Eu estava em um avião, já chegando na Suécia. Havia ganhado uma bolsa para estudar em uma das melhores academias do mundo. Quando cheguei, fui recebido por uma família com a qual morreu durante os anos que passarei estudando.
"É um prazer enorme conhecer vocês, Senhor e Senhora Anderson. Me chamo William Alexandre Monducci, por favor, cuidem bem de mim." Abaixo minha cabeça, sendo educado.
"Por favor, não precisa ser tão formal. Moraremos todos juntos. " A senhora Anderson se aproxima pousando sua mão em meu ombro com um sorriso grande.
"Você deve estar cansado, que tal irmos para o carro? Vamos para casa." O marido da senhora Anderson me convida.
No dia seguinte, acordo e banho. Após me arrumar, desço para baixo para tomar café.
"Bom dia, Senhor e Senhora Anderson! Dormiram bem? Com licença." Pergunto puxando a cadeira e me sentando.
"Bom dia! Sim, dormimos. E por favor, me chame de Cameron." A senhora Anderson insiste. Logo, seu marido fala.
"Meu nome é Peterson."
Sorriu com a hospitalidade.
"Ok! Combinado." concordo.
Uma hora depois, chego na escola. As pessoas ficam me olhando, pareço estar em um país de gigantes. Enfim, tanto faz, quando chego um professor me dar parabéns e me encaminha para meu armário.
"Como sabia que eu era o intercâmbista?"
"Você é bem baixinho " ele ri levemente se esforçando para ser gentil e educado.
Depois que ele vai embora, checo meus horários de aula.
"Vamos ver... primeira aula de química, depois inglês e...que bosta. Literatura?" penso, ficando com humor pra baixo. Dessa forma, pego os livros e fecho a porta do armário.
"O professor não mostrou onde fica o laboratório de química." penso. Eu me viro com o intuito de procurar o laboratório, mas dou de cata com alguém que, aparentemente, parece ser mais cego que eu. Meus livros escapam das mãos, caindo no chão, ou...
"Merda! Meu pé... ugr! Não sabe olhar por onde anda, miserável?" Um garoto alto e musculoso, com uma aparência absurdamente linda, olha furioso para mim.
"Estou acabado." Penso.
"Eu estava me virando, não vi você. Se acha que vou pedir desculpa, estáenganado." falo desviando de seus olhos afiados. Eu estava com medo.
"Ei, você-..." Interrompo o belo a minha frente.
"Você estava distraído, não deve ter me visto, considerando baixo. Quer saber? Vou indo." Me agacho para pegar os livros e levanto sorrindo nervosamente. Passo por ele, mas o mesmo me puxa pelo colarinho da camisa, fico encolhido.
"N-não fiz nada!" Grito com medo.
"Você está com medo de mim?" Ele sorri pretenciosamente, enquanto me olha.
"Ele tá me provocando, o que faço?" Penso.
"C-como eu não estaria? Você é muito alto. Por favor, me deixe viver." Dos meus olhos escapam pequenas lágrimas laterais, às seguro. Ele me solta, e saio rapidamente.
Um tempo depois, após correr, estava ofegante e cansado. Finalmente, após alguns segundos, noto uma placa, nela escrita (Laboratório de química).
Eu entro, me sento em um lugar vazio no fundo. Não demorou muito, dois alunos que ocupavam a mesa da frente, se viraram pra mim.
"Olá, você é o intercâmbista, né?" Uma garota de cabelo rosa e de lindos olhos azuis e roxos tão escuros como um céu noturno sobre a aurora boreal fala comigo. Eu estava tão nervoso que não consegui falar.
"Você tá assustando ele, Liliane. " o garoto ao lado da janela, cujo cabelo teria a cor de um caramelo, olhos castanhos alerta.
"Eu sinto muito!" Ela pede desculpa.
"T-tudo bem, a propósito, olá. " digo.
"Como se chama?" O garoto pergunta.
"Me chamem de Will ou se preferirem Liam."
digo, feliz.
"Me chamo Liliane e esse é meu melhor amigo, Xavier. " ela aponta com o dedão.
"Prazer." diz Xavier.
A atenção dele se volta para a porta da sala, uma professora entra.
"Depois conversamos melhor." ela sorri e ambos se viram.