Evelyn não pôde deixar de sorrir com a confiança da mulher. Laila—não, Annabelle—era mestre em sua arte. Ela desempenhava seus papéis muito bem, quase como um camaleão deslizando de uma pele para outra.
—Então, você não é mais peão de Sofia?— perguntou Evelyn com um tom divertido.
Annabelle riu, encostando-se para trás com uma arrogância que irradiava seu verdadeiro eu. —Peão?— ela zombou. —Ela era o meu peão. Você realmente acha que eu me deixaria estar à mercê dela? Como uma golpista certificada, não seria justo se eu não a enganasse também. Você não acha?—
Evelyn ergueu uma sobrancelha, claramente impressionada, mas não totalmente convencida. —Então, a artista finalmente superou sua empregadora?—
—Como artista, o preço era tentador,— admitiu Annabelle, girando uma mecha de cabelo entre os dedos. —Mas entrar em seus sapatos? O luxo era muito mais tentador. Aquela pobre mulher nunca teve chance uma vez que decidi traí-la.—