"Bom dia, mãe!", disse animada, ao mesmo que tempo que me aproximava da mulher que neste momento preparava uns deliciosos ovos mexidos e lhe depositava um beijo na face
"Dormiste bem, Clarinha?", perguntou ela retribuindo o mesmo gesto de afeto que lhe havia dado
"Melhor que nunca.
" A Maya já se está a preparar?"
"Acho que ainda estava a dormir, na verdade, a porta estava fechada e não ouvi nem uma mosca a vir de lá dentro. Acho que vou chamá-la."
Saí da cozinha, dando de caras com o meu pai e a minha pequena irmãzinha Sofya e após de uns bons dias e uns miminhos subi as escadas em direção ao quarto de Maya. Tentei abrir a porta, mas foi em vão, ela estava trancada. 'Estranho, a mãe nunca nos deixa estar de porta trancada e ela sabe disso'
Olhei por entre a fechadura para ver se captava alguma luz ou um sinal que mostrasse que a minha irmã já estava acordada, mas estava tudo escuro.
Foi então que encontrei, debaixo da porta, a ponta de um papel branco. Puxei para fora e abri, lá dentro continha uma chave e as palavras 'DESCULPA, EU AMO-VOS' escritas em grande.
Não sei o que se passava no meu pensamento, mas a única coisa que consegui raciocinar foi pegar na chave e abrir a porta.
As minhas mãos tremiam para todo o lado, como nunca antes haviam feito e, foi então, que ao acender a luz daquele cómodo eu vi a minha irmã.
"NÃOO!", foi a única coisa que saiu, em tom de grito, da minha garganta juntamente com lágrimas e uma eterna sensação de estar a viver um pesadelo.