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Chapter 2 - O corvo,a torre e o inicio da jornada

Enquanto caminhavam, Artie e Celo conversavam despretensiosamente. Celo, com um sorriso travesso, perguntou:

"Se tu pudesse namorar uma criatura mística, qual seria?"

Artie, confuso, respondeu:

"Mas que porra de pergunta é essa? Tu fumou o orégano do Araki?"

Celo respondeu com ironia:

"Jamais. Só responde aí."

Artie começou a imaginar as opções. Várias criaturas passaram pela sua mente, muitas delas o enojavam ou despertavam indiferença. Finalmente, ele respondeu:

"Acho que uma elfa. São as criaturas mais humanas que me vêm à cabeça agora."

Celo, naquele momento, caiu na gargalhada, sendo interrompido apenas quando Artie lhe deu um pescotapa para que ficasse quieto. 

Celo colocou a mão no pescoço e reclamou:

"Aí, essa doeu!"

Artie então perguntou:

"E você, qual criatura mística você namoraria?"

Celo, sem hesitar, respondeu confiante:

"Pra mim, qualquer humanoide é vapo."

Artie, em tom de zoação, provocou:

"Até homem é vapo pra você?"

Celo tentou se explicar:

"Não, pô, só fêmeas."

Artie, chocado, deu um tapinha na própria testa e disse:

"Tu não existe mesmo, né, Celo?"

Celo apenas respondeu:

"Mas tu sabe que elfas não usam calcinha, né?"

Artie, confuso, perguntou:

"De onde você tirou essa informação?"

Celo respondeu com um sorriso maroto:

"Fontes, confia."

Artie provocou:

"Vulgo seu butico, né?"

Nesse momento, Artie avistou um corvo parado em cima de um toco de madeira na beira de uma colina. Mas esse não era um corvo normal; ele tinha olhos brilhantes e penas roxas. Intrigado, Artie decidiu seguir o corvo colina acima, e Celo o acompanhou, confuso, perguntando:

"Por que você tá seguindo esse bicho, seu louco?"

Artie respondeu enquanto continuava correndo:

"É um corvo roxo! Quantas vezes você vai ver isso na vida?"

Celo, irritado e já ficando cansado, replicou:

"Foda-se a cor do corvo! Aonde você acha que ele vai te levar?"

Artie logo respondeu:

"Não importa agora."

Celo, indignado, continuou a questionar:

"Esse bicho pode ir parar em um precipício."

Artie parou e respondeu:

"Ou em uma torre muito foda."

Eles então avistaram uma torre no topo da colina, onde o corvo havia entrado. Artie sugeriu:

"Vamos entrar pra ver o que tem lá em cima."

Celo, cansado, resmungou:

"Aposto que porra nenhuma. No máximo, um monte de poeira."

Artie debochou:

"Tá com medo, Celinho? Da poeira te machucar?"

Celo, irritado, respondeu:

"Não, carai, é que eu tenho rinite."

Artie apenas entrou na torre, olhando para trás e dizendo em tom sarcástico:

"Tá bom, vai lá tomar seu remedinho então."

Celo bufou e disse:

"Porra de psicologia inversa... Tá, você venceu."

Os dois começaram a subir lentamente as escadas, que rangiam tanto que parecia que iam desabar. Celo, assustado, disse:

"É melhor a gente descer. Essa porra vai desabar."

Artie olhou para ele e retrucou:

"Larga de ser fresco, Celo."

Ao chegar ao topo, os dois jovens se depararam com uma sala cheia de caixas de madeira. Celo, intrigado, comentou:

"Me admira ter alguma coisa numa torre abandonada."

Artie respondeu:

"Eu falei que não tava vazia," enquanto abria as caixas. Ao abrir, percebeu que havia armas nas caixas, desde armas brancas até armas de fogo. Celo comentou:

"Vish, acho que aqui é um esconderijo da máfia russa."

Artie olhou para ele com cara de deboche e disse:

"Máfia russa... NO BRASIL?"

Celo, sem perder o tom, respondeu:

"É, ué."

Artie sugeriu:

"É melhor a gente não mexer nisso."

Celo perguntou:

"A gente pode descer logo desta espelunca?"

Artie respondeu:

"Tá bom, medroso. Pode devolver meu amigo agora."

Celo deu algumas risadas enquanto descia novamente a escada, mas, ao chegarem lá embaixo, se chocaram com o que viram. O exterior da torre não parecia mais o mesmo. Do lado de fora, havia um céu vermelho carmesim, com árvores sem folhas e um caminho de rocha amarelada que levava até uma capela sinistra ao longe. 

 

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