Em um cemitério, duas pessoas estavam diante de uma cova. A mulher estava focada no túmulo fazendo alguns calculos com os dedos enquanto o homem não tirava os olhos dela.
Com uma máscara cobrindo o rosto e um manto no corpo, o homem fitava a mulher que se recusava a se disfarçar. Em vez de se sentir um tolo, ele a considerava a verdadeira tola.
– Hahaha... Você tem certeza bruxa? Esse é o portal? Há, só de imaginar... que tipo de mundo a do outro lado... schiooo... Ahh...
Derrenpente uma luz cegante surgiu do túmulo e engoliu a mulher tão rápido quanto um flash deixando o homem com cara de tacho encarando o local onde ela estava. Tudo que restou foi o grito dela ecoando pelo cemitério.
Ele esperou, esperou, e esperou um pouco mais, o tempo foi passando até que duas horas se foram e finalmente o convencendo de que ele não seria pego pela luz também.
– Droga, por que só levou ela? Espera... – pensando na conversa anterior ele inferiu qual era o problema – hahaha, era tão simples assim, por que eu não pensei nisso antes? Qual é a única diferença que existia entre nós? A fantasia é claro – Com um sorriso no rosto o homem já avia se livrado de toda a roupa, sua risada maníaca se estendendo por todo o cemitério como se para dizer, "Olha, vocês veem, eu sou incrível".
O homem estava rindo depois de resolver o problema quando a luz brilhou novamente, foi tão rápido quanto da última vez. O homem estava no meio da preparação para dizer "Me leve" quando tudo já tinha acabado, ele ainda estava no cemitério outra vez com cara de tacho encarando o local onde a mulher estava ou para ser mais preciso, o local onde ela está agora, se é que ainda é ela.
O homem encarou o dito local com o rosto cheio de terror, seu corpo tremendo sem parar, ele nem conseguia reunir coragem para investigar mais de perto, até porque... Era só um monte de carne e ossos misturado com algumas roupas, roupas que ele reconhecia, eram as roupas da mulher que tinha acabado de ser levada.
– Ela... morreu! – Se livrando do medo o homem deu alguns passos para trás, tomando cuidado para não alertar ninguém, ou o que quer que seja aquilo. A ideia de ser levado para outro mundo agora era apenas um sonho, ou um pesadelo levando em consideração o fatos recentes.
Como se percebesse que o homem estava planejando fugir, a luz brilhou dinovo, tão rápido como da última vez. Dessa vez o homem em estado de pânico e cheio de medo, agiu por instinto e soltou um berro de estourar os tímpanos, o estranho é que o grito veio antes da luz e mesmo depois dela ainda reverbava pelo cemitério como se para mostrar para os mortos que ele não se renderia.
Em frente a uma pedra, um velho olhava para uma poça de sangue. Pensando se devia alertar a igreja sobre o demônio disfarçado de mulher que os demônios enviaram para se infiltrar no mundo humano ou só esquecer o que aconteceu. – Era pra ser fácil assim... não é muito fraco para um demônio... ou... melhor esquecer. Ele estava tão absorto nessa questão que nem se deu conta de que o corpo da mulher ou o que sobrou dele avia desaparecido.
O velho ainda estava murmurando para si mesmo sobre como a mulher se explodiu quando ele a prendeu com o feitiço de selamento quando um homem com toda a sua plenitude apareceu na sua frente gritando de prenos pulmões tão alto e derrepente que os olhos do velho se arregalaram de horror e rolaram para trás.
O homem ainda gritando de medo parou quando percebeu que ainda estava vivo, mas o alívio foi apenas momentâneo, ele foi transportado para esse mundo desconhecido... se lembrando do monte de carne e ossos seus pelos se arrepiaram.
Embora tenha levado duas horas para ela apercer naquele estado, ele nao se deixou levar, aquele pode ter sido o tempo de transporte entre mundos. Pensando nisso ele olhou em volta avistando a possa de sangue e o velho logo em frente que mostrava um olhar sem vida.
Só para confirmar ele se aproximou do velho se lembrando de que nas novels que ele lia quanto mais velho mais poderoso. Estão ele se aproximou com cuidado e não vendo reação do velho ele tocou no ombro dele.
A pele do velho parecia ser feita de metal forjado de tão dura, como se para comprovar o homem deu um soco na cara do velho, mas o velho nem se moveu, muito pelo contrário, foi a mão do homem que sangrou, seus dedos torcidos mostrando que ele não se conteve.
Mas uma coisa é certa, o velho estava morto, ou ele teria acordado e o homem já estaria morto, e considerando a situação, a morte dele ia demorar mas que a da mulher.
Derrepente o ar em volta do velho começou a vibrar atordoando o homem que ainda estava encarando o punho da mão com descrença.
Uma frase apareceu frutuando na frente do velho, "Eu Lendor Fuisk estou morto". A frase flutuou por alguns segundos antes de se transformar em uma águia dourada e rasgar os céus rumo ao horizonte. Não rasgou de verdade, era só um prefixo para descrever a velocidade aterradora da águia.
Vendo tudo isso, o homem percebeu que que não era bom para ele ficar naquele local por mais tempo.
Ele estava prestes a fugir...que dizer...sair, quando olhando para seu estado nú e para o manto negro do velho seus olhos brilharam.
Agora vestido, o homem estava prestes a iniciar sua fuga...saída, quando uma série de mensagens apareceram na sua frente.
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Sistema de roubo inigualável ativado com sucesso. Dados do usuário.
Nome: Lucios Baleron
Nivel de mana: Nenhum
Poder magico: Nenhum
Poder de combate: 2
O usuário foi recompensado com 10 000 000 de pontos por matar um mago semi-santo.
Bip---Bip
Erro de sistema: O usuário não possui um núcleo de mana.
Reencarnação necessária.
Pontos necessários, 10 000 000
Você deseja reencarnar?
SIM/NÃO
Observação: O usuário só despertará sua consciência quando o corpo atingir uma idade equivalente a da consciência.
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Olhando para as mensagens, um sorriso apareceu no rosto de Lucios – Porque não? Hahaha... – Ele ficou imaginando os contos de reencarnação que ele via nas novels e nem prestou atenção na mensagem de observação. Até porque essas observações são sempre iguais... Maneiras diferentes de te convencer a desistir de uma grande chance.
– Sim – ele disse mentalmente.
Então seu corpo explodiu e uma luz "sim, aquela luz" brilhou e tudo que restou dele foi uma poça de sangue.
Enquanto isso!
No antigo mundo de Lucios, um rato de academia corria por ruas escuras e desertas próximas ao cemitério abandonado quando escutou uma risada maligna cheia de desdém e felicidade como se um cadáver volta-se a vida é declara-se ao mundo que venceu a morte.
Com o corpo branco com papel, ele virou a cabeça na direção de onde veio a risada quando ouviu um berro tão grotesco e desumano que se mijou e caiu no chão. O berro ficou reverbando pelo ar mostrando que não era sua imaginação movida pelo medo. Temendo o pior ele se levantou usando todas as suas forças e fugiu prometendo chamar a polícia quando estiver a dez kilomentros desse lugar e prometendo não voltar aqui nem que lhe pagasem.
Duas horas depois um policial chegou no local. Olhando o mapa antigo da cidade cedido a ele por sua parceira já que técnicamente esse lugar não existe no mapa real da cidade. O mapa mostrava um cemitério logo atras de um Bosque na lateral da rua. Seguindo o mapa ele logo encontrou o cemitério e entrou.
Pouco tempo depois ele encontrou o túmulo que Lucios e a mulher escavaram. Olhando para o túmulo vazio e os dois montes de carne e ossos que pareciam de seres humanos ele ficou horrorizado. Com as maos tremendo ele chamou todas as forças policiais dizendo que o caso era muito mais sério do que o previsto "Um idiota ficou com medo e chamou a polícia".
E, eles só enviaram alguém, por que esse é um local amaldiçoado segundo as lendas da cidade, eles queriam dar um susto nesse novato, e deu certo.
Só depois de muita falação via telefone ele convenceu seus colegas policiais de que não era brincadeira e que realmente tinha dois restos humanos em estado deplorável, tornando esse, um caso de possível homicídio, ou sacrifício satânico.
Duas horas após o telefonema terminar, todo o local foi cercado e interditado até segunda ordem.
Dois dias depois, dois homens de terno preto apareceram no local que estava interditado pela policia, dois dias depois, todos os policiais envolvidos incluindo rato de academia que fez a denúncia, desapareceram como se nunca tivessem nascido, outros dois dias depois, os parentes, amigos e familiares, qualquer um que tivesse relação com eles, sem exceção sofreram do mesmo destino.
Lucios nunca pensaria que seus feitos marcariam o inicio da evolução humana e o que no futuro seria conhecido como a maior guerra intergaláctica do universo.