu relatório, volte e diga ao resto dos soldados estacionados lá que traremos homens suficientes para a segurança antes que o navio atraque na costa."
Quando o soldado estava prestes a sair, ele se virou e percebeu que muitos cavaleiros já estavam reunidos no pátio com Landon.
"Sua alteza já sabia da aproximação do navio? Ou há outra rotina de treinamento que eu desconheço?" ponderou o jovem soldado.
" Não ..... já sabíamos deles devido a um momento de lazer meu .... mas você fez bem em relatar, continue assim." Landon deu um leve sorriso e se despediu do soldado.
E assim, mais 30 minutos se passaram, e Landon começou a se mover em direção à costa marítima com seus homens.
Uma vez na praia, Landon pediu aos moradores que retornassem por razões de segurança e esperou que o navio inesperado atracasse.
A primeira vez que Landon veio aqui durante a inspeção, ele sabia que algo suspeito estava acontecendo.
Já havia um cais para navios construído aqui, e a maioria dos moradores disse que a cada quatro meses, o pai de Landon, o rei de Arcadina, vinha a Baymard no navio para visitas.
Aparentemente, os senhores da cidade e os barões mentiram para os ignorantes moradores para impedi-los de serem intrometidos.
Durante o período em que o navio atracava, o senhor da cidade sempre proibia as pessoas de chegarem ao litoral ou mesmo de irem para as regiões mais baixas.
O senhor da cidade alegou que eles incomodariam sua majestade e seriam mortos se aparecessem em qualquer um desses lugares.
Os moradores tinham tanto medo de morrer que, quando o navio atracava, eles se escondiam na região central e só procuravam comida na floresta do lado de fora dos portões da cidade.
No começo, ele não entendeu bem quais eram os planos dos barões e do senhor da cidade, afinal aqui nada era produzido devido a terra árida, mas depois de visitar as minas na região inferior, ele finalmente completou o mistério intrigante.
Não havia como seu pai tirar um tempo a cada 3 meses para visitar Baymard, 3 meses era o que ele fazia de treinamento com os cavaleiros, ele preferia acreditar que vacas podiam voar do que acreditar nessa história.
Os aldeões viveram toda a vida aqui e eram pessoas simples, o que eles sabiam sobre visitas reais? ... a ignorância os fez serem enganados por aqueles nobres.
Estava claro que esses eram os mercadores que negociavam com o senhor da cidade e os barões, o emblema e a bandeira em seu navio mostram que eles são do império de Carona.
Da localização de Baymard, Carona era seu império vizinho mais próximo comparado a Terique. Fazia sentido que esses nobres negociassem com pessoas de fora do império de Arcadina, dessa forma, seu pai nunca saberia de nada, então Landon concluiu que este navio deveria ser um navio mercante que estava vindo negociar com eles.
Quando o navio atracou, um rapaz gordinho de 20 anos, cercado por seus próprios cavaleiros de placas pesadas, saiu do navio em direção a Landon.
Ele sorriu enquanto abria os braços e falou em voz alta:
"Onde estão o Barão Sylvain e o Lorde da Cidade Damian? Eles caíram? Acabei de negociar com algumas cidades no império de Yodan e decidi obter meu suprimento habitual daqui."
Enquanto Landon olhava para o garoto, ele observou que ele não tinha a mínima ideia da situação atual de Baymard, o que não era novidade já que para o mundo, Baymard era uma terra árida e agora habitada por um traidor.
Esse garoto era um cara alegre, sim, na verdade, Landon achava que ele era a versão menor e mais gordinha do Papai Noel na Terra, sem os cabelos e barbas grisalhos... Só de olhar para ele qualquer um sorria.
Enquanto ele falava, dava para perceber que seu sorriso era genuíno e suas bochechas ficavam rosadas, que cara alegre, Landon pensou.
"Desculpe senhor, mas o senhor da cidade e os barões foram colocados em outras cidades do império de Arcadina, eu sou o novo senhor e novo rei de Baymard, rei Landon." Landon disse com um sorriso.
O jovem mercador ficou surpreso com a afirmação de Landon.
Os olhos do jovem mercador ficaram bem abertos e sua boca abriu um pouco, Landon realmente pensou que esse cara não tinha nenhuma cara de pôquer, falhando em sua missão como mercador, por que ficou tão surpreso?
"Então você é o famoso filho do rei Barn, Landon? Você não é nada parecido com o que as pessoas descrevem, elas sempre dizem que você brilha e é frio e cruel, com sua inteligência absurda ..... eu posso dizer a verdadeira natureza de uma pessoa apenas observando-a, eu acho que você parece ser um bom sujeito." o mercador disse enquanto concordava consigo mesmo.
"Onde estão minhas maneiras? Esqueci de me apresentar a você." disse o mercador dando um tapa em si mesmo.
Todos apenas balançaram a cabeça para isso, era normal se esquecer desse tipo de coisa ao falar de politica da nobreza e realeza.
"Meu nome é Benjamin Hamilton... para abreviar, você pode me chamar de Ben, Já que seremos parceiros de negócios, você ainda tem aqueles relógios de .... como era mesmo o nome? assim .. de pêndulo? aqueles que parecem uma pequena torre pontuda?" Benjamin perguntava com os olhos cheios de desejos.
"Prazer Benjamin ... já que somos parceiros de negócios, farei um desconto para você pelos relógios de pendulo .... que tal 5 moedas de ouro cada?" Landon respondeu em seu modo empresário.
"Não, não, não, que tipo de preço é esse? Você está querendo me dar eles? Não sou um mendigo que falta dinheiro, sou um homem honesto!" Benjamim disse enquanto segurava seu maxilar e balançava a cabeça calmamente.
Landon ficou bem contente com essa afirmação de seu novo parceiro de negócios, mas ele também é bem duro com isso.
Os relógios de pendulo são uma das 3 maiores invenções de Landon, esta ficando em primeiro lugar, enquanto a máquina de fiar ficou em segundo e a de costura em terceiro, a quarta seria a máquina a vapor, mas o mundo só vai saber disso daqui a um bom tempo.
Um relógio de pêndulo na capital custa umas 30 moedas de ouro no mínimo, para você ver o quanto foi valorizado seu relógio, então por 5 moedas de ouro é 2,5 vezes mais barato.
"Sério? ... ok .... dessa vez aceitarei o preço que você me ofereceu." Ben respondeu enquanto segurava as mãos de Landon e as apertava fracamente, como um estereótipo de um vigarista malandro.
Um dos cavaleiros do lado de Benjamim tossiu suavemente e olhou para Landon como se ele fosse seu ídolo.
Landon sorriu de volta para ele, sabendo bem de sua fama por Hertfilia.
"Landon, vamos falar de mais negócios mais .... sérios agora." disse Benjamim enquanto segurava os ombros de Landon e caminhava em direção à região inferior.